É possível financiar um carro com o nome sujo? A categoria do veículo pode interferir no preço? Confira as respostas para essas e outras dúvidas De cada dez automóveis vendidos no Brasil, sete são financiados. A modalidade permite desafogar o bolso do cliente, uma vez que o pagamento parcial é prolongado por vários meses ou até anos, mesmo entre os seminovos e usados.
Mas como o valor do financiamento é estipulado? A categoria do veículo pode interferir no preço? É possível financiar um carro com o nome sujo? Autoesporte entrevistou Paulo Noman, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), para tirar as principais dúvidas sobre o assunto. Confira abaixo:
O que determina o preço da parcela do financiamento ?
Saiba se o preço do financiamento é definido com base no carro ou no perfil do cliente
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“Os bancos trabalham de formas distintas, mas o mais comum é que o preço do financiamento seja determinado por CPF. Se o cliente tem um risco menor de inadimplência, sua taxa de juros no financiamento será menor. Da mesma forma, se o banco identificar um risco maior, a taxa inevitavelmente será maior”, diz Noman.
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Segundo o especialista, estipular um valor com base no indivíduo e em seu perfil de risco é a forma mais justa de financiar um carro. “Antigamente, existia uma regra de taxa única, em que o bom crédito subsidiava o mau crédito”, afirma.
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Basicamente, o cliente terá de provar sua identidade e apresentar comprovantes de residência e de renda. Isso pode ser feito tanto com os holerites de funcionários registrados quanto com históricos bancários de trabalhadores informais.
“Talvez o banco chame o cliente para prestar alguns esclarecimentos sobre dívidas. Isso também pode interferir no valor cobrado nas parcelas mensais ou na entrada. A partir desses dados, o banco vai traçar uma análise de risco e determinar o valor do financiamento”, explica Noman.
Há alguma diferença entre financiar carros novos, seminovos e usados?
Os financiamentos funcionam da mesma forma. Porém, no caso de carros usados, o banco pode solicitar uma análise do veículo para conferir se o valor está justo ou se há alguma fraude.
“Essa vistoria não é necessária na compra de carros novos ou de seminovos com até três anos de fabricação. Mas, no caso dos usados, pode ser que a instituição financeira solicite o serviço.”
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“Não vou dizer que é impossível, mas é incomum. Se o cliente tem o nome no SPC e no Serasa, o banco tem a confirmação de que houve algum problema com pagamentos no passado. O financiamento até pode ser aprovado com alguma explicação, mas o cliente não terá a regalia de uma entrada mais baixa com parcelas mais altas, por exemplo”, ressalta Noman.
Segundo o presidente da Anef, cada instituição tem o seu apetite a risco e seu limite de crédito. “No geral, o cliente será classificado em um ranking que vai de ‘muito bom’ a ‘muito ruim’, e uma pendência financeira vai colocá-lo em uma posição menos favorável.”
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“O financiamento não é aprovado por carro, mas sim por CPF. A mesma entrada pode ser utilizada para comprar um hatch de entrada ou um sedã médio, mas o que vai determinar o valor total do financiamento é o score do cliente, baseado no risco da operação”, conclui.
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