Fabricante norte-americana vai desenvolver motores híbridos com a atual campeã da F1 a partir de 2026 Quase 20 anos após deixar a Fórmula 1, a Ford anunciou nesta sexta-feira (3) que vai retornar à principal categoria do automobilismo em 2026. Desta vez, porém, o ingresso será por meio de uma parceria com ninguém menos que a Red Bull, campeã da temporada de 2022.
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Desse modo, a fabricante irá desenvolver junto com a equipe austríaca a nova geração de motores híbridos que serão obrigatórios na competição a partir de 2026. Além disso, a futura Red Bull Ford Powertrain também vai fornecer os propulsores híbridos para a Alpha Tauri.
O contrato tem duração inicial de quatro anos e vai, pelo menos, até 2030. Até 2025, a Red Bull Racing vai continuar usando a tecnologia da Honda em seus motores. Vale lembrar que a fabricante japonesa é a fornecedora dos propulsores da Red Bull e da Alpha Tauri desde 2021.
Honda foi a fornecedora dos propulsores da Red Bull e da Alpha Tauri até 2021
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Com base no regulamento da FIA, que entrará em vigor na temporada de 2026, os novos motores serão abastecidos apenas com combustíveis 100% sustentáveis feitos a partir de bioderivados como plantas e resíduos urbanos. Além disso, a unidade a combustão seguirá com o V6, mas o propulsor elétrico será mais potente — de 350 kW (perto de 470 cv) —, o que demandará um menor consumo de combustível.
Por fim, a FIA estabeleceu — já a partir da temporada 2023 — um teto de gastos para o desenvolvimento de motores. Com isso, a ideia é atrair novas fabricantes de propulsores para as próximas temporadas.
A Ford, por exemplo, está investindo US$ 50 bilhões no avanço de veículos elétricos. É provável que parte da tecnologia desenvolvida para a Fórmula 1 passe a fazer parte dos carros da marca futuramente, como já ocorre com a Mercedes-Benz.
Porsche sai, Ford entra
Há poucos meses, documentos vazados para a imprensa mostravam que a Porsche tinha interesse em comprar 50% da Red Bull e parte da sua unidade de desenvolvimento de motores híbridos. No entanto, a Red Bull não aceitou que a fabricante também se tornasse parcialmente dona da equipe. As negociações não avançaram e o acordo foi negado.
A Audi confirmou em outubro de 2023 que vai voltar ao campeonato em 2026
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Mesmo assim, o Grupo Volkswagen terá seu representante na Fórmula 1. A Audi confirmou em outubro do ano passado que vai voltar ao campeonato em 2026. À princípio, como fornecedora de motores para a Sauber. No final de janeiro, a fabricante alemã deu mais um passo dentro das pistas e comprou uma parte minoritária do time.
Espera-se que, com o passar dos anos, a Audi aumente a participação sobre a Sauber até que se torne sócia majoritária da marca e a escuderia seja rebatizada com o seu nome.
Volta da veterana
Carro de Nelson Piquet em 1981, da Brabham, era equipado com motor da Ford-Cosworth
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A história da Ford na Fórmula 1 é quase tão antiga quanto o campeonato. A fabricante ingressou na década de 1960, mas só ganhou notoriedade (e campeonatos) alguns anos depois, quando fez parceria com a britânica Cosworth para o desenvolvimento de motores.
Os trens de força da Ford, aliás, equiparam os carros de Emerson Fittipaldi em seus dois títulos mundiais, em 1972 e 1974. Nelson Piquet também desfrutou do motor da norte-americana quando venceu seu primeiro campeonato mundial, em 1981, quando corria pela Brabham.
Ayrton Senna também obteve sua 41ª e última vitória da carreira a bordo de um McLaren-Ford no dia 7 de novembro de 1993 no Grande Prêmio da Austrália.
Primeiro contato
Apesar da parceria só se materializar daqui a três anos, os pilotos da Red Bull Racing já puderam experimentar alguns produtos elétricos da Ford. Max Verstappen dirigiu a supervan de nada menos que 2.000 cv de potência. Já Sergio Perez preferiu um Mach-E preparado com mais de 1.400 cv. Veja o vídeo abaixo.
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