Líder do continente europeu na eletrificação do transporte público, Amsterdã, capital da Holanda, é referência global em soluções de mobilidade inteligente e preservação do meio ambiente. Com histórico sustentável, a cidade integra seus diferentes modais de transporte. A própria história da cidade, que remonta há séculos atrás com moinhos e bicicletas, mostra o quanto Amsterdã está alinhada com um projeto de emissão zero. Os primeiros moinhos surgiram por volta do ano de 1170, como uma espécie de hélice para acompanhar a direção do vento. A partir do século XII, eles passaram a fazer parte da paisagem holandesa. A bicicleta, maior símbolo de mobilidade urbana da Holanda, passou por melhorias no pós-guerra, o que trouxe um aumento significativo de ciclistas pelas ruas da cidade, que hoje utilizam 400 km de faixas exclusivas de maneira segura, rápida, eficiente, limpa, silenciosa e econômica. Além disso, a cidade dispõe de bondes elétricos, ônibus elétricos e híbridos, trens e o transporte fluvial por meio de barcos.
O bonde, 100% elétrico, divide com as bicicletas o protagonismo de emissão zero, além de interligar a cidade com eficiência e rapidez. São aproximadamente 200 bondes, que circulam por 14 linhas para cumprir o mapa urbano completo de transporte. No sentido de priorizar a segurança dos pedestres, a GVB, companhia municipal de transporte, trabalha atualmente com propostas para o fornecimento de um sistema de alerta de colisão por meio de câmeras e radares com aviso sonoro com o intuito de evitar acidentes com cidadãos que circulam próximos dos bondes. Os ônibus, que também são confortáveis e seguros, se mostram muito úteis no período noturno, quando os bondes não estão em atividade, e também para viagens intermunicipais de curta distância.
A grande vedete da chamada “Veneza do norte” são os barcos que navegam pelos canais da cidade e ao longo do Rio Amstel. As embarcações de carga ou de passageiros oferecem transporte totalmente integrado com a mobilidade da cidade. Com a proibição de veículos movidos a gasolina e diesel, a partir de 2030, os carros elétricos ocupam cada vez mais espaço em Amsterdã de forma muito bem estruturada. Com subsídios do governo e aumento da infraestrutura, com maior número de pontos de recarga, os veículos movidos a energia elétrica e a hidrogênio devem aumentar sua circulação pela cidade.
*Com informações do repórter Alex Ruffo
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