Patente da fabricante mostra tecnologia para impedir que proprietário que deve ao banco tenha acesso ao carro Depois do STF determinar que inadimplentes possam perder CNH e passaporte, a Ford trabalha em uma tecnologia para que os carros não permitam que donos que não pagaram pelo veículo possam dirigir. Só que esse mecanismo inclui até uma “fuga” do carro da casa do proprietário.
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Esse sistema, patenteado pela fabricante no dia 23 de fevereiro pode ser instalado em qualquer veículo que ofereça internet e conexão de dados. Seu objetivo é desativar funcionalidades ou componentes do veículo, como o motor, travas das portas ou ar-condicionado.
Desse modo, bastaria que o proprietário perdesse a habilitação ou não fizesse o pagamento do veículo, por exemplo, que a montadora (ou o banco credor) poderia controlar o sistema remotamente para que ele perdesse funções.
Pela patente, sistema de “reintegração de posse” poderá ser atualizado remotamente em carros com internet
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Assim, o motorista não conseguiria usar algumas tecnologias que seriam desativadas gradualmente, como o controle de velocidade, depois o ar-condicionado. Na sequência, o motorista não poderia dar partida no carro e, por fim, não conseguiria nem mesmo destravá-lo.
Nesse caso, um dos pré-requisitos – já presente nos veículos atuais – é que o carro tenha conexão com a internet e possa atualizar o sistema remotamente, ou Over-the-Air (OtA).
Porém, a Ford já pensou como esse tecnologia funcionaria em carros com sistemas de direção autônoma. Nesse caso, o sistema de “reintegração de posse” poderia fazer com que o veículo saísse da casa do dono inadimplente e fosse para algum lugar onde pudesse ser rebocado de forma mais fácil. Segundo a patente, é possível até que o carro vá ao pátio do banco credor ou a uma concessionária.
Carros autônomos poderão sair da casa do inadimplente e ir até o pátio do banco credor
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A fabricante pensa até no caso do banco credor não querer mais o carro, seja pelo baixo valor de mercado ou possíveis avarias. Pela patente, o software do carro pode ser programado para levá-lo até um ferro-velho ou pátio de leilão, sem a necessidade da instituição credora fazer esse processo.
Seja como for, a fabricante terá um “modo emergência” em que o sistema poderá ser desativado, como em caso do motorista passar mal e precisar usar o veículo para ir ao hospital ou se alguém ficar preso dentro do carro. A Ford afirma que os sensores e a câmera de bordo poderão identificar possíveis emergências.
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