O Citroën C3 tenta mostrar que não é um azarão e que pode superar o Hyundai No primeiro confronto das semifinais, HB20 e C3 medem forças. Do lado francês (com algum sotaque indiano), o Citroën tenta mostrar que não é um azarão e que pode superar o Hyundai. Esse, por sua vez, busca confirmar o favoritismo de ser o carro de passeio mais vendido no Brasil.
Ao menos no preço, a partida começa muito acirrada. Apenas R$ 1 mil separam HB20 de C3, com vantagem para o hatch da Citroën. A mesma diferença é observada nos custos das três primeiras revisões — novamente a vantagem é do hatch do grupo Stellantis. Mas o placar fica realmente desequilibrado ao compararmos os preços das peças.
A diferença de 68,7% na cesta mostra que o proprietário terá mais dor de cabeça quando (e se) precisar reparar o Hyundai. Porém, a garantia mais longa do HB20 (cinco anos contra três) pode fazer com que alguns desses eventuais gastos sejam absorvidos pela concessionária.
Citroën C3 – C3 é quase imbatível no espaço interno e na capacidade do porta-malas
Bruno Guerreiro
Se você busca um carro espaçoso, o C3 é campeão. Com carroceria alta e balanços dianteiro e traseiro curtos, o Citroën dá de goleada em quase qualquer concorrente. São 13 cm a mais na altura, o que significa conforto absoluto para a cabeça dos ocupantes. Os bancos mais estreitos também fazem parecer que a diferença de um mísero centímetro no entre-eixos é bem maior.
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Mas quem viaja no HB20 tem uma percepção melhor. É como se o Hyundai fosse um estádio de futebol com ótimo acesso, assentos confortáveis, boa vista do campo e, além de tudo, bonito. Como veículo, é mais bem construído do que seu oponente. As portas têm fechamento mais suave e folgas justas e uniformes. O acabamento traz encaixes dos painéis mais precisos e material de qualidade claramente superior.
Hyundai HB20 – Central do HB20 é das mais intuitivas e modernas
Bruno Guerreiro
O C3, por sua vez, se parece com um estádio enorme, mas com arquibancadas simples e sem pintura. Tudo para tentar não aumentar tanto o preço dos ingressos. A cabine tem plásticos duros e desenho pouco inspirado. Quase todos os comandos fogem da identidade da Citroën que conhecemos e parecem vir de um modelo genérico.
Mas o pior é a economia feita pela Citroën ao manter a chave sem canivete e o quadro de instrumentos simplório. A tela monocromática é pequena e não traz sequer conta-giros, recurso útil em carros manuais. O corte de custos não para por aí. A parte interna do cofre do motor não tem pintura e o único par de botões dos vidros traseiros foi deslocado para o console central, salvando alguns centavos de fiação.
Citröen C3 v.s. Hyundai HB20 – C3 é forte no espaço interno e HB20 fica na média
Bruno Guerreiro
Ao volante, o HB20 passa uma impressão melhor. O câmbio tem engates curtos e precisos e a direção consegue transmitir melhor o que acontece do lado de fora. Os números apontam desempenho ligeiramente pior do que o do C3, mas consumo de combustível mais baixo. Se ainda restava dúvida quanto à vitória do HB20, o pacote de segurança é o gol que fecha o placar. São seis airbags, contra apenas dois do C3. Encerrada a partida, o Hyundai supera o Citroën e vai para a final. Resta ao novato melhorar em aspectos básicos para competir em melhores condições contra o atual campeão na preferência dos brasileiros.
Citröen C3 v.s. Hyundai HB20
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