Fabricante acredita que telas grandes estarão obsoletas nos próximos anos por desviar a atenção do motorista Depois de lançar centrais multimídias com telas enormes em carros como o iX e o i7 – que é equipado com uma telona de 31 polegadas com definição 8K – a BMW parece dar um passo para trás e seguir um outro caminho na modernização de suas cabines e painéis. Agora, o plano da montadora alemã é abolir as telas, de forma que todas as informações sejam projetadas no Head-up display.
O primeiro indício dessa nova fase – batizada de Neue Klasse – é o conceito i Vision Dee. Uma das particularidades do carro que muda de cor é de não ter nenhuma tela no painel, apenas um botões sensíveis ao toque que conseguem comandar o que é exibido no novo Head-Up Display.
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Assim, de acordo com Oliver Zipse, Presidente do Conselho de Administração da BMW, é provável que as telas que funcionam como painel de instrumentos e central multimídia – que estão cada vez maiores – ficarão obsoletas em cerca de 10 anos, pois podem facilmente distrair os motoristas no trânsito. Em seu lugar, estarão Head-Up Display que tomarão todo o espaço do para-brisa.
Para-brisa funcionará como o novo painel do veículo no qual o motorista não terá de desviar o olhar
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Uma das preocupações da fabricante para essa nova fase é não desviar a atenção do condutor no trânsito. Dessa forma, o grande “telão” da BMW para os próximos anos ficará no campo de visão do motorista, no para-brisa.
Em entrevista à Autoesporte, Adrian von Hooydonk, vice presidente de design da BMW, explica que a proposta do i Vision Dee pode soar exagerada, pois ainda é um carro conceito, mas vai ditar as próximas tendências que estarão nos carros da marca a partir de 2025. Uma delas, será a cabine com visual limpo e design minimalista e uma tela widescreen integrada de forma que não distraia o motorista.
Esse interior mais simples, de acordo com Adrian, poderá ser altamente personalizável. O executivo prevê, inclusive, que a personalização será o elemento de luxo dos carros no futuro. No caso do i Vision Dee, por exemplo, o carro pode ser tingido com uma gama de 32 cores na carroceria, enquanto a cabine também permite que o proprietário escolha por temas que gosta.
Os comandos do veículo podem ser feitos por voz, ou no painel e no volante, ambos sensíveis ao toque.
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Telas cada vez maiores
Na corrida por lançar carros modernos e conectados, as montadoras parecem ter entrado em um desafio paralelo: qual fabricante que desenvolve a maior central multimídia. O Mercedes EQS e EQE, por exemplo, têm a MBUX Hyperscreen, uma superfície de 1,40 metro de largura com três telas praticamente contínuas. A maior delas tem 17,7 polegadas e fica em posição central. As outras duas possuem 12,3 polegadas, cada, e servem como quadro de instrumentos digital e unidade auxiliar para o passageiro.
À exceção do BYD D1, todos os carros da marca chinesa são equipados com uma central multimídia giratória de 12,3 ou 15,6 polegadas.
Na própria BMW, o elétrico iX, bem como o Série 3 híbrido, recebem o painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas e a tela curva da central multimídia de 14,9″.
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