Clássico dos anos 1970 vivia em depósito e passou por restauração que mudou até sua cor antes de chegar às telonas dirigido por Fernanda Torres Pode até não parecer, mas carros e filmes são duas coisas que vão muito bem juntas e muitos modelos ou segmentos de veículos se tornam mais cobiçados após aparições nas telonas. Com o recente vencedor do Oscar “Ainda Estou Aqui” não foi diferente, e o Opel Kadett de Eunice e Rubens Paiva ganhou a atenção de entusiastas. Não à toa, o modelo já encontrou um novo dono ao ser leiloado pela bagatela de R$ 215 mil.
As apostas foram dadas no último sábado (22) durante o 6° Leilão de Veículos Antigos, organizado pela Picelli Leilões no Morumbi Town Shopping, com lances que partiam de R$ 80 mil. Assim, o valor do arremate não está tão distante da estimativa inicial, e está próximo dos preços de um Toyota Corolla Cross híbrido.
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Quanto ao novo dono do Kadett, este preferiu manter o sigilo e não deu declarações públicas sobre a aquisição. O cupê clássico de 1968 até então pertencia a Fábio Costa Martins, proprietário da empresa Veículos de Cena, especializada em encontrar automóveis para a produções audiovisuais.
Em entrevista exclusiva ao podcast CBN Autoesporte, que foi ao ar no dia 1° de março, o empresário abriu detalhes sobre a dificuldade em encontrar o veículo que não poderia ser diferente do solicitado, já que deveria ser fiel ao modelo descrito por Marcelo Rubens Paiva no livro que conta a história de sua mãe, e deu origem ao filme vencedor da categoria Melhor Filme Internacional. Assista a um trecho da entrevista abaixo:
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Dessa forma, alguns desafios como, desmontar grade, para-choques, arrancar as rodas e até a mudança de cor do modelo que vivia no depósito de um colecionador, foram enfrentados antes que o cupê passasse sete meses no Rio de Janeiro com a equipe do longa-metragem. Quando foi encontrado, o Kadett tinha carroceria pintada na cor amarela com o teto em vinil preto.
Vale dizer que Walter Salles, diretor da película que atraiu mais de 5 milhões de espectadores só no Brasil, ficou tão interessado no carro que chegou a perguntar a uma produtora se Fábio gostaria de vendê-lo. O filme também atingiu a marca de quinta maior bilheteria do cinema nacional, ao arrecadar R$ 85,41 milhões, segundo a Forbes. Além da estatueta entre os filmes de língua não inglesa, a obra também rendeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama para Fernanda Torres, pela interpretação de Eunice Paiva.
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No Oscar, inclusive, o filme estava indicado em mais duas categorias, sendo Melhor Atriz para Fernanda Torres e Melhor Filme.
Opel Kadett teve seis gerações no mundo; versão de 1968 é equipada com motor 1.1 de quatro cilindros refrigerado a ar
Renato Durães/Autoesporte
Como é o Opel Kadett
Autoesporte dirigiu o clássico da Opel usado em “Ainda Estou Aqui” – clique aqui para conferir nossas impressões. Trata-se do Kadett B de 1968, equipado com propulsor 1.1 de quatro cilindros, refrigerado a ar que desenvolve até 60 cv de potência e 8,6 kgfm de torque. O conjunto é aliado ao câmbio manual de quatro marchas.
Criado por Heinrich Nordhoff na Alemanha, em 1936, o modelo focava em ser um carro acessível para famílias. Sua produção foi interrompida em 1940, pelo advento da Segunda Guerra Mundial, o que não impediu que esta fosse retomada e durasse até 1998, quando o modelo cedeu seu espaço à segunda geração do Chevrolet Astra.
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