Configuração tem preço sugerido de R$ 151.990 e é (muito) mais fácil de ser encontrada que a 1.0 AT O Chevrolet Tracker não passa por uma fase tão boa este ano. O SUV compacto, que vai mudar ainda em 2025, ocupa um discreto quarto lugar nos emplacamentos da categoria no acumulado do ano, ficando atrás de Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta e Honda HR-V. Pouco para quem foi o vice-líder do segmento em 2024.
Mesmo assim, ainda tem muita gente que procura pelo modelo da Chevrolet. Entre todas as versões disponíveis, uma das mais procuradas é a LT. Pode ser encontrada pelo preço sugerido de R$ 151.990 — ou seja, uma diferença de significativos R$ 32.090 para a versão de entrada 1.0 AT.
Aliás, a ideia inicial era mostrar justamente essa versão de entrada. Só que encontrá-la nas lojas é uma tarefa quase impossível. Procuramos em várias revendas pelo estado de São Paulo e a resposta foi praticamente a mesma: não há unidades em estoque.
Em uma delas, o vendedor disse que a Chevrolet havia acabado de realizar uma ação de vendas com foco no cliente PCD (que é um dos que mais buscam essa versão) e que não tinha previsão de quando novas unidades seriam enviadas. Esse discurso foi endossado pelo funcionário de outra concessionária, que acrescentou que mais veículos “estão para chegar a qualquer momento”.
Chevrolet Tracker LT não se difere tanto do resto da gama no quesito design
Vitor Matsubara/Autoesporte
Tracker LT tem visual de versão mais cara
Falemos então do Tracker LT, que, de certo modo, é a configuração de entrada de “verdade” do SUV. Olhando de fora é bem difícil diferenciá-lo do restante da gama — o que é sempre uma boa notícia para quem compra a versão mais barata.
Capas dos espelhos retrovisores externos e maçanetas são pintadas na cor da carroceria. As rodas são a prova viva de que as aparências enganam. Ou você diria que são calotas de plástico cobrindo as rodas de aço de 17 polegadas?
Chevrolet Tracker LT tem o famoso “truque das calotas”
Vitor Matsubara/Autoesporte
A cabine segue o padrão de acabamento das versões mais caras. Isso pode ser bom, mas nem tanto, já que a qualidade dos plásticos não merece destaque. Assim como nos seus principais rivais, os painéis das portas dianteiras têm revestimento parcial em tecido, mas os das portas traseiras não. Pelo menos as maçanetas internas são pintadas em prata.
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O painel de instrumentos tem um visual simples. Os mostradores são analógicos e há uma pequena tela monocromática de TFT de 3,5 polegadas. Nela são exibidas as informações do computador de bordo, como médias de consumo, hodômetro parcial e total e velocímetro digital. A chave presencial destrava as portas ao toque de um botão na maçaneta e o botão de partida do motor fica à direita do condutor.
Chevrolet Tracker LT – Interior
Vitor Matsubara/Autoesporte
Espaço interno regular
Os bancos são revestidos em tecido preto e cinza com uma padronagem discreta que inclui costuras aparentes na cor branca. Já o volante de três raios e ótima empunhadura é o mesmo na linha inteira. Em tempo: a direção é elétrica do tipo progressiva.
O espaço no banco traseiro é apenas regular, ficando abaixo dos concorrentes diretos Hyundai Creta e Volkswagen T-Cross. Não existem saídas de ar-condicionado dedicadas e o par de entradas USB é do tipo A. Nada do tipo C presente em alguns rivais.
O porta-malas, por sua vez, tem cobertura do compartimento de bagagem — o famoso “tampão”, que não é oferecido na versão de entrada 1.0 AT. O Tracker LT também vem com uma bandeja no assoalho que pode ser encaixada em dois níveis diferentes para ampliar o espaço dos bons 393 litros de capacidade volumétrica.
Porta-malas do SUV tem capacidade para 393 litros
Vitor Matsubara/Autoesporte
Pacote de itens é bastante completo
Desde a versão de entrada 1.0 AT, o Tracker vem com acendimento automático dos faróis, assistente de partida em rampas e controlador de velocidade de cruzeiro com comandos no volante. Perto deles também ficam os botões que comandam algumas funções do sistema de som com seis alto-falantes. Vale destacar que o Tracker LT, por sua vez, tem coluna de direção com regulagem em altura e profundidade.
O que também vem das versões mais caras é a central multimídia MyLink com tela de oito polegadas. O sistema oferece espelhamento dos sistemas operacionais Android Auto e Apple CarPlay sem o uso de fios. O Tracker LT também vem com o sistema OnStar e conexão Wi-Fi.
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Perto dessa área estão os comandos do ar-condicionado analógico, logo acima de uma entrada USB do tipo A e de uma tomada 12 V. A manopla do câmbio automático de seis marchas tem um botão na lateral para realizar as trocas sequenciais. O modelo não tem aletas atrás do volante.
Para completar, o pacote de itens de segurança da versão LT inclui seis airbags (duplo frontal, duplo lateral e duplo de cortina), alerta de frenagem de emergência e controle eletrônico de estabilidade e tração (ESC).
Mudanças no motor 1.0 turbo
Motor do Tracker ficou mais eficiente e potente
Vitor Matsubara/Autoesporte
A Chevrolet realizou mudanças nos motores 1.0 e 1.2 turbinados da linha 2025 para atender às novas normas de emissões de poluentes. O resultado foi que o Tracker ganhou potência e torque nas duas motorizações.
No caso da versão LT, a potência subiu de 116 cv com etanol ou gasolina para até 121 cv com etanol no tanque e para 117 cv quando o combustível é a gasolina. O torque máximo, que era de 16,8 kgfm (etanol) e 16,3 kgfm (gasolina), subiu para 18,9 kgfm e 18,3 kgfm, respectivamente.
Chevrolet Tracker com motor antigo é vendido até R$ 28 mil mais barato
Esse incremento na cavalaria se reflete no tempo de aceleração de 0 a 100 km/h. Se antes o SUV realizava a tarefa em 11,8 s com gasolina, agora o Tracker LT precisa de 10,9 s para cumprir a mesma missão quando abastecido com o mesmo combustível.
Consumo de combustível também melhorou
As alterações realizadas pela engenharia da Chevrolet também se refletiram positivamente no consumo de combustível. A fabricante diz que a economia chega a 9%.
No caso do motor 1.0 turboflex de três cilindros, o consumo médio na cidade com gasolina passou de 11,2 km/l na cidade para 11,6 km/l. Na estrada, a média subiu de 13,6 km/l para 13,7 km/l. Isso resulta em melhoras de 3,6% e 1%, respectivamente.
Já com etanol, o consumo médio urbano foi de 7,8 km/l para 8 km/l. Na estrada, o SUV agora faz 9,8 km/l ante 9,6 km/l do modelo anterior. Aqui, os ganhos foram de 2,6% e 2,1%.
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