Vacina antifurto para carros, motos e caminhões: o que é e como funciona

Entenda como veículos “vacinados” barateiam o seguro e desmotivam bandidos a roubar seu veículo Imagine “tatuar” seu veículo de modo que ele deixe de ser alvo de furtos e, de brinde, tenha um preço mais barato na apólice de seguro? Pois bem, essa é exatamente a proposta das vacinas antifurto, oferecidas para carros, motos e caminhões. Autoesporte te explica mais detalhadamente o que é o procedimento e como funciona
O que são as vacinas antifurto?
Para começar, é importante entender as diferenças entre roubo e furto. Enquanto o furto caracteriza-se pela subtração de bem sem violência, muitas vezes sem que o proprietário perceba, o roubo é considerado um crime mais grave, pois há o emprego de ataque ou grave ameaça (através, geralmente, do uso de armas de fogo).
No caso de furtos de veículos, eles são frequentemente motivados pela venda das peças em um mercado ilegal. Para isso, os ladrões direcionam os objetos de furto até os conhecidos “desmanches”, onde acontece a desmontagem desses automóveis.
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As etiquetas do Detran comprovam a origem legal das peças de desmanches
Detran-RJ
Vale mencionar que nem todos os desmanches são ilegais. No caso dos aprovados pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito), as peças devem conter um selo do órgão de trânsito com um código de barras que comprove sua origem. No entanto, naqueles não aprovados pela entidade, as peças comercializadas podem ser oriundas de furtos, especialmente se não possuírem o selo de procedência.
E é aí que entram as “vacinas antifurto”. Com o aumento da incidência de furtos de motos, carros e caminhões para venda clandestina das peças, o especialista em segurança pública Rodrigo Boutti explica que as vacinas antifurto servem para “desmotivar” os bandidos e auxiliar a polícia na identificação de desmanches que operam ilegalmente, pois dificultam a comercialização dessas peças.
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Como funcionam as vacinas antifurto?
As vacinas antifurtos funcionam por um sistema conhecido como micropuncionamento, em que são feitos “microfuros” profundos em diversas partes da lataria do automóvel. Essa gravação é irreversível e praticamente impossível de remover, deixando claro que, caso as peças sejam vendidas, são provenientes de um furto.
As marcações registram o número do chassi do veículo, afinal, trata-se de uma combinação única que funciona como identificação de cada carro, moto ou caminhão. Há empresas que trabalham com gravações a laser e outras que, inclusive, adicionam adesivos refletivos para chamar atenção dos ladrões de que se trata de um veículo “vacinado”.
As vacinas antifurtos podem ser feitas através de “microfuros” ou a laser
Reprodução
Por evitar o prejuízo de seguradoras em ter que atender sinistros de furto aos clientes, o procedimento também pode gerar redução no custo da apólice de seguro.
Quanto custa e onde fazer as vacinas antifurto?
As vacinas antifurto podem ser feitas por fabricantes de equipamentos de marcação, empresas especializadas no serviço ou de segurança veicular.
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Segundo apurações da Autoesporte, os valores variam de acordo com o modelo e tipo de veículo. O valor médio é de R$ 400 para carros e motos, R$ 900 para caminhonetes e mais de R$ 1.000 para caminhões. O tempo médio de cada gravação também é variável, mas gira em torno de 1 hora e meia a 2 horas de duração por veículo.
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