Produção em Camaçari (BA) sofreu um novo atraso e só deve ter início em agosto de 2025 Em meados de novembro, Autoesporte publicou, de forma exclusiva, que o motor 1.5 híbrido flex da BYD estava pronto e estrearia no Song Pro em 2025. Nesta segunda-feira (2), em evento nas obras da fábrica de Camaçari (BA), a marca chinesa confirmou de forma oficial que o SUV híbrido plug-in será o primeiro modelo da marca a usar tecnologia que permite ao motorista abastecer com gasolina, etanol ou eletricidade.
Isso deve acontecer em agosto do ano que vem, quando não só os motores, como também os veículos, serão fabricados no local. Até lá, a produção deve acontecer no esquema SKD (quando as peças chegam já prontas de fora). O evento ocorre dias depois de a marca ser denunciada por condições inadequadas de trabalho na unidade baiana.
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Ficou mais potente?
Na cerimônia, a BYD apresentou a versão flex do motor 1.5 aspirado de quatro cilindros que atualmente equipa, além do Song Pro, Song Plus e King. A marca chinesa ainda não revelou informações sobre potência, torque e consumo do propulsor com etanol.
Em novembro, apuramos que poderia haver um ganho de algo em torno de 5 cv com o uso de etanol, por conta da diferença de curva de avanço exigida. Por exemplo, motor o 1.0 turbo flex da Fiat vai de 125 cv com gasolina para 130 cv com etanol. Já o Volkswagen 1.0 TSI flex, são 116 cv com gasolina e 128 cv com etanol, uma expressiva diferença de 12 cv.
No caso da BYD, ainda há outra questão. O motor 1.5 aspirado de quatro cilindros e 16 válvulas roda em ciclo Atkinson e não tem injeção direta. Caso vire flex, deve ficar um pouco mais potente quando usar o combustível derivado da cana.
Com gasolina, nada deve mudar. Por fim, também é preciso saber se a marca chinesa vai enfim padronizar os números do motor DM-i. Atualmente, são três níveis de potência e dois de torque, de acordo com o veículo no qual é aplicado. O Song Pro é o mais fraco dos três, com 98 cv e 12,4 kgfm. No Song Plus são 105 cv e no King, 110 cv. Nos dois últimos casos, o torque é sempre de 13,8 kgfm. Isso falando apenas do motor a combustão.
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Quando os veículos combinam o motor elétrico, aí a potência máxima sobe para 209 cv (King GL), 223 cv (Song Pro GL) ou 235 cv (King e Song Pro GS, e Song Plus). Como são todos veículos híbridos com recarga externa, os chamados plug-in (PHEV), seriam os primeiros modelos híbridos plug-in flex do mercado brasileiro.
Novo atraso
Fábrica da BYD na Bahia vai começar a operar em 2025
Divulgação
Com isso, entre março e agosto, unidades do Song Pro com peças importadas serão montadas em Camaçari usando motores apenas a gasolina.
Após atraso de alguns meses, a nova previsão da BYD é montar unidades de verificação de processo e em formato SKD (quando as peças chegam já prontas de fora) em março de 2025, para começar a produção em série em agosto.
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Motor turbo flex em estudo
BYD Song Plus Premium tem versão turbo do motor 1.5
Divulgação/BYD
Por fim, a BYD estuda tornar flex a variante turbo do motor 1.5 DM-i, usado no Brasil na picape Shark e pelo recém-lançado Song Plus Premium. Nos dois casos, o motor elétrico é instalado no eixo traseiro para garantir tração integral.
A potência da unidade a combustão varia, com 129 cv no SUV e 183 cv na picape. Com isso, o número combinado também muda. O Song Plus Premium rende 324 cv. Já a picape, a mais potente do Brasil, tem 426 cv.
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