Picape média mais vendida do Brasil, a Hilux entrega muita robustez, mas peca em modernidade Desde 2016, a Toyota Hilux é a picape média mais vendida do Brasil, invicta. E alguns motivos explicam esse feito, além dos 30 anos de mercado. A caminhonete, que até já tem sistema híbrido no mercado externo, é versátil com diversas versões de chassi-cabine, cabine simples e dupla. Agora, Autoesporte testou a caminhonete na configuração SRX, que custa R$ 338.990, e separou cinco motivos para comprar e outros cinco para pensar bem. Confira!
5 motivos para comprar a Toyota Hilux
1- Confiabilidade mecânica
Toyota Hilux SRX 2025 é equipada com o motor 2.8 turbodiesel
Jady Peroni/Autoesporte
Um dos pontos de prestígio da Hilux, com certeza, é o conjunto mecânico. A picape média é equipada com o motor 2.8 turbodiesel que entrega 204 cv de potência e 50,9 kgfm de torque nas versões com o câmbio automático de seis velocidades. Entretanto, o modelo raiz ainda oferta opção com transmissão manual, também de seis marchas, com a mesma potência, mas torque de 42,8 kgfm.
O motor de código 1GD-FTV é muito conhecido no mercado e, junto com a marca, estabeleceu uma fama de confiabilidade. Tanto que a Toyota subiu a garantia da picape média para 10 anos, a partir do ano/modelo 2020, tendo todas as revisões feitas corretamente.
2- É robusta no off-road
Embora o desempenho fique abaixo das rivais (falaremos sobre esse tópico mais adiante), não tem como negar que a Toyota Hilux tem uma vocação natural para o off-road. Tem bloqueio de diferencial traseiro, controles de descida e de subida e opções de tração 4×2, 4×4 e 4×4 com reduzida. Todo esse conjunto faz com que a caminhonete entregue muita robustez e se sinta em casa nas estradas com terra e barro.
Por tudo isso, a fama da Hilux entre o público agro é de que a picape é indestrutível.
3- Capota marítima de série? Temos!
Toyota Hilux SRX 2025 tem capacidade para 1.000 litros na caçamba
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Outro ponto que chama atenção do potencial consumidor é a capota marítima que vem de série a partir da versão SRX. É um item oferecido como opcional para a maioria das caminhonetes disponíveis no mercado brasileiro. Na Ford Ranger, por exemplo, que é rival da Hilux, o cliente precisará desembolsar R$ 1.659 para adicionar o recurso.
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4- Família grande
Toyota Hilux SRX 2025 tem 5,32 metros de comprimento
Jady Peroni/Autoesporte
Ao todo, a Toyota oferece nada menos que 10 versões da Hilux — e olha que a variante com visual esportivo GR-Sport está indisponível no momento, e, por isso, não entrou na conta.
A família grande tem opções com chassi e cabine (a partir de R$ 246 mil), cabine simples e dupla, sempre com opções de câmbio manual ou automático. A SRX, testada aqui, nem é a opção topo de linha. Acima dela, há a SRX Plus.
Ou seja, a linha Hilux atende desde pequenos empresários que precisam colocar um implemento de baú, até os clientes urbanos que gostam de uma picape para passear no shopping.
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5 – Bons equipamentos de segurança
Toyota Hilux tem opções com câmbio automático e manual na gama
Jady Peroni/Autoesporte
Por fim, é importante mencionar que, quando o assunto são recursos de segurança, a Toyota Hilux surpreende. Além dos sete airbags, a picape tem itens como alerta de pré-colisão, frenagem autônoma de emergência, assistente de manutenção em faixa e o famoso controle de velocidade adaptativo – também conhecido como ACC. Este último recurso, aliás, só está nas opções topo de linha das principais rivais, Ford Ranger e Chevrolet S10.
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5 motivos para pensar bem
1- Desempenho
Toyota Hilux SRX perde em termos de desempenho para as principais rivais
Divulgação
Apesar da confiabilidade e robustez, o motor 2.8 turbodiesel da Hilux entrega um desempenho abaixo das rivais. Embora os 204 cv e 50,9 kgfm não deixem a picape de 2.125 kg na mão, perde de forma bruta para Ford Ranger com seus 250 cv de potência e 60 kgfm de torque. Além disso, também fica levemente atrás da S10, que entrega 207 cv e 52 kgfm.
Em nosso último comparativo, a aceleração de 0 a 100 km/h da Hilux foi quase um segundo superior ao da S10. E quase dois atrás da Ranger!
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2- Acabamento deixa a desejar
Toyota Hilux SRX 2025 custa R$ 338.990
Jady Peroni/Autoesporte
Por dentro, a Toyota Hilux oferece um acabamento mais simples. Apesar do visual clássico, que agrada muitas pessoas e possíveis compradores, não há muito requinte. A cabine tem plástico por todo lado e um desenho de painel que já parece da década passada, o que se reflete ainda mais quando pensando no valor de quase R$ 340 mil.
O quadro de instrumentos ainda é por ponteiros, enquanto S10 e Ranger exibem telas grandes com variação de temas.
3- A Toyota Hilux balança (bastante)
Toyota Hilux SRX 2025 pode levar até 1.000 kg de carga
Jady Peroni/Autoesporte
Nessa hora você deve estar pensando “o que ela estava esperando de uma picape média com a caçamba vazia?” e eu te entendo. Apesar da evolução estrutural, é comum que picapes médias não sejam tão estáveis. Entretanto, esse reflexo é muito perceptível na Hilux, que balança (e pula) bastante.
Claro que a suspensão traseira de eixo rígido não auxilia muito no conforto dos passageiros na cabine, embora traga estabilidade para a picape. O ponto é: se você é uma pessoa que fica enjoada facilmente com rolagem de carroceria, melhor não andar muito no banco de trás e se segurar firme na alça de teto nas curvas fechadas.
4- Modernidade não é o forte dela
Toyota Hilux SRX traz uma central multimídia digital, mas painel é analógico
Divulgação
Antes de desmembrar esse tópico, é importante lembrar que a Toyota Hilux está na mesma geração desde 2015 e, apesar de entregar robustez, deve em modernidade. Então, ao contrário dos recursos de segurança, o pacote de tecnologia deixa a desejar.
A picape média tem um quadro de instrumentos ainda analógico, com uma pequena tela central para o computador de bordo. Para não dizer que não há modernidade, a central multimídia tem tela tátil de 9 polegadas e compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, e até câmera com visão 360 graus.
Além disso, o freio de estacionamento é convencional. E aposto que você reparou no relógio com tela de cristal líquido no topo do painel. Nada mais anos 1990.
5 – A direção ainda é hidráulica
Toyota Hilux SRX está na atual geração desde 2015
Divulgação
Novamente, cito as rivais da Hilux neste texto. Isso porque a picape japonesa ainda ostenta a direção hidráulica, ao contrário das rivais que adotaram assistência elétrica. A única exceção (por enquanto) é a Nissan Frontier, outra veterana do mercado.
Na prática, a Toyota Hilux tem direção mais pesada em relação aos outros modelos, o que obviamente dificulta a vida do motorista na hora das manobras. Fora o fato de também exigir mais manutenção por eventuais vazamentos.
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