Fabricante japonesa não terá mais irmã gêmea da picape da Renault após fechar fábrica na Argentina Se você acompanha os canais da Autoesporte, já sabe que a Nissan está enfrentando uma crise global. Por isso, entre outras coisas, fechou a sua fábrica na Argentina e, consequentemente, a Frontier vai passar a ser importada do México. Outro plano é reduzir a parceria com a Renault. Junto disso, uma curiosidade implícita: a desistência da marca na criação de uma inédita picape intermediária, que seria “irmã gêmea” da Renault Niagara.
Entenda como fica a parceria da Nissan com a Renault
A Nissan encerrou as suas atividades na fábrica de Santa Isabel, em Córdoba, na Argentina, depois de quase sete anos de atividades. Afinal, a produção local da marca no país vizinho começou em 2018. Agora, a presença da japonesa por lá será apenas como importadora de veículos.
Mas o que a Renault tem a ver com isso? Acontece que a planta argentina era compartilhada entre as duas fabricantes. E é lá que a francesa produz Sandero, Stepway, Logan, Kangoo e, claro, tem planos para a Niagara nos próximos anos.
Renault Niagara será projeto único da fabricante francesa
Divulgação
+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte
E a caminhonete intermediária, que será rival da Fiat Toro, teria uma versão criada somente para a Nissan justamente pela colaboração da fábrica. O anúncio foi feito pela fabricante japonesa em setembro, quando informou que faria um investimento de US$ 350 milhões (ou R$ 1,9 bilhão) na planta da Argentina.
No entanto, após a saída do país, as chances do cancelamento do projeto são gigantes. Prova disso é que, no comunicado oficial, a única picape citada para a troca do local de produção parece ser a Frontier, considerando o uso das palavravas de “caminhonete robusta”.
Projeção mostra como poderia ser a picape intermediária da Nissan
Projeção Kleber Silva/KDesignAG
Initial plugin text
Niagara só com a Renault
Desta forma, a Renault é a única que vai seguir com o projeto Niagara — e até com planos mais ousados do que imaginávamos. Isso porque será mais cara que a Oroch e vai mirar todo o mercado latino-americano.
O diretor do centro de design da Renault, o brasileiro Daniel Nozaki, soltou alguns “spoilers” à imprensa argentina — entre eles, confirmou que versões da nova picape serão posicionadas “acima de Toro e Rampage” e que o motor híbrido pode demorar alguns anos para chegar.
Ainda sobre a parceria entre a Renault e a Nissan, ambas anunciaram, nesta segunda-feira (31), mudanças no modelo de aliança. A principal alteração é a redução na chamada participação cruzada mínima que as duas fabricantes devem ter uma na outra. A partir de agora, será de 10%. Até então, a porcentagem que cada uma deveria ter da outra era de 15%.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Mais Lidas
Fonte: Read More