Tipo de uso, tabela de etiquetagem do Inmetro e até o desenho da banda de rodagem podem influenciar na escolha Os pneus são itens de extrema importância um veículo. Eles são o único ponto de conexão da carroceria com o solo, garantem a segurança e ajudam o motorista a sentir tudo que acontece lá embaixo.
No entanto, também são muito subestimados, especialmente nos cuidados diários e, principalmente, na hora da troca. Muita gente não sabe, por exemplo, que a montagem errada ou a utilização de equipamentos inadequados podem causar bolhas ou o desgaste prematuro do pneu.
Veja também
Mas você sabia que os carros elétricos, que estão se proliferando em nosso mercado, usam pneus diferentes dos modelos a combustão? Veja aqui as diferenças!
Não dá para esquecer da dica mais básica de todas: calibre os pneus, incluindo o estepe, de acordo com a indicação do manual do proprietário e a cada duas semanas, no mínimo. Porém, há outros detalhes aos quais você deve ficar atento.
Tipo de uso
Na hora de trocar o pneu, não basta apenas checar as medidas. É necessário levar em conta qual é a finalidade do uso. Há pneus para uso na cidade (atualmente são comuns os chamados pneus verdes, que reduzem o atrito com o solo e prometem menor consumo), circuito misto (que transita bem em vias pavimentadas e estradas de terra, comuns nos SUVs), off-road e até para transporte de carga.
Os pneus terão diferentes texturas dependendo do tipo de uso
Autoesporte
O motorista precisa ainda ficar atento a dois pontos mostrados na lateral do pneu: o índice de carga e a velocidade máxima. Esses valores devem ser respeitados na hora da substituição.
Se mesmo levando em conta esses aspectos como tipo de piso predominante no uso de pneu, estilo de condução e durabilidade do composto o cliente ainda ficar em dúvida, a etiqueta pode ser o grande diferencial.
Tabela do Inmetro garante até 6% de economia
Desde 2015, o Programa de Etiquetagem Brasileiro do Inmetro rotula os pneus de acordo com suas características. É possível encontrar informações sobre consumo, ruído e capacidade de frenagem em piso molhado.
Você sabia que seu pneu tem uma nota que vai de A a F?
Christian Castanho
A escala vai de A a F, na qual A é a melhor classificação e F, a pior. No caso de consumo de combustível, cada escala representa uma piora de 1,5%. Isso significa, portanto, que um pneu de classificação E é 6% pior em consumo que um avaliado com letra A.
Em capacidade de frenagem, a escala é de dois metros a menos. Nesse caso, um pneu E precisará de oito metros a mais para frear que um pneu A nas mesmas condições. E não para por aí: há ainda diferenças nos desenhos dos pneus.
Assimétricos, direcionais e simétricos
A banda de rodagem influencia no modo como você poderá fazer o rodízio dos pneus. Elas têm três possíveis desenhos: assimétricos, direcionais e simétricos. “É importante que o condutor conheça o tipo de pneu usado por seu veículo, pois a montagem incorreta, no lado errado do sentido de rodagem, pode prejudicar o desempenho e a segurança oferecida pelo produto”, explica Rodrigo Alonso, diretor de vendas e marketing da Dunlop.
Pneu assimétrico tem padrões de sulcos diferentes
Divulgação/Dunlop
No assimétrico é possível notar diferentes padrões de sulcos em cada metade da banda de rodagem. O lado voltado para fora do veículo, tem blocos desenvolvidos para que o pneu suporte mais impacto e melhore a dirigibilidade e a aderência, principalmente nas curvas, além de não deixar que pedras ou outros detritos entrem na banda de rodagem.
O lado voltado para dentro da banda é desenhado para permitir maior vazão da água, melhorando o desempenho na chuva com a redução da aquaplanagem, e o centro prioriza a tração. É preciso de mais atenção na hora da montagem, mantendo os lados indicados na lateral. Já no rodízio, o desenho possibilita a mudança dos pneus de um lado para outro do veículo, assim como a simples mudança de eixo.
Pneu direcional é mais aderente, mas também faz mais barulho ao rodar
Divulgação/Dunlop
O pneu direcional é o mais reconhecível, afinal, sua banda de rodagem traz desenho que lembra um formato de “V”. O sentido de rodagem deve ser observado para montar corretamente o produto no veículo.
Entre suas características estão a maior aderência, uma vez que seu desenho é capaz de expelir água para fora da banda de rodagem com mais rapidez. Em contrapartida, o pneu direcional gera naturalmente um maior nível de ruído na rodagem e limitações no rodízio, pois o sentido de rotação deve sempre ser respeitado para manter as características de performance e segurança.
Pneu simétrico é igual nos dois lados da banda, o que facilita o rodízio
Divulgação/Dunlop
Por fim, o pneu simétrico tem desenhos iguais em ambos os lados da banda de rodagem. Portanto, se girarmos o pneu em pé, o desenho da banda de rodagem será sempre o mesmo. Dessa forma, os componentes podem ser montados nas rodas em qualquer sentido de rotação, o que facilita o rodízio.
Se você ainda tem dúvidas se chegou a hora de trocar seus pneus, confira o vídeo abaixo:
Quando trocar o pneu e como fazer eles durarem mais?
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Mais Lidas
Fonte: Read More