Stellantis, dona das marcas Jeep e Ram, já afastou 1.000 funcionários; Volkswagen, Audi, Nissan e JLR decidiram cancelar novos envios ao país Ainda que esperado (e com negociações em andamento), o tarifaço anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, tem causado um impacto considerável na indústria automotiva. Desde o último dia 3 de abril, todos os veículos que chegam de outros países aos Estados Unidos pagam 25% de imposto de importação. Com isso, algumas das maiores fabricantes de veículos do mundo já anunciaram medidas que vão impactar nas vendas de carros.
A Stellantis, dona de marcas americanas tradicionais, como Jeep, Ram, Chrysler e Dodge, suspendeu a produção em fábricas do Canadá e do México. O anúncio de Trump também teve efeitos no próprio país. Quase 1.000 funcionários alocados nos Estados Unidos tiveram seus contratos de trabalho suspensos temporariamente. Isso acontece porque eles produziam componentes para abastecer as fábricas nos países vizinhos.
Também é preciso lembrar que o único modelo da Chrysler ainda em produção, a minivan Pacifica, é feita na unidade de Windsor, no Canadá. Ou seja, se a Stellantis decidir não importar mais veículos desta fábrica de forma definitiva, a centenária marca Chrysler poderá deixar de existir nos Estados Unidos.
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Volkswagen Taos vendido nos EUA é feito no México
Divulgação
Outra gigante da indústria, o Grupo Volkswagen tomou medidas práticas ao cancelar o envio de veículos produzidos no México para o vizinho do norte. Com isso, carros da Audi e da própria Volkswagen estão parados antes da fronteira, até que uma nova decisão seja tomada.
Caso a interrupção se prolongue, as vendas da Volkswagen nos Estados Unidos podem ser afetadas de forma severa. Isso porque Jetta, Tiguan e Taos, os três carros mais baratos da Volkswagen no país, são feitos no México.
A Nissan, que, apesar de possuir uma fábrica nos Estados Unidos, também tem linhas de produção no México, anunciou que vai deixar de importar dois SUVs de luxo da marca Infiniti. Isso porque os modelos QX50 e QX55 são feitos no país vizinho, e perderiam competitividade ao pagar os 25% de imposto de importação.
Por fim, a Jaguar Land Rover, famosa pelos SUVs de luxo produzidos no Reino Unido, anunciou que está suspendendo o envio de veículos aos Estados Unidos durante o mês de abril. A medida foi tomada para avaliar novos termos comerciais entre as nações.
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