Marcas seguem exemplos de Nissan, Toyota e Renault e deixam o país em função da guerra com a Ucrânia Depois de suspenderem as operações na Rússia, em março, em resposta à invasão na Ucrânia, Ford e Mercedes-Benz anunciaram que vão se retirar totalmente do mercado russo e vender suas ações.
As montadoras não são as primeiras a tomarem essa decisão. Antes, Nissan, Toyota e Renault já haviam deixado a produção no país. Empresas como Aston Martin, BMW, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, Porsche, Rolls-Royce, Volkswagen e Volvo não saíram da Rússia, mas interromperam as entregas já nos primeiros meses da guerra.
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Como ficou a Ford?
Ford tinha participação minoritária na joint-venture com a Sollers Ford na Rússia
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Logo que o conflito bélico começou a Ford não demorou para interromper a fabricação, o fornecimento de peças e o suporte de TI e engenharia na Rússia. Agora, quase oito meses depois, a fabricante norte-americana vendeu sua participação de 49% na joint venture Sollers-Ford “por um valor nominal”.
No entanto, assim como a Nissan, a Ford manteve a possibilidade de comprar suas ações de volta nos próximos cinco anos caso a situação global mude. Ainda assim, o provável é que a empresa não volte ao país, já que os planos de encerrar as operações na Rússia estavam em curso desde 2019, quando a marca começou a concentrar esforços na fabricação de vans comerciais, como a Transit.
E a Mercedes-Benz?
Mercedes-Benz vai manter participação na montadora de caminhões Kamaz na Rússia
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No caso da Mercedes-Benz, os ativos avaliados em 1,8 bilhão de euros estão sendo vendidos para a Avtodom, uma rede russa de concessionaria de automóveis. Ainda assim, a fabricante alemã vai manter sua participação de 15% na Kamaz, famosa montadora de caminhões no país.
É importante ressaltar que a decisão da Mercedes-Benz não deve impactar tanto nos lucros da empresa. Isso porque apenas 9.558 veículos da marca foram vendidos na Rússia entre janeiro e setembro de 2022. Uma queda significativa de 72,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Outra explicação para a saída da Ford e da Mercedes-Benz do mercado russo é a aplicação de embargos de diversos países na Rússia. Além disso, desde o início da guerra, o transporte de carros para o local também está difícil. As duas maiores empresas de transporte de carga do mundo, MSC e Maersk, suspenderam rotas para o país soviético.
Com a saída e paralisação das marcas, a Rússia está tentando reiniciar o setor automotivo nacional. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, anunciou até a possibilidade da marca soviética Moskvich retornar ao país para assumir as operações que a Renault abandonou.
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