Estepes, baterias e calotas são alvos frequentes dos criminosos; confira a lista com outros equipamentos muito visados Na última semana, o furto dos faróis de um Porsche Panamera viralizou na internet. Ao consultar especialistas, Autoesporte descobriu que o crime está tão em alta que forçou até uma mudança no projeto dos carros novos da marca alemã, que receberam parafusos adicionais para coibir a prática.
O Brasil é um dos países com maior taxa de crimes per capita do mundo, segundo um balanço da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2022. Uma parcela desses crimes inclui roubo e furto de carros – porém, nem sempre os ladrões estão interessados em levar o seu automóvel “inteiro”.
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Partindo disso, Autoesporte elegeu itens básicos e equipamentos que costumam ser roubados com frequência nos carros aqui no Brasil. Acompanhe e fique esperto com os lugares onde irá estacionar.
Aparelho de som (rádio, central multimídia, DVD)
Central multimídia universal pode ser facilmente desencaixada do painel
Divulgação
Entre os anos 1980 e 1990, com a popularização dos toca-fitas, os rádios automotivos se tornaram muito visados pelos criminosos. Tanto que algumas pessoas achavam melhor retirar o aparelho inteiro e colocá-lo em uma bolsa ao estacionar na rua.
Os aparelhos de mídia evoluíram muito e já não podem ser totalmente removidos. Hoje oferecem Bluetooth, conexão de cabo auxiliar, GPS e pareamento Android Auto e Apple CarPlay. Um sistema desenvolvido pela Volvo identifica até quando o motorista está próximo de sua casa para abrir o portão, via Google Home.
Porém, os aparelhos de som continuam sendo muito cobiçados – principalmente os de instalação paralela, que são mais fáceis de desconectar do painel do carro. O motivo para o furto é o valor do equipamento. Em uma rápida pesquisa na internet, Autoesporte encontrou uma central multimídia da Pioneer, com pareamento de smartphone, anunciada por quase R$ 4.000.
Baterias
As baterias mais caras chegam a custar mais de R$ 1.000
Autoesporte
Baterias são caras e fáceis de acessar. Basta destravar o capô de um carro para retirar o equipamento em alguns segundos. Normalmente, os proprietários descobrem que foram vítimas do crime na hora de acionar o alarme.
As baterias de carros populares partem de R$ 300, mas chegam a R$ 1.200 no caso de modelos premium. Para caminhões, a bateria pode ser ainda mais cara. Por isso, este equipamento tão importante é figurinha carimbada em qualquer lista de furto.
Calotas de carros clássicos
As calotas do Fusca podem ser removidas com facilidade
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Com a supervalorização dos carros clássicos, alguns itens se tornaram alvos de bandidos que lucram no mercado ilegal. Um dos mais batidos são as calotas de centro de roda do Fusca e da Kombi, que são fixadas por um grampo.
Autoesporte encontrou uma única calota anunciada por R$ 55 na internet. Portanto, levando um jogo de quatro calotas em perfeitas condições, o criminoso pode colocar R$ 220 no bolso. Vale lembrar que as calotas podem ser roubadas com uma simples chave de fenda, ainda que os donos de Fusca e Kombi clássicos coloquem grampos para mitigar a ação dos criminosos.
Estepes expostos
Ford Ecosport tinha o estepe exposto na tampa do porta-malas, facilitando a ação de bandidos
Divulgação
Um problema que assombra proprietários de carros com estepes expostos é o furto da roda. Isso vale tanto para carros aventureiros (que levam o estepe na tampa do porta-malas, como o Volkswagen CrossFox) quanto para modelos que escondem o estepe na parte inferior (como os antigos Ford Ka e Fiesta).
Alguns motoristas preferem “travar” a roda com abraçadeiras, correntes e alças de bicicleta para dificultar a ação criminosa. Entretanto, o estepe continua sendo um dos itens mais roubados dos carros.
Estrela da Mercedes-Benz do GLA
O símbolo da Mercedes-Benz tem sido alvo frequente de furtos
Autoesporte
Além dos faróis de LED, donos de carros premium também sofrem com os furtos de alguns itens decorativos. No caso do GLA, a estrela frontal da Mercedes-Benz é um grande chamariz para os bandidos, conforme apurado pela Autoesporte.
“Atendemos incontáveis ocorrências de GLA que tiveram seus símbolos furtados em 2022”, confirma Lilian Viana, diretora da oficina Frison Convenience.
Menções honrosas
Outros furtos que podemos enumerar, mas que não são comuns no Brasil, são do “Espírito do Ecstasy” da Rolls-Royce e dos retrovisores por câmeras do Audi e-tron. No primeiro caso, a marca britânica desenvolveu um sistema em que a estatueta que fica à frente do capô é recolhida automaticamente caso alguém tente furtá-la.
No caso dos retrovisores do Audi e-tron, as câmeras têm valor alto no mercado ilegal de peças. Logo, essa evolução tecnológica que substitui os espelhos convencionais também entrou na mira dos bandidos.
Carro elétrico da Audi tem retrovisor digital
Renato Durães
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