Para tirar a dúvida, comparamos os gastos com versão a combustão e variante elétrica do mesmo modelo Carros elétricos são mais econômicos? Depende de qual tópico abordamos. Os veículos a combustão costumam, sim, ser mais em conta quando olhamos para o preço na Tabela Fipe. Por outro lado, perdem quando o assunto é manutenção.
Mas e quanto ao abastecimento? Para responder a essa pergunta (e garantir certa isonomia), Autoesporte usou como referência a versão a combustão e a variante elétrica do Renault Kwid. O resultado você confere abaixo!
Quanto custa carregar um veículo elétrico?
Comparamos o Renault Kwid E-Tech (foto) com seu “irmão a combustão
Marcelo Machado de Melo/Renault
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Atualmente, a tarifa média do kWh cobrada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no Brasil é de R$ 0,74. Dessa forma, considerando a capacidade de bateria do Kwid elétrico (de 26,8 kWh), multiplicamos R$ 0,74 por 26,8 kWh, chegando a o valor de aproximadamente R$ 20 para uma carga completa. Em outras palavras, é como se o veículo estivesse com o “tanque cheio”.
A autonomia do Renault Kwid E-Tech é de 185 km. Isso significa que, para rodar pouco mais de 1.100 km, o dono do elétrico precisa recarregar o carro seis vezes e gasta cerca de R$ 120.
Quanto custa abastecer um carro a gasolina?
Veículos a combustão levam certa desvantagem no quesito abastecimento ante elétricos
Agência Brasil
No entanto, quando realizamos as mesmas contas em um Kwid a combustão, temos um gasto de cerca de R$ 468, excluindo o etanol e considerando a gasolina, com preço médio de R$ 6,15 segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Para obter esse resultado, primeiro multiplicamos o consumo médio do Renault Kwid em ciclo misto (urbano e rodoviário), de 15,5 km/L, pela capacidade do tanque, de 38 litros. Com essa conta, chegamos aos 589 km de autonomia.
A partir daí, multiplicamos a capacidade do tanque (38 litros) pelo valor médio da gasolina no país (R$ 6,15), e chegamos a R$ 234 para ter um tanque cheio. Se considerarmos que o Kwid a combustão irá rodar os mesmos 1100 km do que o elétrico, teremos aqui (com base na autonomia) duas paradas para completar o reservatório de combustível. Assim, basta multiplicar R$ 234 por dois para termos o valor R$ 486. Com esse montante, o modelo é capaz de percorrer 1.178 km.
Carro a combustão x carro elétrico
No fim das contas, carregar um carro elétrico sai bem mais barato do que abastecer um veículo com gasolina . No nosso caso, temos uma diferença de R$ 348 para rodar quilometragem similar.
No entanto, devemos considerar alguns fatores. Enquanto no elétrico é necessário carregar o carro seis vezes, perdendo um tempo importante, em um veículo a combustão paramos em apenas duas oportunidades.
Além disso, vale lembrar que, para uma recarga mais eficiente de um veículo elétrico, há de se investir na instalação de um wallbox residencial para não depender de carregadores públicos ou módulos oferecidos por montadoras. No entanto, o custo é alto, podendo chegar tranquilamente a R$ 10 mil.
Ou seja, nem tudo são flores. A escolha entre um carro elétrico e um veículo a combustão vai muito do gosto do freguês. E também, evidentemente, do tipo de uso do automóvel.
Divulgação
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