Terceira geração do SUV será vendida com logotipo da marca francesa na Turquia; aqui, chegará de modo apenas indireto O Renault Duster se atualizou discretamente no Brasil em janeiro, com faróis e lanternas renovados, além de novos equipamentos. Confira aqui a lista de versões e preços. A marca francesa já avisou que não receberemos a terceira geração do SUV compacto tão cedo por aqui. Entretanto, na Turquia, o modelo está prestes a trocar de plataforma da mesma maneira que seu homônimo da romena Dacia na Europa.
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Construído sobre a plataforma CMF-B, o Renault Duster de terceira geração já teve imagens externas e internas reveladas. Em solo turco, o lançamento do SUV está previsto para o segundo semestre de 2024. O desenho é muito similar ao do Dacia Duster III apresentado em outros países europeus. Que, por sua vez, segue quase à risca o estilo visual do conceito Bigster, de 2021. O projeto dará origem a uma nova família de produtos compactos-médios para mercados emergentes.
Novo Renault Duster turco será usado como base para criar um futuro SUV cupê rival do Compass no Brasil
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Se não receberemos o novo Duster no mercado brasileiro (pelo menos não nos próximos quatro anos), a verdade é que sua terceira geração estará presente por aqui de modo indireto. É dela que se derivarão dois futuros produtos da marca francesa em nosso país: a versão de produção da picape Niagara, a ser produzida na Argentina, e um ainda misterioso SUV compacto-médio a ser fabricado em São José dos Pinhais (PR) a partir de 2025, criado para brigar com o Jeep Compass.
Projeto D1312, um “Duster cupê”
Base do Duster de terceira geração será a mesma, mas com visual exclusivo
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Ainda sem nome definido, o produto atende pelo código interno de projeto D1312. Será lançado no Brasil em 2025 e terá estilo SUV cupê. Sua relação com o Duster de terceira geração será a mesma que a do Kardian com o atual Dacia Sandero Stepway europeu: herdará praticamente toda a carroceria e a cabine do Duster III, porém com soluções visuais distintas.
É por isso que o novo Duster turco tem tanta importância para nós. Assim como ele, o futuro SUV cupê nacional da Renault deve ter pouco menos de 2,66 metros de entre-eixos. Curiosamente, é uma redução de 1,6 cm em relação ao Duster atual, mas ainda uma dimensão que ficará dentro da média do segmento de SUVs compactos-médios, que tem o Compass e o Toyota Corolla Cross na casa de 2,64 m, e o Volkswagen Taos com 2,68 m.
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Todo o underbody (base estrutural), teto, longarinas, colunas e portas laterais serão os mesmos, mas o modelo brasileiro terá um balanço dianteiro inédito, mais próximo ao do conceito da picape Niagara, com direito a faróis, capô, grade e para-lamas exclusivos. O balanço traseiro também será próprio. Espichado para ter estilo cupê, o projeto D1312 deverá ter comprimento acima de 4,40 metros, acima dos 4,34 m do novo Duster turco. Já o porta-malas deve subir de 472 para mais de 500 litros. A altura ficará acima de 1,65 m de a largura, entre 1,80 m e 1,85 m.
Acabamento interno do projeto D1312 será basicamente o mesmo do novo Duster turco
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O modelo também deve aproveitar a motorização híbrida plena (HEV) do novo Renault Duster turco. Lá, o SUV usará um conjunto híbrido da família E-Tech, formado pelo conhecido motor 1.6 SCe naturalmente aspirado, que no Brasil já é flex. A diferença é que, no sistema E-Tech, ele passa a operar em ciclo Atkinson, que retarda o tempo de expansão da câmara e encurta o de compressão. Com isso, a potência cai de 118 cv para 91 cv e o torque, de 16,2 para 14,7 kgfm. A ele se alia um motor elétrico de tração com 69 cv de potência e 20,9 kgfm. A potência combinada fica em 143 cv com gasolina.
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Autoesporte entende que a Renault estuda a adoção desse conjunto no Brasil. Com uso de etanol, a potência máxima poderia chegar a 145 cv. O banco de baterias de íons de lítio, com 1,2 kWh de capacidade, permite que cerca de 80% das acelerações e retomadas do novo Renault Duster E-Tech ocorram em modo elétrico, o que deixaria o consumo de combustível acima dos 20 km/l. O câmbio é automático de dupla embreagem (DCT) com sete marchas, a mesma caixa EDC que estará presente no Kardian brasileiro.
Outra possibilidade do novo Renault Duster turco, que também pode estar presente no SUV cupê nacional, é uma motorização híbrida leve (MHEV) de 48V. A diferença é que, no país euroasiático, ele se alia ao motor 1.2 TCe de 130 cv com três cilindros e ciclo Miller (mesmo princípio do Atkinson, porém com turbo). Aqui, seria usado em auxílio ao 1.3 TCe de quatro cilindros, que poderia manter o ciclo Otto ou também adotar o Miller, tendo opções de tração 4×2 dianteira ou 4×4 com motor elétrico de tração traseiro.
Internamente, o projeto D1312 também replicará boa parte do que vemos na cabine do novo Renault Duster turco: bancos, painel central, guarnições laterais de portas, volante, console central elevado, manopla de câmbio (a mesma do Kardian, por sinal), quadro de instrumentos digital, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, ambientação interna com luzes coloridas de LED e modos de condução selecionáveis a partir do sistema Multisense e bancos. Mudarão apenas as texturas de acabamento e estilo de revestimento dos bancos.
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