EQA, EQB e EQE chegam importados para reforçar linha de modelos a eletricidade da marca alemã; preços vão de R$ 480 mil a mais de R$ 700 mil A linha de carros elétricos da Mercedes-Benz no Brasil mais do que dobrou de tamanho de uma hora para outra. Nesta sexta-feira (28), a marca alemã lançou três modelos de uma só vez. São eles EQA, EQB e EQE.
E para alegria de todos e felicidade geral da nação, as siglas são quase autoexplicativas: as duas primeiras letras se referem à divisão de veículos eletrificados EQ. A última posiciona os modelos em cada família.
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Para facilitar ainda mais a compreensão, EQA e EQB são, respectivamente, as versões elétricas de GLA e GLB. Já o EQE surge como uma variante do sedã Classe E. Por enquanto, apenas uma configuração de cada um está à venda no Brasil. Veja os preços, e, mais abaixo, detalhes de motorização, autonomia e equipamentos.
EQA 250 – R$ 480.900
EQB 250 – R$ 502.900
EQE 300 – R$ 709.900
Maior autonomia do Brasil
Mercedes-Benz EQE 300
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O EQE foi criado desde o início como um modelo elétrico. A plataforma pensada para isso permitiu um visual inédito e com excelente coeficiente aerodinâmico, que permite otimizar o consumo de energia e, como consequência, o aumento da autonomia.
O resultado é que o sedã produzido em Bremen (Alemanha) é o novo dono do título de carro elétrico de maior autonomia do país, com 645 km. Em tese, o alcance é suficiente para percorrer um trajeto de ida e volta entre São Paulo e Ribeirão Preto sem precisar parar para carregar. O recordista anterior era o BMW iX, que levamos para uma viagem sem paradas para recarga até o Rio de Janeiro.
Voltando ao EQE, a versão escolhida para o Brasil traz apenas um motor elétrico, instalado no eixo traseiro. São 245 cv e 56,1 kgfm e 0 a 100 km/h em 7,3 segundos. Na Europa, há versões mais potentes e velozes, mas a marca afirma que ainda não há confirmação de que elas serão vendidas por aqui no futuro.
Mercedes-Benz EQB compartilha a plataforma com o GLB; ambos têm 7 lugares
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Se o EQE é inédito, EQA e EQB compartilham diversos elementos e a plataforma com GLA e GLB. O formato básico da carroceria, interior e quase todos os equipamentos são idênticos. As maiores diferenças são obviamente o conjunto mecânico e parte do visual dianteiro e traseiro.
Por não possuírem um motor a combustão que precisa de ar para refrigeração, a grade da dupla é praticamente fechada. O sistema de iluminação ainda traz uma barra ligando os faróis e as lanternas, como uma espécie de assinatura da linha EQ.
O EQB ainda é o primeiro Mercedes-Benz elétrico que pode levar até 7 pessoas. Só não é o pioneiro desse segmento no Brasil porque há o BYD Tan. O EQA, por sua vez, deve concorrer com o Volvo XC40, embora o SUV sueco tenha mais potência e preço consideravelmente menor.
Mercedes-Benz EQA é oferecido em versão única, 250, com 190 cv
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Os dois modelos trazem um motor elétrico instalado no eixo dianteiro que entrega 190 cv e 39,3 kgfm e movimenta as rodas da frente. Segundo a fabricante, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,6 s e 8,9 s, na mesma ordem.
O alcance de EQA e EQB é mais baixo do que o do EQE, ficando respectivamente em 496 km e 474 km, sempre considerando o ciclo WLTP. Em todos os casos, recarregar as baterias de 10% a 80% leva pouco mais de meia hora.
Equipamentos
A Mercedes tem apostado nos pacotes de aparência da AMG. Se não há a esportividade esperada dos carros da preparadora, ao menos o visual é invocado com para-choques robusto, rodas grandes (19 a 21 polegadas, de acordo com o modelo) e interior com iluminação ambiente e bancos esportivos.
O trio ainda traz o pacote de assistências à condução no nível 2, capaz de atuar de forma autônoma em algumas condições. Os modelos conseguem identificar e ficar dentro das faixas de trânsito, se manter a uma distância pré-definida do veículo à frente e frear sozinho em caso de emergência. O motorista, porém, precisa ficar com as mãos no volante e atento durante todo o tempo.
Impressões ao dirigir (pouco)
Durante o evento de lançamento do trio, foi possível ter um brevíssimo contato com os novos carros elétricos. O percurso de cerca de 3 km não representa desafio algum para a autonomia nem de um carrinho de golfe. Por isso, esse aspecto será avaliado posteriormente, quando a Mercedes-Benz emprestar os veículos para avaliação.
EQA e EQB surpreendem positivamente pela agilidade no trânsito mais pesado – apesar de pesarem cerca de 500 kg a mais do que os similares a combustão. Ainda que os 190 cv não pareçam uma potência significativa, os quase 40 kgfm de torque conferem saídas rápidas em semáforos.
Mercedes-Benz EQB é o primeiro SUV elétrico de 7 lugares da marca
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A questão principal da dupla é que os concorrentes parecem ser mais competitivos. No caso do EQA, o Volvo XC40 Single Motor tem 40 cv a mais, custa R$ 150 mil a menos (R$ 329.950), tem autonomia ligeiramente inferior (420 km) e medidas semelhantes.
O único outro SUV elétrico de sete lugares do Brasil é o BYD Tan. O modelo, consideravelmente maior do que o EQB também é mais caro: R$ 529.890. Só que tem quase três vezes mais potência. São 517 cv. O alcance é similar: 437 km.
O quadro muda ao analisarmos o EQE. A opção disponível para test-drive é da série limitada Edition One. São apenas 13 exemplares – um para cada concessionária que vende carros elétricos da Mercedes-Benz.
Em relação aos demais EQE, a edição especial traz soleira alusiva à série e acabamento de madeira com pequenos entalhes da cor azul.
Fora isso, há todo o equipamento padrão, que inclui quadro de instrumentos digital, central multimídia com tela OLED de 12,8 polegadas, frenagem automática de emergência, alerta de saída de faixa com correção do volante, pacote de iluminação ambiente, bancos e volante com ajustes elétricos, teto panorâmico e carregador de celular por indução.
A bordo do EQE, a sensação de sofisticação é a característica mais marcante. Cada parte da cabine traz materiais de excelente qualidade, seja visual ou ao toque. O desenho também é moderno e futurista, como no exterior.
A curta experiência de dirigir o sedã mostra que o foco total é o conforto dos ocupantes. As arrancadas são menos vorazes do que a dos concorrentes diretos – Porsche Taycan, BYD Han e Audi RS e-tron GT.
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