O preço da gasolina chegou a R$ 7,39 – um recorde -, mas chega na virada abaixo dos R$ 5 No dia 11 de março de 2022, o preço médio do litro da gasolina da Petrobras para as distribuidoras foi de R$ 3,25 para R$ 3,86, alta de 18,8%.
Nos meses seguintes, o preço do combustível disparou e chegou a marca de R$ 7,39 o litro, em média, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Essa foi a maior média já encontrada desde o início dos registros da ANP, em 2004.
O ano de 2022 já começou com o preço do combustível alto. A primeira semana do ano a média nacional do litro da gasolina foi de R$ 6,59. Os valores oscilaram entre janeiro e fevereiro e, na primeira semana de março, uma semana antes do anúncio de aumento da Petrobras, o litro fechou em R$ 6,57.
Em 11 de março de 2022 o preço médio do litro da gasolina da Petrobras para as distribuidoras aumentou 18,8%
Agência Estado
Já na segunda semana de março, com o aumento instaurado, o preço médio disparou e chegou a R$ 7,26 o litro. Portanto, em apenas uma semana o combustível aumentou 10,5%. A disparada foi contínua até bater o recorde médio de R$ 7,39 o litro, na penúltima semana de junho.
Por que o preço da gasolina subiu tanto em 2022?
A variação foi consequência direta do conflito entre Rússia e Ucrânia, que começou em fevereiro. O barril do petróleo ficou avaliado em US$ 139,38 no mercado internacional, o maior valor em 14 anos.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, fez pressão e chegou a prever valores em torno de US$ 300 por causa do boicote ao país. Essa estimativa faria a gasolina brasileira saltar para R$ 15 o litro. Pelo menos isso não aconteceu.
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E o que o governo fez para reduzir o preço?
Na tentativa de reduzir os gastos dos motoristas, o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 11, de 2020, que estabelece um valor fixo na alíquota e ICMS sobre combustíveis, foi aprovado.
A alíquota do imposto é um percentual cobrado em cima do preço final do litro na bomba, e varia de estado para estado. Na média das regiões metropolitanas, o imposto era 29% sobre a gasolina. Com o projeto aprovado, o teto do imposto foi reduzido para no máximo 17% em todo o território nacional.
A Petrobras fez algumas reduções no preço para as distribuidoras
Getty Images
O consumidor começou a sentir essa redução de ICMS a partir do dia 24 de junho. E outro fator que fez o preço seguir em queda foram as reduções no preço da Petrobras para as distribuidora no decorrer do segundo semestre.
Na primeira redução, em 19 de julho, o litro do combustível caiu de R$ 4,06 para R$ 3,86, ou R$ 0,20 a menos de custo para as distribuidoras.
A queda semanal nos preços durou exatamente 15 semanas. E, de 9 a 15 de outubro, a gasolina registrou alta novamente em relação a semana anterior, fechando em R$ 4,86 o litro, em média.
O aumento aconteceu após nova alta da gasolina na Refinaria de Maritape, a maior do país sob controle do setor privado. A Acelen, empresa responsável pela sua operação, anunciou em 15 de outubro um reajuste de 2%. Ela já havia corrigido os valores 7 dias antes em 9,7%.
Preço da gasolina fecha o ano por menos de R$ 5
Agência Brasil
Os anúncios da Acelen seguem a tendência das variações no mercado internacional. A cotação do barril de petróleo tipo Brent, que registrou uma forte queda em setembro, chegando a custar US$ 82, subiu acima dos US$ 90 em outubro.
A alta foi influenciada pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de efetuar um profundo corte na produção.
O mês de novembro foi marcado por alta nos preço, mas, no começo de dezembro, a Petrobras anunciou nova redução para as refinarias. O preço médio de venda da gasolina diminuiu R$ 0,20 por litro, passando de R$ 3,28 para R$ 3,08.
No último levantamento da ANP, o valor médio encontrado no Brasil foi de R$ 4,94, o que corresponde a uma queda de 1,4% ante os R$ 5,01 da semana anterior. Desde o ápice do preço até o fechamento do ano, o valor da gasolina caiu R$ 2,45, ou 33,1%.
O segmento dos transportes ainda se encontra em uma espécie de reajuste pós-pandêmico, o que ocasiona uma demanda desequilibrada. Na falta de previsibilidade, os revendedores de combustíveis acabam não ofertando o produto a preços mais baixos até para não comprometer os estoques.
Vamos torcer para que em 2023 o preço siga em queda.
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