Prefeitura de Seattle acusa as fabricantes de não instalar equipamento que impede a partida no veículo para aumentarem lucros A prefeitura de Seattle (EUA) abriu um processo contra a Kia e a Hyundai acusando as fabricantes de desprezarem a segurança pública para obter lucro ao não instalarem imobilizadores de ignição em seus carros.
Esse sistema, que existe até nos modelos mais simples, utiliza um chip, uma unidade de comando imobilizadora, uma antena e uma unidade de comando eletrônico do motor para impedir a partida de um veículo.
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Dessa forma, os carros das duas marcas se tornam alvos fáceis para os bandidos, sobrecarregando policiais e outros funcionários públicos e aumentando as despesas da prefeitura – embora o valor não tenha sido especificado na ação.
No processo, aberto nesta semana em Washington, estado americano onde está Seattle, os advogados alegam que a Kia e a Hyundai se recusaram a instalar os imobilizadores nos modelos vendidos nos Estados Unidos entre 2011 e 2021 de forma consciente com o objetivo de aumentar seus lucros.
Tecnologia de imobilizadores é antiga, mas impede a partida no motor
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Em 2015, 96% dos carros vendidos por outras fabricantes eram equipados com o sistema que evita roubos, mas apenas 26% dos veículos das duas marcas traziam a tecnologia, que não é obrigatória nos Estados Unidos.
Outras cidades do país também vêm se queixando do aumento de furtos por conta de “técnicas” que viralizaram em redes sociais, como o TikTok. Milwaukee (Wisconsin) e Columbus (Ohio) registraram taxas de roubos tão altas a ponto de seguradoras não aceitarem fazer apólices para muitos modelos.
A polícia de Milwaukee reportou que o crescimento de roubos de carros da Hyundai e da Kia foi de 2.500% apenas em 2021. Em Seattle, houve um aumento da criminalidade envolvendo os modelos das duas marcas de 620% comparando julho de 2022 com julho de 2021, afirmam as autoridades.
Hyundai Sonata do Departamento de Segurança Interna foi alvo de bandidos
Divulgação
A maioria dos roubos foi para usar os carros em passeios ou em outros crimes, e não para a venda de peças, por exemplo. O processo detalha ainda diversos acidentes fatais envolvendo veículos das duas fabricantes por conta da grande vulnerabilidade deles. Um Hyundai Sonata do Departamento de Segurança Interna foi roubado com armas, munições e coletes à prova de balas, revela a ação.
Por fim, os advogados afirmam que a responsabilidade de atualizar os veículos vendidos em imobilizadores é das fabricantes, e não dos proprietários. Dizem ainda que, até o momento, Kia e Hyundai não tomaram nenhuma atitude para reduzir o número de roubos e furtos de seus carros.
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