Pensando em comprar um hatch seminovo que já foi seis vezes líder de vendas? Confira a opinião de quem tem um A GM fez bastante barulho no Brasil para o lançamento do Chevrolet Onix, em 2012. O hatch estreou com apelo tecnológico, reforçado pela presença da plataforma Mylink – então nova central de entretenimento e conectividade –, e com a adoção de câmbio automático de seis marchas, herdado de veículos maiores da própria marca.
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Quem tem um Onix geralmente gosta muito do carro. Mas as reclamações com relação ao pedal de freio baixo, à altura insuficiente da suspensão e à queima frequente de lâmpadas acabam revelando um sentimento ambíguo de amor e ódio.
“Eu acho o carro excelente em tudo. Recentemente, fiz uma viagem a Curitiba e, na média, o consumo ficou em 14 km/l”, conta o gerente de lotérica José Ferreira, de 71 anos. Dono de um Onix 1.0 LT 2015/2016, Ferreira confessa que se incomoda com o barulho do motor três cilindros, com a vibração no painel que isso causa e com um ruído no tampão traseiro quando em marcha lenta.
Porém, o que mais aborrece o lusitano – que vive em São Paulo e já foi goleiro da Portuguesa – é o freio. “O pedal do freio baixa muito. Já levei o carro à oficina, troquei pastilhas e discos e o problema não foi resolvido. Parece ser um problema crônico do carro com que eu já me acostumei”, revela.
Segunda geração do Chevrolet Onix estreou em novembro de 2019
Leo Sposito/Autoesporte
O farmacêutico Gabriel Mendes, de 32 anos, relata que fez a opção por seu Onix Premiere II 2020/2021 após analisar os concorrentes com motor 1.0 turbo. “Além de vir muito bem equipado tecnologicamente, com sistema start/stop e até sensor para luzes que queimam, o carro oferece boa potência e relativa economia, por isso gosto dele”, diz.
O termo “relativa economia” a que Mendes se refere tem a ver com a maneira de dirigir na cidade. “Se eu ligar o ar-condicionado, o consumo cai de 11 km/l a 12 km/l para 8 km/l a 7 km/l. Na estrada, a média é de 17 km/l a 18 km/l”, conta. Apesar de estar feliz pela oferta de itens do carro, o farmacêutico aponta que o espaço para os passageiros no banco de trás é apertado para as pernas de pessoas com 1,80 metro ou mais. E que acha a suspensão baixa, porque o carro “raspa em lombadas altas” quando está lotado e carregado de malas.
Nada disso parece incomodar tanto Mendes quanto as lâmpadas queimadas. “As lâmpadas de farol baixo, de ambos os lados, queimam com frequência. A cada dois ou três meses é preciso trocá-las. Eu já tenho até peças de reserva em casa para quando isso acontece. E a garantia não cobre”, conclui.
Outro proprietário satisfeito é o representante comercial Douglas Pinheiro, de 41 anos, dono de um Onix Plus Premier Midnight 1.0 turbo automático: “O carro é confortável, o espaço é bom e o desempenho é sensacional”, diz.
Chevrolet Onix Plus Midnight foi lançado no final 2020 apenas para a carroceria sedã; hatch recebeu versão RS
André Schaun/Autoesporte
Ele conta que também teve de trocar as lâmpadas dos faróis baixos duas vezes, e reclama da falta de iluminação ambiente no teto do veículo e do câmbio. “O que me incomoda no carro é o comportamento do câmbio. A retomada é um pouco lenta, e quando eu engato a ré a engrenagem faz um barulho e o carro dá uma engasgada. Já levei na Chevrolet, mas disseram que isso não é defeito, que é o normal do carro”, relata.
Em resumo, os donos de Onix gostam de seus carros pelo bom nível de conforto, pelo consumo, pelo desempenho e pela tecnologia. Mas reclamam de ruídos internos, da queima de lâmpadas, do comportamento do câmbio automático e de problemas com o pedal do freio. Nada disso, porém, parece desanimar os entusiastas do compacto. “Eu não tenho intenção de vender meu carro. E, se vender, comprarei outro Onix”, afirma José Ferreira.
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