Acervo de carros antigos com no máximo três metros de comprimento e 700 cc pode ser visitado no sul do país A humanidade coleciona de tudo, há milênios. O imperador romano Augusto César foi o primeiro armazenador de moedas da história. Charles Darwin guardava pedras, conchas e plantas. Já D.Pedro II teria deixado um legado de mais de 2 mil moedas. Acredita-se que tal prática melhore a interação e socialização com outros colecionadores, e aumente as aptidões de poder de negociação, classificação e organização.
Para o empresário César Cini, de 58 anos, idealizador do museu de microcarros “Cini Microcars Collection”, localizado em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, o que leva uma pessoa a colecionar automóveis clássicos, mais do que um sentimento nostálgico pelo setor automotivo ou memórias da infância, são as experiências pessoais.
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“Eu estive na Itália nos anos 1990 e fiquei apaixonado pelos pequenos Fiat 500 L transportando famílias inteiras. Os carros contam a história do mundo de uma maneira peculiar, seja pelo design, engenharia mecânica, aerodinâmica, otimização de espaço e cores”, conta Cini.
César Cini, idealizador do museu de microcarros, com um Zündapp Janus 250 1958
Reprodução/Carlos Ferrari
O proprietário do Museu que completou um ano de existência em 2022 explica que os microcarros são uma categoria de automóveis com até três metros de comprimento, equipados com motores de no máximo 700 cc – a maioria com motorização de origem motociclística.
Cini relata que a origem desses diminutos se deu por uma necessidade do pós guerra – que exigia transportes mais eficientes. “Após a compra do primeiro Fiat 500, eu descobri que existia um universo de modelos interessantes e colecionáveis. Depois, fiquei conhecido como o dono do menor carro da cidade. Então comecei a garimpar os outros durante 20 anos”, diz o empresário.
Museu tem um acervo de 35 microcarros
Divulgação
Cini detalha que a maioria dos veículos no acervo foram encontrados em bom estado e funcionando. Diz que poucos foram restaurados. E aponta que hoje a coleção conta com 35 carros, dos quais 27 são parte do espaço expositivo.
Os demais são utilizados em passeios, promoções e eventos. “Hoje, além da exposição, o Cini Microcars Collection oferece um passeio pelo Vale dos Vinhedos a bordo de um Mini Minor Innocenti, ano 1968. Nosso motorista leva a família até o mirante da cidade vizinha, em Monte Belo do Sul, e faz paradas para tirar fotos nos principais pontos turísticos pelo trajeto. A duração da viagem é de uma hora e custa R$ 250. O Mini comporta dois adultos e uma criança”, divulga César.
Minicarros são veículos de até três metros de comprimento, equipados com motores de no máximo 700 cc
Divulgaçõa
A exposição permanente está localizada na parte interna do Museu, onde os carros estão acomodados em plataformas de vidro. Os veículos já passaram por um processo de manutenção e restauração. E, segundo o empresário, o fato de os visitantes não terem acesso direto aos carros não influencia na experiência. “Ao longo do percurso há telas interativas com fotos de detalhes de todos os carros que fazem parte da coleção. Além de fotos, vídeos e propagandas de época”, conta Cini.
O Cini Microcars Collection demonstrou haver enorme interesse das pessoas por carros diminutos. Nesse período, passaram pelo local mais de 2.000 visitantes entre brasileiros, americanos, russos, chilenos, argentinos e alemães. Perguntado sobre o valor total do acervo, o empreendedor, que expõe ainda uma coleção de miniaturas no escritório, respondeu: “É difícil avaliar a coleção. Alguns carros têm valor sentimental e jamais serão vendidos”, conclui César.
Serviço
Os ingressos variam de R$25,00 a R$50,00
Crianças até 12 anos não pagam entrada.
Passeio de Mini Minor Innocenti ao mirante de Monte Belo do Sul custa R$250.
Horário de funcionamento é de quarta a domingo, das 10h às 18h.
Site: https://www.cinimicrocars.com.br
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