Ações rotineiras já são suficientes para fazer com que seu carro não se aposente por invalidez Não dá para reclamar: os motores dos carros mais novos estão cada vez mais eficientes. Porém, para mantê-los em boas condições (por muito tempo), é necessário alguns cuidados básicos do motorista, que envolvem hábitos ao volante e manutenção preventiva.
Pensando nisso, Autoesporte separou 10 dicas simples para garantir a longevidade do componente mais importante de seu carro.
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1 – Faça a troca regular de óleo (e filtro)
Fique atento aos prazos de substituição e, se for o caso, antecipe o serviço. Sempre realize a troca de filtro nessa ocasião e preste atenção aos níveis corretos. Complete se o óleo estiver baixo, mas faça as trocas conforme indica o manual.
2 – Use o óleo correto – e de qualidade
Não substitua o tipo de lubrificante por orientação de oficina ou recomendação de profissional externo à fábrica. Se a mudança não estiver prevista no manual ou indicada, por escrito, pelo Serviço de Atendimento ao Cliente, não faça. Também não tente economizar comprando óleo de origem duvidosa, marca estranha ou com homologação abaixo da recomendada.
Sempre durante a troca de óleo é importante aquecer o motor
Foto: Reprodução
3 – Monitore o sistema de arrefecimento
Fique atento ao nível do líquido no reservatório de expansão e à sua coloração. O fluido não deve ter tom marrom ou aparência semelhante a uma lama fina. Se isso ocorrer, faça imediatamente uma limpeza completa e rigorosa. Faça a troca e use água desmineralizada com fluido de arrefecimento na proporção correta. Também antecipe a próxima troca.
É necessário lembrar que a “lama” de sistemas contaminados não é terra: é água que carrega uma mistura de ferrugem e óleos. Esse líquido denso pode estourar o radiador, travar a válvula termostática e a bomba de água, bem como comprometer a leitura dos sensores de temperatura.
4 – Jamais remova a válvula termostática
Essa prática era uma providência clássica das oficinas — e, infelizmente, esse hábito permanece vivo. O objetivo desse equívoco é fazer a água do arrefecimento circular mais rapidamente e não deixar o motor esquentar — o que parecia fazer sentido em blocos antigos e em modelos que tinham tendência a gerar muito calor, como o motor Família II, da GM.
Na verdade, em momento nenhum, nem no passado, foi recomendável cometer esse crime. Não remova, não obstrua e não trave aberta a válvula termostática.
Faça o motor trabalhar nas rotações adequadas às condições de rodagem, peso e topografia
Bruno Guerreiro/Autoesporte
5 – Não use aditivos nem condicionadores de metais no lubrificante
Óleo de boa qualidade já vem com aditivação adequada e na proporção correta. Isso vale para carros novos, seminovos e até mesmo para os velhinhos. Aditivos não são necessários, então não gaste dinheiro à toa. Um fluido de boa procedência e adequado ao modelo oferece detergência, poder antioxidante e antidesgaste, bem como garante que não haja a formação de ácidos que podem corroer metais. Não interfira nesse equilíbrio usando agentes externos.
6 – Não exija muita potência com rotação baixa
Faça o motor trabalhar nas rotações adequadas às condições de rodagem, peso e topografia. Ou seja, não use marchas muito altas em subidas íngremes nem muito baixas em alta velocidade. Numa retomada de velocidade, não tenha preguiça. Acione a embreagem e use o câmbio do jeito correto. Ele está lá para isso.
7 – Não é preciso aquecer o motor
Aquecer o motor com o carro parado é um hábito antigo. No entanto, a prática não acompanhou a evolução dos veículos. Isso era necessário para que os componentes se dilatassem, o óleo atingisse os componentes móveis do motor e chegasse à viscosidade apropriada. Hoje as folgas têm tolerância centesimal e os lubrificantes multiviscosos possuem elementos que garantem sua permanência nas paredes do motor mesmo parado.
Ao entrar no carro, ligue o motor, verifique os espelhos, veja se as portas estão fechadas e afivele o cinto. Esse tempo é suficiente para haver lubrificação adequada. Apenas não force o motor nos primeiros cinco minutos.
Prefira postos com bandeiras conhecidas e que forneçam informações claras
Marcelo Camargo, Agência Brasil
8 – Use combustível de boa qualidade
Isso parece óbvio, mas, no dia a dia, o preço do combustível pode falar mais alto. Não caia nessa tentação diária de economia. Prefira postos com bandeiras conhecidas e que forneçam informações claras.
Procure dados sobre o posto e a empresa na internet, em sites de defesa do consumidor ou nas redes sociais. Conhece alguma fraude? Denuncie na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Gasolina adulterada entope bicos e filtros de combustível, força o motor e corrói as galerias, eventualmente gerando problemas irreparáveis.
9 – Jamais transponha alagamentos
Carros de passeio em geral não têm capacidades anfíbias. Uma providência simples é localizar a entrada de ar do motor e ter ciência desse limite — lembrando que essa altura não corresponde à capacidade de submersão. O limite seguro é manter o nível da água abaixo da metade da roda. Em um alagamento, é possível entrar água no cilindro do motor pelas aberturas das válvulas. A consequência disso é o “calço hidráulico”, com grave risco de inutilizar o bloco do motor, pistões e bielas.
10 – Revise a injeção eletrônica
De vez em quando, faça uma verificação no “scanner”. O especialista acopla um leitor à central eletrônica do motor para medir parâmetros de funcionamento, bem como ter acesso ao registro de falhas do módulo. A partir dessa leitura é possível fazer diagnósticos e manutenção preventiva em itens sujeitos a desgaste, como a sonda lambda, os bicos injetores e outros componentes com vida útil elevada e reparo caro.
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