Item de segurança pode ser boa proteção para quem passa horas no trânsito ou estaciona o carro na rua A abordagem pode ser violenta: retido no trânsito parado, o motorista pode ser surpreendido pelo vidro estilhaçado. Em segundos, carteira, celular e algum outro objeto são levados pelo assaltante. A película antivandalismo é uma alternativa para quem deseja alguma proteção. Não é tão barata quanto uma blindagem nem oferece o mesmo nível de defesa, mas custa muito menos.
A película é composta de lâminas de poliéster que aumentam a resistência do vidro em casos de tentativa de violação ou de colisão do automóvel. “É um investimento em segurança que você coloca no seu carro contra ladrões que tentam estourar o vidro. Nós trabalhamos com três tipos: PS4, PS8 e PS12. Quanto maior o número, mais espesso e maior o nível de proteção”, diz Wellington Alves, gerente da Curinga Sound, localizada no centro de São Paulo.
O artefato pode ser translúcido, tonalizado ou escurecido. Só é preciso ficar atento às novas regras para utilização de insulfilm e película antivandalismo tonalizada, atualizadas há pouco pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Um desvio da regra e lá se vão R$ 195,23 em multa. E a diferença de espessura e de peso entre as membranas é ínfima. Da PS4 às PS13 e PS14 as medidas vão de 0,1 mm a 0,35 mm.
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“A PS12 é a mais procurada. E, como é mais espessa, eu digo aos clientes para não ficarem levantando e baixando muito o vidro para evitar danos no conjunto elétrico. Em média, são R$ 550 para aplicar um jogo de PS4, e o trabalho leva duas horas. Um jogo de PS8 custa R$ 1.000 e o serviço é feito em seis horas. A PS12 fica em R$ 1.800, mas o cliente precisa deixar o carro 24 horas na loja para a retirada dos vidros”, diz Wellington.
O poliéster é cortado de um rolo como um pedaço de tecido, e também tem a função de, num acidente, conter estilhaços de vidro temperado para preservar os ocupantes. Se o consumidor quiser, a peça pode vir com camada de proteção contra raios ultravioleta. “Qualquer carro pode ter essas películas, mas, como a estrutura se parece com a de uma garrafa PET, a instalação só pode ser feita nas laterais. No vidro traseiro e no para-brisa não tem como”, diz o especialista em películas Ezequiel Pereira, da Fênix Multimídia, em São Paulo.
Apesar da proteção contra fortes pancadas, o produto não oferece o mesmo nível de defesa de janelas blindadas – que bloqueiam tiros. A ideia é desencorajar criminosos que precisam ser rápidos ao agir. Quando comparada a uma película comum, a antivandalismo oferece mais resistência a golpes e exige mais tempo e esforço do invasor. Ambos os lojistas asseguram que a instalação não implica perda da garantia de fábrica.
“O custo vai depender do carro e da dificuldade de instalação. Dias atrás nós aplicamos uma PS8 norte-americana, muito boa de trabalhar, em um BMW sedã. O serviço custou R$ 1.200 e levou três horas. Caso o cliente saia da loja protegido e tenha um dos vidros estourados, nós fazemos a cotação para substituir a película danificada. Nesse caso, acho que a peça ficaria de R$ 250 a R$ 260”, conclui o especialista.
A limitação no manuseio de alguns produtos se dá, em alguns casos, porque as lojas trabalham com películas feitas para arquitetura, adaptadas para os vidros automotivos. No entanto, o mercado também oferece modelos específicos para aplicação nos para-brisas. “Aqui na loja temos películas da 3M exclusivas para utilização em para-brisas, mas eu nunca instalei uma. A média de preço apenas do dianteiro é de R$ 800. Acho que não vende porque o para-brisa é laminado e tem maior resistência. Sem falar que, em caso de acidente, é sempre bom deixar um ponto de fuga no carro”, alerta Daniel Rios, gerente da Smart Garage, em São Paulo.
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