Atualização na linha mostra evolução grande desde 2013 e preserva os atributos que fizeram da PCX a líder de seu segmento no Brasil A terceira geração do Honda PCX é o exemplo mais recente da empresa para mostrar os efeitos da evolução de um produto. Na linha 2023, a scooter avançou alguns degraus na escada de tecnologia, visual e desempenho. Infelizmente, porém, pegou o elevador na atualização de preço desde que foi lançada, em 2013.
Naquele ano, apareceu no Brasil a partir de R$ 7.990. Claro que a inflação do período deturpou nossas percepções de valores e o modelo mais atual custa entre R$ 15.460 e R$ 17.400, conforme as versões. Na verdade, a PCX custa menos do que sua principal rival, a Yamaha NMax (a partir de R$ 19.690).
Honda PCX 2023 está em sua terceira geração. Oferece a comodidade do câmbio automático do tipo CVT
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A PCX 2023 teve seu design revisto, bem como o chassi, modificado para abrigar o novo motor, novos ângulos da suspensão e as novas medidas das rodas. Esse frame do tipo monobloco de berço duplo ficou 760 gramas mais leve e permitiu o aumento do volume do baú sob o assento, de 28 litros para 30 l.
Agora mesmo um capacete fechado, grande, cabe sem que seja necessário pressionar a trava e ainda sobra espaço para uma jaqueta.
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A capacidade do tanque é de oito litros (apenas para gasolina) e também houve uma melhoria na portinhola – agora há um suporte para descanso da tampa do reservatório durante o abastecimento.
Portinhola de abastecimento da PCX 2023 esconde o bocal e conta com um suporte para a tampa
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O porta-luvas atrás do escudo frontal também mudou. Continua com borrachas no contorno para selar o interior, porém a Honda trocou o ponto de energia tradicional por uma porta USB.
Outra mudança oriunda desses novos ângulos está no painel de instrumentos. Além de ter sido redesenhado, melhorando a leitura das luzes dos piscas, por exemplo, também está mais inclinado. Isso favorece a leitura rápida das informações durante a pilotagem.
Novo painel de instrumentos da Honda PCX: mostrador digital e luzes de seta maiores
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No centro do mostrador, uma nova tela de LCD é maior que a anterior, com formato triangular. Agora é retangular, favorecendo a visualização imediata.
Os pneus ficaram mais largos. As medidas são 110/70 R14 (dianteira) e 130/70 (atrás). No entanto, a roda traseira diminuiu de 14 para 13 polegadas. Essa mudança, que intuitivamente pode sugerir uma piora na filtragem das imperfeições do solo, não gerou impacto negativo. Ao contrário, os novos pneus estão mais eficientes ao copiar o piso.
O Honda também promoveu uma alteração nos amortecedores. As molas são totalmente novas e o batente foi invertido. Ou seja, em vez de estar afixado na parte superior da carroceria, está preso na balança da suspensão.
Abafador da PCX mudou para 2023; amortecedores são novos e têm batente na balança
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A motorização evoluiu. O propulsor esp+ subiu de 150 cm3 para 160 cm3, com a potência aumentando de 13,2 cv para 16 cavalos. Agora desenvolve 1,5 kgfm e em regimes de rotação maiores.
Contudo, a força supera o máximo de 1,38 kgfm do bloco anterior pouco antes dos 5.000 rpm. Ou seja, há mais disponibilidade de força em condição equivalente.
Isso foi possível pelo aumento da taxa de compressão, que subiu de 10,6 para 12:1, bem como uma revisão na relação entre o diâmetro do pistão e o curso das bielas.
Honda PCX passou a contar com motor de 160 cm3 e 16 cv
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Para dar conta da maior rotação e da potência maior, o sistema de exaustão foi redesenhado, com um abafador de maior volume. Esses upgrades já preparam a PCX para o Promot 5, que entra em vigor em janeiro de 2023.
Honda PCX DLX é a versão mais cara, com cor azul e bancos e assoalho marrons
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O sistema de start-stop, que inaugurou no Brasil justamente com a PCX, continua sendo oferecido em todas as versões, e entra em ação quando a moto para por mais de três segundos. A mecânica volta a funcionar automaticamente, e praticamente de forma instantânea, quando o piloto toca no acelerador.
Comutador geral, com travas de guidão integrado e botão de acesso à portinhola e baú sob o assento
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Caso prefira, essa tecnologia pode ser desativada pelo condutor, por meio de um botão no manete direito. Porém, ao desligar o recurso, haverá piora no consumo.
Segundo o Instituto Mauá, a PCX faz 44,5 km/l em ciclo urbano, e 32,3 km/l em velocidade constante de 80 km/h. A velocidade máxima é de 111 km/h.
Honda PCX tem lanterna de led na traseira. Na linha 2023, design foi renovado
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Em nosso test drive realizado em Santos (SP), o percurso de pouco menos de 100 km/h foi realizado com o computador de bordo marcando 42 km/l e 36 km/l em trecho rodoviário.
A Honda está oferecendo a PCX 2013 em três versões. Parte da CBS, a mais em conta, a R$ 15.460, na cor cinza. Essa configuração não vem com freios antiblocantes, apenas o recurso de frenagem combinada. Ao pressionar o freio traseiro, 30% da pressão aplicada no manete esquerdo é transferida para o disco dianteiro.
Versão intermediária na cor branca é a Honda PCX ABS
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A versão intermediária é a ABS (R$ 17.000) vem em tom branco e já traz o sistema ABS conjunto com o sistema de freio combinado. Já a PCX DLX, a mais cara, sai por R$ 17.400, conforme os preços sugeridos no site do fabricante. Esta tem como diferencial a cor azul metálica em contraste com bancos e assoalho em plástico marrom.
Todas as opções oferecem a chave “smart key”, do tipo presencial. Outra novidade é a oferta de alarme também para as três opções da linha.
Outra novidade em segurança é o controle de tração, que usa sensores instalados nas rodas para comparar as velocidades de rotação. Ao detectar diferença de giro entre os eixos, a eletrônica corta a aceleração para igualar a rotação.
A Honda PCX é líder no segmento das scooters e está no mercado brasileiro desde 2012. A segunda geração chegou às lojas em 2018.
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