Situação é oposta à do Tiggo 7, que permanece sendo vendido em versões com e sem eletrificação Em junho, a Caoa Chery apresentou as novas versões híbridas de Tiggo 5X, Tiggo 7 e Tiggo 8. Na época, a marca disse que, se a demanda por elas fosse grande, não veria problemas em encerrar a produção das opções dotadas apenas de motor a combustão. Eis que isso parece estar acontecendo com o Tiggo 5X.
Lojistas ouvidos por Autoesporte afirmam que restam apenas unidades em estoque da opção “convencional” e que não há previsão de chegada de novos lotes.
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E os emplacamentos mostram que o público tem optado por investir alguns milhares de reais a mais e colocar o modelo híbrido na garagem. Em novembro, dos 1.177 Tiggo 5X vendidos pela marca, apenas 168 não eram da opção híbrida. Isso representa menos de 15% do total.
Segundo um vendedor da maior rede de lojas da marca, o estoque de carros para São Paulo tem cerca de 350 unidades da versão híbrida contra 67 da opção sem a eletrificação. Lojistas de outros três estados afirmaram que o modelo “convencional” não está mais sendo produzido ou entregue pela Caoa Chery. Um deles disse que havia possibilidade de encomendar essa versão do Tiggo 5X, mas que a entrega levaria de 40 a 50 dias.
Caoa Chery Tiggo 5x Pro Hybrid tem o mesmo visual da versão sem sistema eletrificado
Divulgação
Procurada por Autoesporte, a fabricante disse que o Tiggo 5X segue sendo produzido nas configurações apenas com motor a combustão e híbrida leve.
Os dois modelos utilizam motor 1.5 turboflex e câmbio automático do tipo CVT. Porém, a versão híbrida ainda traz um sistema de 48 volts que adiciona 10 cv e 4,1 kgfm, passando de 150 cv e 21,4 kgfm para 160 cv e 25,5 kgfm.
Além do ganho de potência, o consumo de combustível é mais baixo (confira na tabela abaixo):
Consumo do Tiggo 5X
Atualmente, o Tiggo 5X Pro custa R$ 164.990. Já o Tiggo 5X Pro Hybrid sai por R$ 169.990.
Considerando que o brasileiro roda, em média, 15 mil km por ano, a diferença de apenas R$ 5 mil entre os dois modelos pode ser compensada com economia de combustível em poucos anos. Para a Caoa Chery, produzir apenas uma versão do Tiggo 5X também pode ser mais vantajoso, já que os processos na fábrica acabam sendo simplificados.
Essa não é a primeira vez que a Caoa Chery tira de linha um modelo após lançar um carro similar. Quando lançou o Arrizo 6 Pro, a marca disse que o Arrizo 5 seguiria sendo vendido. O mesmo aconteceu com Tiggo 2 e Tiggo 3x quando o segundo foi lançado. Nos dois casos, meses depois do lançamento o carro mais antigo deixou de existir. O próprio Tiggo 3x ficou em linha por apenas 11 meses.
Tiggo 7 deve permanecer
Caoa Chery Tiggo 7 Pro com motor 1.6 turbo não deve sair de linha
Divulgação
No entanto, esse não deve ser o cenário do “irmão maior”, Tiggo 7. Em novembro, mais da metade das 672 unidades emplacadas eram da opção sem eletrificação. A versão híbrida foi responsável por 345 exemplares.
Além de ter vendas mais expressivas, o Tiggo 7 “não híbrido” traz um conjunto mecânico mais potente do que o da opção com um sistema híbrido leve.
Versão híbrida do Caoa Chery Tiggo 7 Pro traz o mesmo conjunto mecânico do Tiggo 5X
Emily Nery/Autoesporte
O Tiggo 7 Pro Hybrid tem o mesmo 1.5 turboflex de 160 cv e 25,5 kgfm do Tiggo 5X. Já o modelo sem eletrificação traz o 1.6 turbo a gasolina de 187 cv 28 kgfm.
A diferença de preços também é maior: R$ 191.140 contra R$ 199.990. “Muitos clientes preferem economizar e ainda levar para casa a versão só a combustão por ser mais potente”, disse o vendedor da D21 Motors de São Paulo.
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