O chamado projeto Patagônia garantirá uma segunda geração da picape média na Argentina em 2027, com direito a motorização híbrida Enquanto em outros mercados a Volkswagen Amarok já trocou de geração e passou a ser uma espécie de gêmea univitelina da Ford Ranger, na América do Sul — e, consequentemente, no Brasil — a picape média foi mantida na mesma plataforma de 2010, com um facelift aplicado em 2024. Mas isso está prestes a mudar.
Com um investimento de US$ 580 milhões (R$ 3,3 bilhões na conversão direta), anunciado nesta quinta-feira (3), destinado à fábrica de General Pacheco (Argentina), a Volkswagen confirmou que a Amarok vai trocar de geração em 2027. Trata-se do produto que até então era conhecido como projeto Patagonia, fruto de uma parceria da marca de origem alemã com a chinesa Saic.
A montadora divulgou, inclusive, o primeiro teaser da picape média, que vai trocar de plataforma, passando a usar a arquitetura de carroceria sobre chassi da chinesa Maxus T90 — criada pela Saic, com quem a marca alemã compõe joint venture na China.
Maxus T90, picape chinesa que servirá de base à futura Amarok
Divulgação
Com a revelação tão antecipada do visual da Amarok de segunda geração, a Volkswagen busca evitar a rejeição que a Fiat Titano sofreu no mercado brasileiro. Afinal, a estratégia será a mesma: aproveitar um projeto chinês para gerar uma caminhonete média produzida na América do Sul e vendida no Brasil.
Contudo, a companhia de origem germânica promete que da Maxus T90 só será aproveitada a plataforma. Vale dizer, antes de entrarmos em mais detalhes, que a geração atual seguirá produzida normalmente até a chegada do novo produto.
Interior da nova VW Amarok não deve ser tão semelhante ao da Maxus T90
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Como será a nova Volkswagen Amarok
Toda a parte de design e engenharia está sendo reformulada pelo time sul-americano, para que o projeto atinja os padrões de exigência em um dos segmentos mais conservadores do nosso mercado. O visual será assinado por José Carlos Pavone, brasileiro que chefia os times de design da marca nas Américas.
Ainda assim, as dimensões da nova Volkswagen Amarok devem ser tão superlativas quanto as da Maxus T90, que mede 5,37 metros de comprimento, 3,16 m de entre-eixos, 1,90 m de largura e 1,85 m de altura. A título de comparação, ela é 4 cm mais comprida, 8 cm mais alta e 5 cm mais larga que uma Toyota Hilux, além de ter um entre-eixos 8 cm maior. No geral, seu porte é similar ao de uma Ford Ranger.
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A Volkswagen faz segredo em relação à motorização da nova Amarok, mas podemos esperar pela manutenção do motor V6 turbodiesel de 258 cv de potência e 59,1 kgfm de torque, assim como o câmbio automático de oito marchas da ZF. É possível que haja versões mais baratas equipadas com motor 2.0 turbodiesel de quatro cilindros e até câmbio manual de seis marchas.
E, conforme já revelado pelo sindicato dos metalúrgicos da região de Buenos Aires, onde fica a fábrica de General Pacheco, a nova Amarok também terá motorização híbrida. Além disso, devido ao uso da plataforma da Maxus T90, a tração 4×4 pode passar enfim a ser sob demanda, resolvendo uma velha queixa de consumidores quanto à robustez da picape de primeira geração, com suspensão traseira por eixo rígido com feixe de molas semielípticas.
Na China, a arquitetura eletrônica da Maxus T90 permite a adoção de itens como reconhecimento de voz, estacionamento por controle remoto e equipamentos de segurança ativa (pacote Adas), tais quais frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e assistente de permanência em faixa. Espera-se que tais tecnologias estejam presentes na nova Volkswagen Amarok sul-americana.
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