Plataforma da nova geração não virá da Maxus T90, como se imaginava, mas sim da Maxus Terron, uma picape maior do que Ranger e Hilux A Volkswagen já confirmou que lançará uma nova geração para a Amarok na América do Sul em 2027, mas ainda guarda a sete chaves detalhes importantes a respeito do projeto. O principal deles é a plataforma, que passará a ser compartilhada com o grupo chinês SAIC, mas não será herdada da picape Maxus T90, como pensado anteriormente. Autoesporte apurou que a arquitetura, na verdade, virá de outra caminhonete do conglomerado: a recém-lançada Terron.
A plataforma usada pela Terron (também chamada de Interstellar X) é bem mais moderna e capaz de atender aos padrões de segurança, conectividade e tecnologia da Volkswagen com muito mais eficiência. Já a base da T90 é considerada ultrapassada para a atual realidade do segmento, sendo adotada desde 2016 ainda pela antiga T60. Usá-la em uma Amarok totalmente nova e com anos de mercado pela frente, portanto, não faz sentido.
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Design entrega o segredo
O próprio esboço divulgado pela Volkswagen ajudou a entregar o segredo. A imagem revela uma picape bem maior, com linhas quadradas e dianteira robusta, exatamente no mesmo estilo da Terron. Some a isso elementos como colunas retas, teto plano, coluna C ligeiramente inclinada e caçamba integrada à cabine (sem a tradicional divisão que caracteriza os modelos do segmento).
Esboço divulgado pela Volkswagen adianta pegada geral do design
Divulgação
Naturalmente não será um rebadge, pois a nova Amarok seguirá fielmente a filosofia estética da montadora alemã. Nesse ponto, inclusive, quem dará as cartas será o brasileiro José Carlos Pavone, que chefia os times de design da marca nas Américas. O teaser desde já adianta que a picape média ficará bem mais agressiva e parruda, com ganhos dimensionais importantes na comparação com a atual.
Nova Amarok será ‘enorme’
Maxus e-Terron, variante elétrica, chama atenção pelo porte
Maxus/Divulgação
A adoção da plataforma da Maxus Terron permitirá à próxima Amarok crescer consideravelmente, confirmando os rumores de que será ‘enorme’. A chinesa, a título de informação, mede 5,50 metros de comprimento, 2 metros de largura, 1,86 m de altura e 3,30 metros de entre-eixos. Nesse caminho, a nova geração deverá superar facilmente o modelo atual, que possui comprimento de 5,35 metros, largura de 1,95m, altura de 1,85 m e distância entre-eixos de 3,09 metros.
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Nova motorização híbrida
Variante elétrica tem dianteira com design próprio e já é vendida na Europa
Maxus/Divulgação
A plataforma compartilhada com a Terron será do tipo carroceria sobre chassi (a Maxus chama de semi-monocoque) e a principal opção de motorização continuará sendo a diesel — a mais vendida do mercado. Ainda assim, a Amarok 2027 terá novidades mecânicas importantes. É o caso da oferta de um inédito conjunto híbrido, que foi recentemente confirmado pelo sindicato dos metalúrgicos da fábrica de General Pacheco, responsável pela produção da atual e da futura Amarok.
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Pensando no longo prazo, até mesmo uma versão elétrica poderá ser lançada. A plataforma da SAIC oferece total suporte para eletrificação e a própria Terron é vendida no mercado internacional em variantes a diesel e EV (e-Terron). Esta última, inclusive, adota esquema de motores duplos com 442 cv de potência, 430 km de autonomia (WLTP) e capacidade de reboque de 3.500 kg.
Tampa da caçamba tem amortecedores para facilitar abertura
Maxus/Divulgação
Solução interessante adotada pela Maxus é um sistema de suspensão a ar com altura ajustável e diferentes modos de direção, incluindo Normal, Areia, Lama e Personalizado. Resta saber se estará presente também na Amarok. Além de Maxus, vale lembrar, as picapes da SAIC são vendidas globalmente pelas marcas MG Motor e LDV (todas do mesmo grupo).
Projeto Patagonia
Painel tem telas digitais ladeadas e acabamento com materiais nobres
Maxus/Divulgação
O projeto atende pelo nome de Patagonia e, como dito, será concluído por volta de 2027. No anúncio mais recente, a Volkswagen confirmou que está investindo no desenvolvimento cerca de US$ 580 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões na conversão direta). A nova Amarok será exclusiva da América do Sul e não terá nenhuma relação com a variante baseada na Ford Ranger que é vendida na Europa.
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