SUV retornou ao Brasil neste ano em sua sexta geração com motorização híbrida; veja as impressões Após um hiato de dois anos, o Honda CR-V retornou ao Brasil em 2024. O SUV médio é vendido em versão única, a Advanced, agora com motorização híbrida. Em sua sexta geração, o modelo ficou maior nas dimensões e passou a oferecer um ótimo pacote de equipamentos.
Como nem tudo são flores, existem pontos que deixam a desejar no Honda CR-V. Também falaremos disso no decorrer deste texto. Então, confira cinco pontos positivos e outros cinco não tão interessantes no SUV japonês.
Motivos para comprar
1. Design
Em termos de design, a sexta geração do Honda CR-V traz uma cara mais sóbria e, embora mantenha a pegada conservadora, é bastante moderna. O destaque fica por conta da grade frontal maior, o capô mais elevado e os faróis full LED. O SUV médio tem linhas aerodinâmicas nas laterais e rodas de 19 polegadas pintadas de preto.
Na traseira, as lanternas de LED com formato em “L” não são conectadas, mas há bastante vincos na tampa do porta-malas. O “H” de Honda é contornado pela cor azul, o que indica a motorização híbrida.
2. Espaço e conforto
Novo Honda CR-V tem 4,70 metros de comprimento
Renato Durães/Autoesporte
Espaço é um ponto forte no Honda CR-V. O SUV da marca japonesa tem um túnel central praticamente plano, o que melhora a disposição para quem vai sentado no meio. Algo interessante é a possibilidade de ajustar desde a inclinação do encosto lombar no banco traseiro até a altura do cinto. Portanto, é mais fácil de encontrar uma posição mais confortável para viagens longas.
Em relação a tamanho, o modelo tem 4,70 metros de comprimento (7 cm a mais que a geração anterior), 1,87 m de largura, 1,69 m de altura (+1 cm) e 2,70 m de entre-eixos (+4 cm). O porta-malas, também ficou quase 60 litros superior, com 581 litros.
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3. Nível de tecnologia
Honda CR-V traz telas digitais e acabamentos nos bancos que imitam couro
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Na lista de equipamentos de série, a Honda focou bastante nos itens de conforto e segurança. Faz sentido, já que o SUV tem um apelo familiar. Destaque, por exemplo, para os ajustes elétricos dos bancos do motorista e passageiro, teto solar panorâmico com cortina aberta eletricamente e partida de motor pela chave.
Ainda é possível abrir o porta-malas pela chave, bem como programar o fechamento assim que não estiver mais embaixo da tampa. No painel, há duas telas digitais: o quadro de instrumentos de 10,2 polegadas e a central multimídia de 9”, com câmera de ré. Carregador de celular por indução, ar-condicionado digital de duas zonas e som premium Bose completam a lista.
Além disso, ainda há o pacote Honda Sensing, que inclui controlador de velocidade adaptativo, frenagem automática de emergência, alertas de objeto no ponto cego, saída de faixa com centralização no volante e de atenção do motorista e farol alto com facho automático. Por fim, são dez airbags (frontais, laterais dianteiros, laterais traseiros, de joelhos e de cortina).
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4. Motor eficiente
O CR-V, por não ser plug-in, só pode ser carregado pela regeneração da energia nas frenagens
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O conjunto mecânico do SUV é igual ao do Accord: 2.0 aspirado a gasolina de ciclo Atkinson, com 147 cv e 19,4 kgfm. E são outros dois motores elétricos: um gerador e outro de tração com 184 cv e 34,2 kgfm. Aliás, não é plug-in (que permite recarga externa).
De acordo com a Honda, a potência combinada é de 207 cv, mas o torque máximo não é revelado (assim, fica o número do motor elétrico, 34,2 kgfm). O CR-V tem tração nas quatro rodas, ao contrário de Civic e Accord, em que é tração apenas dianteira.
A transmissão e:HEV se chama e-CVT — mesmo sistema de Civic e Accord. A única diferença é que o acoplamento entre o motor a combustão e o diferencial tem apenas uma relação nos sedãs, enquanto no SUV são duas relações de marchas. Seja como for, em todos os casos, o mecanismo funciona a velocidades de cruzeiro e nas retomadas e acelerações mais rápidas, a tração é feita pelo motor elétrico.
5. Consumo
Novo Honda CR-V chega a mais de 750 km de alcance
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O novo Honda CR-V tem médias boas de consumo. Faz 14,2 km/l na cidade e 11,6 km/l na estrada, sempre abastecido com gasolina. Os números são do Inmetro. Como o tanque de combustível tem 53 litros de capacidade, a autonomia total do SUV chega a 752,6 km, de acordo com a Honda.
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Motivos para fugir
1. Preço elevado
Honda CR-V de sexta geração retornou ao Brasil em 2024, após dois anos fora do mercado
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O Honda CR-V custa nada menos que R$ 352.900. Como falamos, o SUV híbrido está disponível em versão única, Advance. Seja como for, é um preço salgado, já que um de seus rivais, o GWM Haval H6 PHEV, está disponível por R$ 269 mil. Uma diferença de quase R$ 84 mil. Autoesporte, aliás, já fez um comparativo entre os dois modelos. Clique aqui para conferir.
2. Acabamento é bom, mas simples
Novo Honda CR-V híbrido tem detalhe que imita madeira na cabine
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O Honda CR-V traz um bom acabamento interno. No painel, os materiais são emborrachados, mas há aquela imitação de madeira da geração anterior que envelhece um pouco a cabine. Além disso, pelo preço que ultrapassa os R$ 350 mil, seria interessante um acabamento mais refinado.
3. Sem estepe
O Honda CR-V tem porta-malas de 581 litros
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A Honda optou por não colocar um estepe no CR-V. Ou seja, abaixo do assoalho do porta-malas, há um kit de reparo emergencial em vez do pneu sobressalente. Não há nem um pneu de uso temporário.
Ao contrário do que muitos pensam, a lei não proíbe a não utilização do estepe nos carros vendidos no Brasil. Porém, a roda extra faz falta, principalmente por proporcionar uma sensação maior de segurança.
4. Conexão para Android Auto por fio
A central do CR-V, por sua vez, é bem intuitiva, mas a resolução da imagem não é das melhores
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Que as telas digitais agregam bastante valor ao SUV, é fato. Entretanto, existem algumas questões. Na central multimídia, enquanto a conexão para Apple CarPlay é feita sem fio, para Android Auto só pode ser feita por cabo, ainda com uma saída tradicional USB-A, e não USB-C.
Algo que também chega a incomodar é a função da câmera do retrovisor, que toma conta da central multimídia toda vez que o condutor liga a seta para a direita. O intuito é auxiliar no ponto cego, mas às vezes atrapalha por tirar de visualização, por exemplo, o mapa do navegador. A função pode ser desativada, mas não deixa de ser desagradável.
5. Cinto traseiro mal posicionado
Cinto para o ocupante central do banco traseiro atrapalha a visibilidade do motorista
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Embora o espaço da segunda fileira do Honda CR-V seja bom, há uma questão que atrapalha. Uma vez que o cinto de segurança do passageiro traseiro central está montado, acaba por prejudicar a visão do motorista pelo fato de estar posicionado bem no meio do vidro traseiro. Afinal, a saída vem do teto. Para desmontar, é necessário usar a chave de segurança.
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