Fabricante de Elon Musk reúne diversas polêmicas envolvendo a segurança e a qualidade de seus carros A Tesla foi acusada de reduzir o tamanho das pinças de freio do SUV compacto Model Y Performance e escondê-las com capas maiores. A denúncia foi feita por proprietários do veículo e donos de oficinas, que identificaram que os freios da versão esportiva são os mesmos do Model Y convencional.
Uma das acusações é da oficina americana ZEVcentric, especializada em carros elétricos, que divulgou vídeos revelando a cobertura enganosa que deixa as pinças de freio aparentando ser maiores. O tuíte também mostra uma comparação entre os freios dos novos Model Y e os antigos.
“Recebemos o nosso Model Y 2023 no mês passado. Em algum momento, a Tesla decidiu revestir as pinças de freios do Model Y Performance. O que isso quer dizer? As pinças e o disco rotor são os mesmos do Model Y convencional. Então, você está pagando pelos mesmos freios, porém pintados de vermelho”, disse a oficina no Twitter.
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O site da Tesla especifica que o pacote Performance do Model Y melhora o desempenho dos freios. Entretanto, segundo a ZEVcentric, o cliente está pagando por uma melhoria que não é real. “Pintar de vermelho não é um upgrade, muito menos de performance”, diz a oficina.
A Tesla ainda não se pronunciou sobre este e tantos outros escândalos que a afetam sua imagem. Partindo disso, Autoesporte relembra outras polêmicas que marcaram a história da marca ao longo dos últimos anos. Acompanhe.
Tesla causa engavetamento em túnel
Falha do piloto automático faz Model 3 frear e causar engavetamento
Reprodução
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que um Tesla Model S freou abruptamente e causou um engavetamento de oito carros em São Francisco (EUA), na segunda semana de 2023.
O motorista afirmou que o carro estava com o piloto automático ativado e freou sem suas intervenções. O governo norte-americano anunciou que iniciará uma investigação para identificar a verdadeira causa do acidente.
Segundo a Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA (NHTSA), os carros da Tesla foram responsáveis por 70% de todos os 392 acidentes envolvendo piloto automático no país em 2022.
Piloto automático desliga antes de acidentes
16 carros da Tesla desligaram o piloto automático menos de um segundo antes de colidirem
Divulgação
Em 2022, a Agência Nacional de Transportes Terrestres dos EUA identificou que 16 carros da Tesla desligaram o piloto automático menos de um segundo antes de colidirem.
Segundo a agência, a combinação do mau funcionamento do piloto automático com o comportamento exacerbado de um motorista que se vê em risco aumenta a possibilidade de acidentes graves. O órgão defende que o motorista não está preparado para assumir a responsabilidade em tão pouco tempo.
Elon Musk sempre defendeu que a empresa não pode ser responsabilizada por acidentes em que o Autopilot não estava ativo. Entretanto, com a nova apuração do governo norte-americano, o argumento pode ser invalidado.
A Tesla considera que todos os recursos autônomos de seus carros são assistências ao motorista. Sendo assim, o condutor deve permanecer soberano sobre o veículo o tempo todo.
Carro da Tesla tem falha no software, perde controle e causa duas mortes
Tesla Model Y após acidente na China
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Em Chaozhou, província localizada no sul da China, o motorista de um Tesla acabou perdendo o controle de seu Model Y. O acidente, que deixou dois mortos e três feridos, pode ter sido ocasionado por uma falha no software do veículo, segundo a polícia local.
Zan, o motorista, tentava estacionar seu carro até que, de repente, ele começou a acelerar sozinho em alta velocidade. O chinês não conseguiu frear após a falha do sistema, perdendo o controle completo do automóvel e deixando pelo caminho pessoas em estado grave e veículos danificados.
Em pronunciamento, a Tesla disse que vai colaborar com as investigações. A polícia chinesa deve contratar uma agência terceirizada para apurar o que ocasionou o acidente, mas a principal hipótese é de falha na programação.
Tesla esconde falhas graves do Model 3 com pintura e pode ser processada por lesar clientes
Carros da Tesla seriam reprovados em inspeção na Alemanha
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A Tesla foi chamada para prestar esclarecimentos por uma suposta ocultação de avarias no carro de um cliente na Alemanha. Segundo a acusação, uma oficina licenciada pintou a rachadura na carroceria de um Model 3 para esconder danos estruturais.
O caso é analisado pelo Tribunal Regional de Munique, que contratou um especialista para averiguar o carro elétrico. De acordo com os resultados da perícia, o Tesla Model 3 seria reprovado em sua próxima inspeção veicular obrigatória.
Essa não é a única ação contra a Tesla em Munique. Segundo o jornal alemão Bild, o tribunal também avalia a acusação de outro proprietário que encontrou componentes rachados, tortos e deformados em seu Model 3 zero-quilômetro.
Ataque hacker usa sinal de Bluetooth para destravar e ligar carro da Tesla
Falha no software permite ligar o carro e colocar o câmbio no “D” via Bluetooth
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Em 2022, foi identificada uma fragilidade no Bluetooth que poderia destravar as portas e até ligar alguns carros da Tesla. O alerta surgiu após Sultan Khan, pesquisador do NCC Group, empresa de segurança cibernética britânica, ter conseguido abrir as portas e ligar um Tesla usando somente um dispositivo de retransmissão conectado a outro em um computador.
No experimento, o primeiro aparelho – localizado a sete metros de distância do celular do proprietário – conseguiu interceptar a comunicação com o veículo e transmitir o sinal para o notebook. Já o computador que estava a três metros do carro conseguiu “enganar” o sistema, usando criptografia de camada de Bluetooth. Assim, o pesquisador conseguiu destravar o Tesla, entrar e colocá-lo no modo “Drive”.
A NCC Group acredita ser possível realizar um ataque de retransmissão de longa distância em veículos da Tesla pela internet, embora não tenha testado.
Tesla Model 3 invade prédio a mais de 100 km/h nos EUA
Tesla Model 3 a 112 km/h bate em centro de convenções
Reprodução
Câmeras de segurança flagraram o momento em que um Tesla Model 3 perdeu o controle na pista e invadiu um centro de convenções na cidade de Columbus, Ohio (EUA).
A qualidade das imagens não é das melhores, mas é possível ver o carro praticamente voando em direção ao prédio, destruindo as portas de vidro e parte da estrutura. Segundo especialistas, a velocidade estimada do Tesla no momento do acidente era de 112 km/h.
Único ocupante do veículo, o motorista disse à polícia que os freios não funcionaram. Testemunhas afirmaram que o homem acelerou para atravessar o cruzamento quando o sinal ficou amarelo. Não foi registrado pelas autoridades se o sistema semiautônomo Autopilot estava ativado quando houve a batida.
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