Com porte de BMW X6 e pegada tecnológica, modelo elétrico tem 585 cv de potência e 710 km de autonomia Um carro elétrico misterioso voltou a aparecer sem camuflagem no Brasil. Trata-se do Avatr 11, desenvolvido pela fabricante chinesa Changan em parceria com a Huawei, famosa pelos smartphones e notebooks. Novas imagens do modelo durante testes foram publicadas pelo perfil Placa Verde (@placaverde) no Instagram.
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A Avatr é uma submarca da Changan focada em carros elétricos premium. Seu apelo é semelhante ao da Zeekr, com a proposta de oferecer modelos de luxo por valores mais em conta que fabricantes ocidentais. Conforme apurado por Autoesporte, a marca pretende iniciar suas operações no Brasil em 2025.
O novo modelo é um SUV elétrico com pegada de fastback. As proporções robustas e as grandes rodas de 21 polegadas lhe conferem o visual de um crossover, no mesmo estilo do finado Jaguar E-Pace. Além de Changan e Huawei, a gigante chinesa CATL, uma das maiores fornecedoras de baterias do mundo, teve papel fundamental no desenvolvimento.
Visual esportivo é ponto forte do Avatr 11, que também busca abordar um apelo tecnológico
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Começando pelas proporções, o inédito Avatr 11 tem 4,88 metros de comprimento, 1,97 m de largura, 1,60 m de altura e impressionantes 2,97 m de distância entre-eixos. Por mais que aparente ser menor nas imagens, talvez pela área envidraçada lateral enxuta, seu tamanho é próximo ao do novo BMW X6. Já o porta-malas tem 470 litros de capacidade, contra 580 l do SUV alemão.
Partindo para a cabine, o Avatr 11 tem três telas de alta resolução, sendo duas de 10,2’’ (painel de instrumentos e passageiro dianteiro) e outra de 15,6’’ (central multimídia e controles do ar-condicionado). As versões mais caras disponíveis no mercado chinês têm sistema de som premium com 14 alto-falantes e função de cancelamento de ruído.
Visual da traseira do Avatr 11 também lembra o antigo Jaguar elétrico
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A disposição do painel, porém, não foge da receita do design chinês, abusando das linhas horizontais e chamando bastante atenção para a central multimídia. É possível combinar dois tons para o revestimento do couro sintético. Seguindo uma ideia da Mercedes-Benz, os ajustes elétricos dos bancos foram parar no painel da porta.
O pequeno volante tem a base achatada. Há uma pequena câmera presa à coluna de direção que detecta o comportamento do motorista e pode notificá-lo em caso de desatenção. Este recurso também foi incorporado ao Neta X, que Autoesporte já avaliou.
Interior com três telas também se destaca pelo acabamento premium
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Até 710 km de autonomia
O Avatr 11 tem bateria de íons de lítio de até 116 kWh. Neste pacote, o conjunto da CATL alimenta dois motores elétricos — dianteiro e traseiro — que desenvolvem 585 cv e 66,1 kgfm combinados. Pisando fundo, vai de zero a 100 km/h em 3,9 segundos.
Sobre a autonomia, a Changan divulga 710 km em ciclo chinês (CLTC). Se for lançado no Brasil, o resultado do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) certamente será menos otimista.
SUV elétrico será um dos mais velozes de sua categoria no Brasil
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Por fim, a pegada tecnológica continua com a boa quantidade de radares, sensores e câmeras espalhados pela carroceria. Seu sistema ADAS inclui controle de cruzeiro adaptativo, monitoramento de presença em faixa, detector de placas de trânsito e sistema de frenagem de emergência. O SUV também é capaz de fazer curvas sem intervenção do motorista.
Retorno da Changan ao Brasil
A Changan vendeu seus carros no Brasil até meados de 2016. As operações foram encerradas pela baixa demanda e a crise no setor automotivo. O retorno prometido para 2019 nunca aconteceu. Com a ascensão de marcas como BYD e GWM, o Brasil se tornou um mercado importante para fabricantes chinesas, o que explica o início dos testes por aqui.
Marca chinesa teve passagem fracassada por aqui
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Sobre a Huawei, a marca de aparelhos eletrônicos vem aumentando sua presença no mundo automotivo, seja com o desenvolvimento de veículos próprios ou de componentes para outras fabricantes. Até a Seres, que recentemente esteve no Brasil, recebeu parte da tecnologia da gigante chinesa.
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