BYD e GWM cresceram em ano com estreia de quatro fabricantes; mais cinco empresas do país asiático devem chegar em 2025 Já faz dois anos que as marcas chinesas ocupam papel de protagonismo na indústria automotiva. Além das que já estavam no Brasil (leia-se BYD, GWM, JAC Motors e Caoa Chery ), mais quatro (Omoda Jaecoo, Neta, Zeekr e GAC) aportaram por aqui no ano que se encerra – e outras vão chegar em 2025.
BYD e GWM começam a fazer carros no Brasil em 2025
Galpão no complexo de Camaçari (BA), da BYD
Marcus Celestino/Autoesporte
BYD e GWM prometem iniciar a produção de carros no Brasil no ano que vem. Enquanto a primeira pretende iniciar a produção de carros até março, a segunda espera inaugurar a linha de montagem em Iracemápolis (SP) no primeiro semestre em data ainda a ser definida.
BYD rescinde contrato com empresa denunciada por trabalho análogo à escravidão
No caso da BYD , Dolphin Mini e Song Pro foram os modelos escolhidos para inaugurar as atividades em Camaçari (BA). Em um primeiro momento, a produção começa no regime SKD, no qual alguns kits de peças são importados já montados para que o veículo seja finalizado por aqui.
Mesmo sem produção local, a BYD se firmou no ranking das principais montadoras do país. Considerando os emplacamentos de janeiro a novembro, a marca ocupa um confortável 10º lugar, à frente de montadoras como Caoa Chery, Citroën e a própria GWM – esta última na 12ª colocação.
+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte.
Já a GWM confirmou que o Haval H6 será um dos modelos produzidos por aqui. Além do SUV, outros dois modelos vão ganhar cidadania brasileira em breve. A montadora quer fazer 50 mil unidades por ano no país em três anos, sendo 10 mil em 2025 e mais de 40 mil em 2026 – com dois turnos em operação e três produtos em linha.
Neta em cenário nebuloso
Neta Aya – dianteira
Divulgação
Entre as marcas chinesas no Brasil, a Neta é a que está com a situação mais nebulosa. A empresa prometeu iniciar suas operações em setembro, algo que só ocorreu em meados de novembro com o começo da pré-venda dos modelos Aya e X.
No mês seguinte, quando as primeiras unidades seriam entregues, a marca ainda estava montando sua rede de concessionárias. Duas lojas em São Paulo e Brasília estavam quase prontas para serem inauguradas, algo que não aconteceu em nenhum dos casos.
Procurada, a Neta prometeu inaugurar cinco lojas em meados do ano que vem, nas cidades de Niterói (RJ), João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Vitória (ES) e Florianópolis (SC). A ver.
Omoda Jaecoo começa a vender carros no ano que vem
Omoda 5 no Festival Interlagos
Cauê Lira/Autoesporte
Omoda e Jaecoo anunciaram sua chegada nos últimos dias de 2023, mas sem pressa para estrear. As marcas controladas pela Chery aproveitaram 2024 para iniciar suas operações, montar a equipe de profissionais e inaugurar um escritório em São Paulo.
Com investimento inicial de R$ 200 milhões para a primeira fase de operação de vendas no Brasil, Omoda e Jaecoo (em operação completamente independente da Caoa Chery) estruturaram um plano para inaugurar 50 pontos de venda pelo país. A ideia é que os modelos das duas marcas sejam comercializados no mesmo espaço.
Além disso, a empresa já demonstrou interesse na produção em solo nacional. Omoda e Jaecoo apontaram que investirão para tal, mas ainda não detalharam seus planos.
A Zeekr, por sua vez, começou a vender seus carros no Brasil este ano. Seus produtos, com pegada premium, chegam ao mercado para brigar com marcas como Audi e BMW.
Pelo menos cinco marcas chinesas vão chegar em 2025
Chevrolet Wuling Starlight S
Divulgação
Pelo menos cinco fabricantes de carros podem estrear no mercado brasileiro no ano que vem. A Leapmotor começa suas atividades no primeiro trimestre. A montadora chinesa pertence ao grupo Stellantis, que vai usar toda a experiência na gestão de marcas como Fiat e Jeep para montar uma rede de lojas independente no país.
A Geely, que teve uma breve passagem por aqui pelas mãos do grupo Gandini (atual representante da Kia) entre 2014 e 2016, pode voltar ao país. Quem também prepara o retorno para cá é a MG Motor, cujos modelos foram vendidos pela extinta importadora Forest Trade de 2011 a 2013.
Flagra: MG4 surge no Brasil para ser o rival elétrico chinês do Golf GTI
A Polestar, marca de carros elétricos esportivos controlada pela Geely (e com parentesco com outra empresa do grupo, a Volvo), deve aportar no país em 2025. A própria empresa confirmou a intenção de atuar no mercado brasileiro.
Por fim, a General Motors prepara a estreia dos carros elétricos da Wuling. Algumas unidades, inclusive, vêm sendo testadas há alguns meses com uma chamativa camuflagem colorida.
Temos ainda a possibilidade da chegada da Lynk & Co ao Brasil. Esta pode ter seus veículos comercializados no país por meio da Zeekr. O Grupo Geely, dono das marcas, quer unir as duas a fim de fomentar vendas de elétricos.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Mais Lidas
Fonte: Read More