Uma das últimas peruas do mercado brasileiro, modelo ainda é muito procurado entre os usados Antes da invasão dos SUVs, as famílias brasileiras tinham outro tipo de carroceria como queridinha para as suas garagens. As peruas foram a resposta para quem precisava de espaço e conforto desde a década de 1980, até o final dos anos 2000. Um dos modelos mais marcantes desse segmento no Brasil, foi a Toyota Fielder, que, apesar de sua vida curta, deixou saudades tanto pelas suas grandes qualidades quanto por ser uma das últimas peruas de grande volume de vendas que o Brasil teve.
Derivada diretamente da terceira geração do sedã Corolla, que também fez muito sucesso por aqui, a perua Fielder foi vendida somente por quatro anos, em três versões sem muitas alterações e sem receber nenhum facelift. Concorrendo em um segmento mais luxuoso que Fiat Palio Weekend, Volkswagen Parati, Peugeot 208 SW, confrontava modelos como a Renault Megane Grand Tour e a Peugeot 307 SW.
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As dimensões sempre foram um grande trunfo do modelo, com bom equilíbrio entre espaço interno, conforto e praticidade. Com 4,47 metros de comprimento, 1,73 m de largura e 1,48 m de altura, a perua tem um entre-eixos de 2,60 m, proporcionando bom espaço para pernas e cabeça nas duas fileiras de bancos. Apesar de não ter encosto de cabeça no assento do meio, acomoda três adultos nos bancos traseiros com dignidade. O porta-malas, com capacidade de 411 litros, é um dos destaques do modelo, podendo ser ampliado com o rebatimento dos bancos traseiros, tornando-a uma excelente opção para viagens e uso familiar.
Motor
Toyota Fielder ficou pouco tempo, mas fez muito sucesso no Brasil
Divulgação
A Toyota Fielder no Brasil sempre foi equipado com as mesmas opções de motorização do Corolla, sendo o motor 1.8 16V que, mesmo sem grandes inovações ou números empolgantes, entregava um bom equilíbrio entre confiabilidade, desempenho e eficiência. Esse propulsor entrega uma potência de 132 cv e 17,3 kgfm de torque a 4.000 rpm quando abastecido com gasolina. Após 2007, esse motor passou a ser flex, e alcancou 136 cv e 17,5 kgfm quando abastecido com etanol. Essa motorização é combinada com duas opções de câmbio: o câmbio automático de 4 marchas, com conversor de torque, e o câmbio manual de 5 marchas
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A versão automática de 4 marchas, é voltada para quem busca um maior conforto na condução. O conversor de torque proporciona uma troca de marchas mais suave, sem trancos, ideal para o uso diário em trânsito urbano ou viagens longas, onde a suavidade e o conforto são mais valorizados. Já a versão manual de 5 marchas oferece maior controle sobre o desempenho do veículo, permitindo ao motorista uma experiência de direção mais interativa e esportiva, com a possibilidade de explorar melhor a faixa de rotações do motor.
Ainda assim, o desempenho da Fielder sempre foi voltado para conforto e eficiência. Por isso, com câmbio automático, a perua acelera de 0 a 100 km/h em aproximadamente 12,7 segundos, enquanto a versão manual consegue atingir essa mesma marca em cerca de 12,4 segundos, números pouco animadores para quem quer uma tocada mais esportiva.
Toyota Fielder tinha um interior bem acabado
Divulgação
Em relação ao consumo, a montadora divulga que o modelo apresenta um consumo médio de aproximadamente 7,5 km/litro na cidade e 9,8 km/litro na estrada, quando abastecido com etanol. Com gasolina, os números melhoram, com o consumo médio na cidade ficando em torno de 10,5 km/litro e na estrada, 13,1 km/litro.
Equipamentos e versões
Durante seus 4 anos no mercado brasileiro, a perua foi oferecida em em três versões principais, XEi, S e SE-G. O pacote de era bem simplificado, mas com um bom nível de equipamentos para sua época, equilibrando conforto, segurança e estilo.
Fielder XEi
A versão de entrada XEi já trazia um pacote de equipamentos bastante completo para o segmento, incluindo ar-condicionado de uma zona, airbags dianteiros para motorista e passageiro, direção hidráulica, vidros elétricos nas quatro portas, travas elétricas e alarme. Além disso, contava com limpador de para-brisa dianteiro e traseiro, retrovisores elétricos, rodas de liga leve aro 15, banco do motorista com ajuste de altura e volante com ajuste de altura. A partir da linha 2007, passou a contar com faróis de neblina de série. O banco de couro sempre foi oferecido como opcional.
Fielder S
A versão S foi introduzida com um apelo mais esportivo, mantendo os equipamentos da XEi, mas adicionando detalhes estéticos diferenciados, como saias esportivas na dianteira, traseira e laterais, acabamento prateado no puxador traseiro e retrovisores e bagageiro com acabamento especial. Apesar do visual mais agressivo, não houve mudanças mecânicas ou acréscimo de tecnologia em relação à XEi. Foi limitada a 450 unidades.
Fielder SE-G
No topo da linha, a Fielder SE-G oferecia mais conforto e tecnologia, adicionando itens exclusivos como ar-condicionado automático, controle automático de velocidade (piloto automático), limpador de para-brisa automático, computador de bordo e bancos de couro de série. Além dos equipamentos, a versão SE-G também se diferenciava esteticamente, trazendo grade dianteira e rodas semelhantes às da versão SE-G do Corolla.
Com essas três versões, a Toyota Fielder conseguiu atender a diferentes perfis de consumidores, desde aqueles que buscavam um modelo funcional e bem equipado até os que valorizavam um visual esportivo ou um nível superior de conforto e tecnologia. Mesmo após o fim de sua produção no Brasil em 2008, a perua segue como uma opção bastante procurada no mercado de seminovos, consolidando sua reputação de confiabilidade e versatilidade.
Preços na FIPE
Linha 2005
1.8 XEi MT: R$ 33.905,00
1.8 XEi AT: R$ 36.627,00
Linha 2006
1.8 XEi MT: R$ 35.428,00
1.8 XEi AT: R$ 37.793,00
Linha 2007
1.8 XEi MT: R$ 37.236,00
1.8 XEi AT: R$ 38.821,00
1.8 S MT: R$ 37.365,00
1.8 S AT: R$ 39.021,00
Linha 2008
1.8 XEi MT: 40.172,00
1.8 XEi AT: R$ 42.544,00
1.8 AT SE-G: R$ 44.186,00
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