Carros importados que marcaram época e peruas que bombaram nos anos 90 estão elegíveis ao status de colecionáveis neste ano Parece estranho para muita gente que os carros fabricados em 1995 poderão receber placa preta em 2025. Só que o tempo é implacável e é preciso aceitar que alguns ícones das ruas dos anos 90 vão ganhar status de colecionáveis neste ano.
Enquanto você leva um choque de realidade, Autoesporte separou cinco carros que marcaram a época em um tempo no qual os carros importados eram sensação entre os endinheirados e as peruas ainda eram a escolha preferida das famílias brasileiras.
Chevrolet S10
Chevrolet S10 de 1995 já pode receber placa preta
Reprodução/Lartbr.com.br
A primeira picape média fabricada pela Chevrolet no Brasil estreou em março de 1995 com um projeto bastante moderno de origem norte-americana. Havia, porém, importantes mudanças no design da dianteira, que tinha grade trapezoidal e dispensava as barras horizontais cromadas.
A S10 foi o primeiro modelo da categoria produzido no país e inicialmente era vendida somente com cabine simples, que logo ganharia as opções de cabines estendida e dupla.
Achado usado: Chevrolet S10 SS é versão esportiva mais cara que Montana
O motor 2.2 de quatro cilindros movido a gasolina era derivado do Omega e fazia da S10 a primeira picape média com injeção eletrônica, à época ainda monoponto. Nos meses seguintes vieram as motorizações 2.5 turbodiesel (de apenas 95 cv) e 4.3 V8 Vortec, que rendia 180 cv.
Reestilizações controversas ocorreram em 2002 e 2009 e resistiram até à chegada de uma nova geração em 2012, que segue em linha até hoje com direito a profundas modificações em 2024.
+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte
Mitsubishi Eclipse (2ª geração)
O Eclipse já era um sonho de consumo dos brasileiros quando a segunda geração desembarcou no país. Com linhas repaginadas e uma suspensão mais moderna, o esportivo também veio com uma nova motorização 2.0 turbo na versão GS e um motor 2.0 retrabalhado na configuração GS-T. Embora não tenha feito tanto sucesso em outros mercados, o Eclipse virou referência em esportividade no país.
Mitsubishi Eclipse 1995 é bastante procurado por colecionadores brasileiros
The Garage
Por ironia do destino, o modelo voltaria aos holofotes alguns anos depois com a estreia do primeiro filme da saga “Velozes e Furiosos”, que tinha o cupê da Mitsubishi como um dos protagonistas da trama nas mãos do policial Brian O’Conner, interpretado pelo saudoso Paul Walker. Com o sucesso do filme, o Eclipse foi alçado a um novo patamar global e hoje é bastante procurado por colecionadores brasileiros.
Initial plugin text
Fiat Tempra SW
Fiat Tempra SW tem porta-malas de 509 litros
Divulgação
As peruas ainda estavam em evidência quando a Fiat decidiu trazer a Tempra SW da Itália para o Brasil. O modelo foi uma das estrelas do Salão do Automóvel de 1994 e só desembarcou nas concessionárias no ano seguinte.
Além do generoso porta-malas de 509 litros, ela tinha um design elegante com uma traseira de linhas mais retas e um painel digital bastante futurista. O motor era o mesmo 2.0 de oito válvulas do Tempra sedã, mas com injeção eletrônica multiponto, que resultava em 109 cv e 16 kgfm.
De Gol Bolinha a Ferrari: 18 carros que receberam placa preta em 2024
Jeep Grand Cherokee
Jeep Grand Cherokee foi um ícone de 1990
Divulgação
O Grand Cherokee foi um dos grandes ícones dos carros importados nos anos 90. Desejado pelos endinheirados, o modelo elevou os SUVs a um novo patamar de sofisticação e virou figurinha carimbada entre celebridades e jogadores de futebol.
O carro era trazido nas versões Laredo e Limited, esta última com vários detalhes externos dourados de gosto duvidoso e motor 5.2 V8 originário dos clássicos Dodge Dart e Charger. Por dentro, o acabamento esbanjava sofisticação com confortáveis bancos que mais pareciam poltronas e um sofisticado sistema de tração 4×4.
A segunda geração estreou em 1998 e mais três foram lançadas até hoje. Nenhuma delas, porém, repetiu o sucesso do modelo que foi símbolo de riqueza três décadas atrás.
Volkswagen Parati (2ª geração)
Volkswagen Parati GLSi foi líder de vendas
Cláudio Laranjeira/Autoesporte/Acervo MIAU
A Volkswagen Parati era líder do segmento de peruas compactas quando sua segunda geração estreou no país em outubro de 1995. Embalada pelo sucesso do novo Gol (que logo ganhou o apelido “bolinha”), ela tinha linhas muito mais modernas e arredondadas que escondiam o peso da idade de uma plataforma já veterana.
O que não mudou foi a oferta da carroceria de duas portas, mesmo em meio à popularização das quatro portas – comodidade que só chegaria à Parati em 1998. Antes disso, a perua que agradava tanto famílias quanto jovens teve belas versões esportivas, como a GLS 2.0 e a raríssima GTI 2.0 16V, identificada pela mesma bolha no capô do Gol. Curiosamente, o projeto da Parati permaneceria em linha até 2012, quando se despediu após completar exatos 30 anos.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Mais Lidas
Fonte: Read More