Você sabia que as primeiras mulheres a terem habilitação no Brasil eram do Espírito Santo? Maria José Pereira e Rosa Helena Schorling, foram as pioneiras, no ano de 1932.
Mais de 90 anos depois e em pleno século 21 ainda ouvimos que mulher e direção não combinam. Muito pelo contrário!
Dados como o da INFOSIGA SP (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), apontam que elas são as que menos se envolvem em acidentes de trânsito graves.
Segundo o mesmo sistema, em 94% dos acidentes fatais a principal causa é a falha humana. Sendo assim, evidencia-se que o comportamento do motorista é um fator crucial nas ruas e estradas, sejam eles homens ou mulheres.
De antemão é fácil perceber que as mulheres tendem a cumprir mais as leis no trânsito, diminuindo assim os riscos de acidentes.
Além disso, uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que os homens tendem a se distrair mais facilmente e com mais frequência quando comparados às mulheres.
Estudos mostram também que quando há mulheres ao volante o número de acidentes, graves ou não, diminui consideravelmente. Isso porque o sexo feminino tende a ser menos agressivo e competitivo com os outros motoristas.
Aliado à tudo isso, o tempo vem mostrando que as mulheres são capazes de dirigir veículos de todos os tamanhos, além de ocuparem cargos nos setores mais técnicos, como manutenção e até mesmo ajudar na condução de equipes de Fórmula 1. E isso já não é de hoje!
Além do exemplo das capixabas, não poderíamos deixar de mencionar a mãe do automóvel: Bertha Benz. Ela foi a primeira mulher na história a dirigir um carro, isso em 1888. O marido, Carl Benz, foi o inventor do carro motorizado.
Entretanto com a sua insegurança, Carl não tinha coragem de mostrar ao mundo a sua mais nova invenção. Em contrapartida, Bertha acabou pegando o carro escondido e saiu para uma viagem de 100 Km. Era o que faltava para ganhar notoriedade e foi essencial para o desenvolvimento técnico do automóvel.
Tal qual Bertha, a atriz canadense Florence Lawrence, não escondia sua paixão pela direção e pelos carros. E foi ela, no início do século XX, quem criou a seta, a luz de freio e outros indicadores dos veículos.
Em outras palavras, elas superaram os comentários negativos deram um grande exemplo e com ousadia fizeram história.
Atualmente, no Brasil, as mulheres representam 1/3 dos motoristas, e esse número só cresce, mesmo que o interesse por parte das jovens tenha diminuído. Como resultado, os estados brasileiros com o maior número de mulheres com carteira de habilitação são:
Todavia, a direção ainda é um desafio para homens e mulheres. E sabemos que a aprovação na prova prática e receber a habilitação é apenas o começo do caminho.
A segurança e a atenção na direção são marcas registradas das mulheres. Mas se você ainda não tem tanta experiência, confira 7 dicas para perder a insegurança e dirigir bem.
Por fim, não podemos deixar de homenagear todas as mulheres que com ousadia dirigem seus veículos, famílias e empresas.