Toyota Yaris Cross: 5 coisas boas e 5 que poderiam melhorar no SUV híbrido

01/02/2025

Autoesporte testou com exclusividade o grande lançamento da marca japoensa em 2025, que faz 32 km/l, mas deixa a desejar em alguns detalhes O Toyota Yaris Cross será um dos principais lançamentos do Brasil em 2025 e vai dar muito trabalho para Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta e companhia. Autoesporte foi até Santiago (Chile) para testar, com exclusividade, o futuro SUV compacto híbrido flex nacional (confira no vídeo logo abaixo), e seleciona cinco coisas legais e outras cinco que poderiam melhorar.
Toyota Yaris Cross – 5 detalhes que poderiam ser melhores
1) Desempenho
A Toyota não confirma publicamente, mas já avisou à sua rede de concessionárias no Brasil que o Yaris Cross, SUV a ser produzido na fábrica de Sorocaba (SP), chega ao mercado em julho de 2025. E serão duas opções de motorização. As versões de entrada terão um motor 1.5 aspirado flex, de ciclo Otto, que rende 110 cv de potência e 14,3 kgfm, com câmbio CVT que simula sete marchas. É uma evolução do conjunto que equipou os finados Yaris hatch e sedã.
Nas versões híbridas flex, o mesmo motor 1.5 passa a operar em ciclo Atkinson, rendendo, sozinho, 91 cv e 12,3 kgfm. Aliado a um motor elétrico de 80 cv e 14,4 kgfm, a potência combinada vai a 111 cv com gasolina no Chile e deve chegar perto de 115 cv com etanol no Brasil. O câmbio transeixo (e-CVT) é o mesmo de Corolla e Corolla Cross híbridos, assim como a PCU (unidade de controle de potência).
Mas, não espere muita empolgação do SUV híbrido nas acelerações e nas retomada. Desempenho não é o forte do Yaris Cross. A marca de 0 a 100 km/h não é tão ruim: 10,7 segundos, porém, a velocidades mais altas, a falta de elasticidade faz o motor demorar para embalar e se você pisar muito fundo no acelerador, um ruído forte invadirá a cabine.
2) Capacidade do tanque de combustível
Toyota Yaris Cross HEV não agrada muito no desempenho
Renato Durães
O consumo do Yaris Cross vai entrar na parte boa e gerar uma boa autonomia, mas é preciso ressaltar que o tanque de combustível do SUV compacto tem apenas 36 litros de capacidade. Mesmo na configuração 1.5 aspirada, que dispensa as baterias de íons de lítio com 0,7 kWh de capacidade, são apenas 42 litros.
No segmento de SUVs compactos aqui no Brasil, a média dos rivais fica na faixa dos 50 litros. Um T-Cross tem 52 litros nas opções 200 TSI e 250 TSI —, enquanto um Creta entrega 50 litros nas versões com 1.0 TGDi flex e 55 litros na 1.6 TGDi só a gasolina.
3) Acabamento
Toyota Yaris Cross HEV tem interior bem simples
Renato Durães
Se você é do time que não gosta do excesso de plástico rígido na cabine, as notícias não são boas. No Yaris Cross vendido no Chile, importado da Ásia, não há nenhum material macio ao toque em nenhum dos painéis. Não há sequer mistura de textura dos materiais, deixando o interior com visual bem básico.
Verdade seja dita: pode ser que isso mude no SUV produzido no Brasil, onde o consumidor preza por um acabamento um pouco mais esmerado, mas, com base no que vimos, não agradou. Outro fator que traz simplicidade para o interior é o tecido dos bancos, de um material sintético não muito bom. Esperamos que aqui seja melhor.
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4) Resolução da central multimídia
Toyota Yaris Cross HEV tem tela de 10,1 polegadas na central multimídia
Renato Durães
O quadro de instrumentos digital tem tela de 7 polegadas e exibe informações como o grau de regeneração das baterias e sua porcentagem de carga, o que é muito bom. Já a central multimídia flutuante de 10,1″ traz uma interface simples e genérica.
Mas o pior de tudo é a qualidade da imagem da câmera de ré. De dia, a imagem já não é lá muito nítida. À noite, a visibilidade fica quase nula. O recurso da câmera ajuda muito, então já que é oferecido, a qualidade deveria ser bem superior.
5) Sem carregador de celular por indução
Toyota Yaris Cross HEV não tem carregador de celular por indução
Renato Durães
No console central, há um espaço no qual se encaixaria perfeitamente um carregador de celular por indução. Só que o item não existe no Chile. Durante nosso teste, eu e o fotógrafo Renato Durães, ambos donos de smartphones com carregadores do tipo USB-C, tivemos que revezar o uso da única entrada USB-C do painel, visto que a segunda tomada é um USB do tipo convencional.
