Combustíveis mais eficientes e motores híbridos proporcionam resultados melhores do que você imagina… Ao assistir as supermáquinas da Fórmula 1 atingindo velocidades de até 340 km/h, todos já se perguntaram: qual será o consumo de combustível? Para colocar uma luz sobre o assunto, Autoesporte também explicará a evolução dos motores e da gasolina ao longo dos anos. Descubra se o Del Rey do seu vizinho bebe mais ou menos que o carro de Lewis Hamilton.
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Como os combustíveis evoluíram na F1
Novas normas de emissões forçam o desenvolvimento de combustíveis mais sustentáveis
Divulgação
A regulamentação da gasolina na F1 começou em 1996, quando a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) exigiu que as equipes utilizassem combustível no padrão Euro 95. Essa é a gasolina de maior octanagem disponível nas bombas dos postos europeus para o público geral.
Antes disso, as equipes usavam combustíveis misturados com aditivos para maximizar potência e torque. Além de nivelar a competição e reduzir as emissões, a FIA tinha o interesse comercial de atrair patrocinadores do ramo petrolífero.
Em 2000, a Fórmula 1 deu outro passo rumo à sustentabilidade. A partir daquele ano, os carros deveriam usar as misturas previstas para chegar às bombas nos anos seguintes. Dessa forma, já em 2001, a F1 abasteceu com os combustíveis no padrão de 2004. A partir de 2005, os combustíveis da competição seguiam a padronização que seria adotada na Europa em 2009. E assim por diante…
Atualmente, os carros recebem gasolina do tipo E10, que tem 10% de etanol na mistura e também pode ser encontrado em qualquer posto na Europa. A grande vantagem é que a adição de biocombustível reduz as emissões e permite uma competição mais ecológica.
Motores cada vez menores (e mais eficientes)
Veja como os motores evoluíram dos grandes 4.5 até os híbridos
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Os motores também são atualizados a todo instante. Em 1947, os carros eram equipados com unidades aspiradas de 4.5 litros ou supercharger de 1.5 litro, capazes de entregar até 420 cv de potência.
A partir de 1980, os motores turbo se tornaram mais competitivos na F1. Tanto que Nelson Piquet venceu a temporada de 1987 pela Williams, correndo com uma usina de força desenvolvida pela Honda.
O carro Williams de Nelson Piquet
Reprodução/F1
Em 1989, a FIA proibiu motores turbo, mas isso não foi um problema para as construtoras fornecidas pela marca japonesa. Nos anos seguintes, até 1991, todos os campeões da Fórmula 1 corriam em veículos com motores desenvolvidos pela Honda.
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Com a proibição do turbo, os grandes motores V10 da Renault ganharam espaço no restante da década. Entre 1992 e 1997, cinco pilotos venceram o mundial com os motores da construtora francesa (Mansell, Prost, Schumacher, Hill e Villeneuve). A hegemonia da Renault só terminou quando a Ferrari se fortaleceu, em meados de 2000.
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A FIA impôs uma grande mudança a partir de 2006: todos os motores deveriam ser V8 aspirados de 2.4 litros, pesando no máximo 95 kg. Neste período, os giros se aproximavam das 20.000 rpm (até a imposição do limitador de 19.000 rpm, obrigatório a partir de 2007).
Carros atuais são híbridos
Divulgação/Mercedes AMG Motorsport
Porém, nenhuma outra mudança foi tão impactante quanto a adoção do sistema híbrido em 2014. Além do motor elétrico, complementar à unidade V6 aspirada, os carros também receberam o sistema KERS (sigla para Sistema de Recuperação de Energia Cinética), tendo em vista que fontes externas de carregamento são proibidas. A potência supera os 1.000 cv e a velocidade máxima chega a 340 km/h.
Quanto bebe um carro da Fórmula 1?
Veja como calcular o consumo de um F1
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Agora que sabemos como são os motores e combustíveis, chegou a hora de responder a pergunta: qual é o consumo de um carro da Fórmula 1? Antes de mais nada, vale entender que a eficiência energética não é medida em quilômetros por litro (km/l) como nos veículos urbanos, mas em quilos (kg).
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Este padrão foi adotado em 1980, quando a FIA percebeu que o volume de um tanque poderia ser manipulado ao resfriar o combustível. Assim, a federação evitaria as fraudes e teria a segurança de que todos os carros têm exatamente a mesma quantidade de gasolina.
O regulamento da F1 prevê o limite de 110 kg de combustível por corrida. Dessa forma, para chegar ao valor em km/l, é preciso converter a massa (kg) em volume (l). Em temperatura normal, isso equivale a aproximadamente 130 litros. Considerando que os carros percorrem cerca de 300 km por circuito, o consumo de um esportivo contemporâneo da Fórmula 1 está na faixa de 2,3 km/l.
Achou gastão? Saiba que existem carros de rua com consumo bem similar. O Lamborghini Murcielago de 2009, por exemplo, faz exatamente 2,3 km/l na cidade, segundo o Inmetro. O grande Mercedes-Benz S65 de 2016 não fica muito distante disso, marcando 2,4 km/l.
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