Conheça as versões, equipamentos e preços de um dos melhores hatches disponíveis no mercado de usados O Ford Fiesta chegou a ser um dos carros mais vendidos do Brasil, mas teve um fim melancólico. O modelo parou de ser produzido em 2019, quando a Ford fechou a fábrica de São Bernardo do Campo (SP). A decisão antecipava o fim da produção nacional, que seria oficializado em 2021 com o fechamento das fábricas em Camaçari (BA) e Taubaté (SP). Atualmente, a marca trabalha apenas com carros importados.
Podemos dizer que o New Fiesta foi um hatch revolucionário. Até o seu lançamento em 2011, o segmento era dominado por carros muito simples, com pouco conforto, requinte e apenas os equipamentos básicos. O hatch da Ford chegou para mudar essa impressão, oferecendo design marcante e recursos de carros mais caros.
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Mesmo após o seu fim, o hatch continua sendo uma opção excelente (e muitas vezes esquecida) no mercado de usados. Partindo disso, Autoesporte revela o que você precisa saber antes de comprar um Ford Fiesta seminovo. Quais são as melhores versões? O que você deve evitar? Acompanhe:
Versões
O Fiesta era um hatchback bem arrojado para sua época
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O Brasil foi um dos poucos mercados em que o Fiesta foi chamado de New Fiesta. Isso porque a Ford ainda produzia sua geração anterior no Brasil (conhecida como Rocam) para atingir um público menos abastado. Para não confundir os clientes que encontrariam dois carros com o mesmo nome, a sexta geração acabou ganhando o “New”.
O hatch foi importado do México nos seus primeiros anos e chamou atenção pelo requinte. Em 2013, ele passou a ser produzido em São Bernardo do Campo (SP), mas se mostrou inferior ao modelo importado, tanto na montagem como na qualidade dos materiais.
Para se ter uma ideia, o Fiesta mexicano tinha revestimento emborrachado em todo o painel. Quando foi produzido no ABC Paulista, passou a utilizar plástico duro em toda a estrutura. Além disso, os clientes também notaram rebarbas e sons incômodos nos acabamentos.
Interior do modelo nacional era inferior na comparação com o mexicano
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O hatch foi lançado com motores 1.5 flex de 107 cv de potência e 15 kgfm de torque (nos pacotes S e SE) e 1.6 flex de 125 cv e 16 kgfm (nos pacotes SE, SEL, Titanium e Titanium Plus). Durante sua reestilização de meia-vida, o hatch deixou de ser oferecido com motor 1.5 e recebeu uma versão 1.0 Ecoboost, capaz de entregar 125 cv de potência e 17,3 kgfm de torque.
Nas versões mais em conta, o Fiesta era oferecido apenas com câmbio manual. As versões mais caras receberam o polêmico automatizado de dupla embreagem Powershift.
O câmbio mais problemático da história da Ford
O câmbio Powershift tinha botões na alavanca para a troca de marchas
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Não demorou até que os primeiros Fiestas automáticos começassem a se mostrar problemáticos. Marchas travadas, trepidações, câmbios passando do “D” para o “N” e superaquecimento de todo o sistema de transmissão foram as principais queixas sobre o Powershift.
Em 2016, a Ford fez um recall de todos os carros equipados com a transmissão e aumentou a garantia do câmbio, de três para cinco anos. Os problemas pararam, mas o Powershift ficou marcado com uma fama negativa, não apenas no Brasil.
Equipamentos
Últimas versões produzidas tinham central multimídia com sistema Sync 2
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O Fiesta S 1.5 foi o mais barato que a Ford teve no Brasil, pelo menos na sexta geração. Apesar de ser um carro básico, tinha ar-condicionado, sistema de alarme, computador de bordo e até retrovisores elétricos.
Acima da versão S, o Fiesta SE tinha faróis de neblina, sistema de chamada de emergência, sensores de estacionamento, rádio com todas as conectividades (Bluetooth, auxiliar e USB) e volante multifuncional.
O Fiesta era mais apertado do que os seus principais concorrentes
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A versão SEL adicionava ar-condicionado automático, repetidores das setas nos retrovisores e cintos de três pontos e encostos de cabeça para todos os ocupantes. Vale lembrar que o Fiesta passou a oferecer central multimídia com pareamento de celulares via Android Auto e Apple CarPlay em 2016.
Por fim, a versão Titanium tinha seis airbags, câmera de ré para manobras, retrovisor fotocrômico, sensor de chuva, bancos de couro, chave presencial e sistema GPS nativo na central multimídia. Infelizmente, o Fiesta Titanium não foi vendido com câmbio manual.
Autoesporte recomenda: Ford Fiesta SEL 1.6 2018 (a partir de R$ 55 mil)
Ford Fiesta SEL 2018 é uma das últimas versões do modelo produzidas e vendidas no Brasil
Divulgação
Após passar pela história, particularidades, versões e equipamentos do Fiesta, Autoesporte recomenda a versão SEL, com motor 1.6 e câmbio manual de cinco marchas. Ela proporciona o pacote mais equipado sem a transmissão Powershift.
O único problema é que o hatch não é tão simples de ser encontrado. Enquanto era produzido, os clientes preferiam a versão SE 1.6 com câmbio automatizado, deixando a competente versão SEL 1.6 manual de lado.
O Fiesta SEL 2018 pode ser encontrado nos principais classificados online a partir de R$ 55 mil. Unidades menos rodadas podem encostar nos R$ 60 mil, mas continuam sendo boas alternativas.
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