No Brasil, pelo menos nas versões mais caras, esperamos que este espaço seja preenchido, de fato, com um carregado por indução.
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Toyota Yaris Cross – 5 detalhes que agradaram
1) Apple CarPlay e Android Auto sem fio
Toyota Yaris Cross tem conectividade sem fio
Felipe Celis
Bom, começamos a parte boa ressaltando o lado positivo da central multimídia. Apesar da baixa resolução, a conexão com Apple CarPlay e Android Auto é feita sem a necessidade de fio. E o melhor de tudo: é muito rápido!
Nessa vida de testar carros, algumas vezes nos deparamos com conexões sem fio demasiadamente complexas. Muitas vezes o sistema é lento, os comandos de conexão ficam escondidos, de forma pouco intuitiva, e depois que você sai e entra no carro de novo, o sistema não identifica o seu Bluetooth e o celular não é espelhado de forma automática.
No Yaris Cross, o emparelhamento com os dois sistemas é bem rápido — coisa de dez segundos. A conexão automática com a multimídia depois do primeiro espelhamento também é ótima. Gostamos!
2) Espaço interno
Toyota Yaris Cross tem 2,62 m de entre-eixos
Renato Durães
Derivado da plataforma DNGA, uma simplificação da base TNGA de Corolla e Corolla Cross desenvolvida pela Daihatsu, subsidiária asiática da Toyota, o Yaris Cross mede 4,31 metros de comprimento, 2,62 m de entre-eixos, 1,77 m de largura e 1,61 m de altura. Em comparação com o Corolla Cross, o SUV compacto perde só 15 centímetros em comprimento, 5,5 cm em largura, 0,5 cm em altura e 2 cm na distância entre os eixos.
Ou seja, o modelo terá dimensões generosos para um SUV compacto e espaço interno será um ponto forte seu contra T-Cross, Creta, Chevrolet Tracker e cia. Sentado no banco de trás, todos os passageiros viajam com conforto para as pernas — até pessoas da minha altura, 1,87 m. Na versão híbrida, há duas saídas de ar-condicionado e duas entradas USB-C à disposição.
3) Porta-malas
Toyota Yaris Cross HEV tem 466 litros de capacidade na porta-malas
Renato Durães
Ter o entre-eixos grande não é sinônimo de porta-malas espaçoso. O Honda HR-V, por exemplo, tem 2,61 m de entre-eixos (-1 cm) e o porta-malas é de 354 litros. Porém, o Yaris Cross tem ótimo volume. Nas fichas técnicas do SUV no Chile, temos 466 litros no porta-malas na configuração híbrida e 471 litros nas opções a combustão, desprovidas de bateria na traseira. Ambos são muito bons e, para efeitos de comparação, no Brasil o bagageiro do Corolla Cross tem 440 l, ou seja, é menor.
4) Pacote de segurança
Toyota Yaris Cross HEV chega em julho
Renato Durães
Na parte de segurança, o Yaris Cross nacional deve trazer seis airbags, sensores de estacionamento e parte do pacote Toyota Safety System (TSS), com frenagem autônoma emergencial e alertas de ponto cego e de evasão de faixa. Itens como freio de estacionamento eletrônico e ar-condicionado digital também podem vir nas opções mais caras. O SUV deve custar entre R$ 130 mil e R$ 180 mil, sendo o novo modelo de entrada da marca no Brasil.
5) Consumo
Toyota Yaris Cross HEV tem um consumo incrível
Renato Durães
Por último e mais importante, o consumo. As baterias no Yaris Cross são de íons de lítio e têm capacidade para 0,7 kWh. No caso de Corolla e Corolla Cross, as baterias são de níquel-cádmio e dispõem de 1,3 kWh de capacidade. Ao dar a partida por botão, você logo esquece o desempenho fraco e se empolga com o consumo de combustível.
No Chile, o SUV híbrido faz médias de 32,3 km/l na cidade e 24,4 km/l na rodovia com gasolina, segundo a Toyota. É claro que, com nossa gasolina, dotada de 30% de etanol, os números do Inmetro devem ser menores, mas Autoesporte pode afirmar que a meta da Toyota no Brasil é chegar aos 25 km/l na cidade com gasolina. Com etanol, os números serão inferiores.
Se o Yaris Cross ficar na faixa dos 20 km/l, já estará muito à frente de seus rivais. Hyundai Creta e Volkswagen T-Cross, por exemplo, chegam no máximo a 14 km/l com gasolina em ciclo rodoviário, dependendo da versão.
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