Caminhonete será totalmente reformulada, ficará bem maior que a atual e passará a usar a plataforma da chinesa Maxus Terron 9 Lançamento de peso dentro do calendário de novidades da Volkswagen para o Brasil, a nova geração da Amarok aos poucos vai perdendo o status de segredo e se tornando conhecida. Na semana passada, Autoesporte adiantou em primeira mão que a picape será baseada na plataforma da chinesa Maxus Terron 9 e, agora, revela com exclusividade projeção da caminhonete.
A renderização foi elaborada por Renato Aspromonte, com base em esboço recentemente divulgado pela própria marca e que ajudou a elucidar o segredo. Com isso, revelamos que a picape terá porte superior ao da Amarok atual, design com robustez evidenciada e dianteira parruda. O conjunto frontal, inclusive, será marcado por uma chamativa barra horizontal de LED que ocupará toda a largura da caminhonete e dividirá o esquema de faróis em duas partes.
Teaser da nova Amarok (esq.), que não será, segundo a VW, mero rebadge da chinesa Maxus Terron 9 (dir.)
Divulgação
Destaque ainda para elementos como capô elevado, pilares dianteiros retos, coluna C ligeiramente inclinada e caçamba integrada à cabine (sem a tradicional divisão que caracteriza os modelos do segmento). Outra novidade será a presença de rack de teto — item cada vez mais comum nas picapes, mas que nunca foi oferecido de fábrica na Amarok sul-americana.
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Apesar da plataforma em comum com a Terron 9, fica claro que a nova Amarok passará longe de ser um mero rebadge da chinesa. Nesse aspecto, a própria Volkswagen faz questão de frisar que o design seguirá fielmente a filosofia estética da montadora. Quem dará as cartas nessa área será o brasileiro José Carlos Pavone, que chefia os times de design da marca nas Américas e tem o SUV Tera como criação mais recente.
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Nova Amarok será parruda e ‘semi-monobloco’
Graças à adoção da nova base, a nova Amarok terá ganhos dimensionais importantes na comparação com a atual. As medidas ficarão próximas da Terron 9, que tem 5,50 metros de comprimento, 2 metros de largura, 1,86 m de altura e 3,30 metros de entre-eixos. Para efeito de comparação, o modelo atual conta com comprimento de 5,35 metros, largura de 1,95m, altura de 1,85 m e distância entre-eixos de 3,09 metros.
Projeção mostra que a nova Amarok será parruda e terá visual distinto ao da picape chinesa
Renato Aspromonte/Autoesporte
Chefão da Volkswagen: nova Amarok “não será copia e cola” de picape chinesa
A plataforma compartilhada será do tipo carroceria sobre chassi, mas dentro de um conceito que a Maxus chama de ‘semi-monobloco’. O esquema combina as vantagens da construção monobloco (tipo automóvel de passeio) com a estrutura mais robusta de um chassi (comum em utilitários). A SAIC, parceria da Volkswagen no projeto, afirma que usa aços de ultra-alta resistência em diversos pontos da carroceria e que projetou a plataforma para alcançar nota máxima em segurança.
Motores da nova Amarok
Outra característica da plataforma é a modularidade. A base pode acomodar tanto suspensão traseira do tipo multi-link quanto do tipo feixe de molas (a mais usada em picapes médias). Além disso, está adaptada para sustentar motores a diesel, gasolina, híbridos e até elétricos. No mercado internacional, a Maxus e-Terron (como é chamada a versão EV) tem 442 cv de potência, 430 km de autonomia (WLTP) e capacidade de reboque de 3.500 kg.
Para a nova Amarok, a motorização a diesel já está confirmada, principalmente por conta do domínio do combustível no segmento. Resta saber se o potente motor 3.0 V6, principal chamariz da caminhonete atual, será mantido. Além disso, uma versão híbrida está nos planos e foi recentemente confirmada pelo sindicato dos metalúrgicos da fábrica de General Pacheco. No longo prazo, até mesmo uma versão elétrica gêmea da e-Terron poderá ser lançada.
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Quando a nova Volkswagen Amarok chega ao Brasil?
O lançamento está programado para 2027 e será fruto do chamado Projeto Patagonia. No anúncio mais recente, a Volkswagen confirmou que está investindo no desenvolvimento cerca de US$ 580 milhões (R$ 3,3 bilhões na conversão direta). A produção continuará concentrada na Argentina e atenderá todos os mercados da América do Sul. Já para Europa, Ásia e África, a marca continuará apostando na Amarok derivada da Ford Ranger (que nunca chegou ao Brasil).
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