Marca coreana negocia com a Comexport para montar o SUV no Ceará; nova geração do Seltos também está nos planos O aumento do imposto de importação para carros híbridos e elétricos atrapalhou os planos da Kia. O último reajuste aconteceu em julho de 2024, e outro está previsto para o mesmo mês de 2025. De acordo com José Luiz Gandini, presidente da Kia no Brasil, a marca busca parceiros para produzir o novo Sportage localmente.
A informação foi publicada pelo Automotive Business. O site diz que a Kia considera inclusive a produção na fábrica da Nordex, em Montevidéu (Uruguai). Atualmente, o SUV é feito na Eslováquia. Autoesporte apurou que há uma outra carta na manga. A marca coreana negocia com a Comexport para montar o SUV híbrido em Horizonte (CE), na antiga fábrica da Troller, em arranjo CKD.
Kia Sportage tem motor 1.6 híbrido leve que entrega 180 cv e 27 kgfm
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Outro carro a ser regionalizado é o Seltos. De acordo com o site Autos Segredos, a Kia deve produzir sua nova geração em Montevidéu a partir de 2027, ao lado da picape média Tasman.
Próxima geração do Kia Seltos será mostrada em breve
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O modelo híbrido passou por uma reestilização em 2024. Portanto, é possível que uma nova geração seja apresentada globalmente no ano que vem. Essa seria a escolhida para a montagem local. Sua produção no Uruguai também traria benefícios fiscais em comparação com o modelo importado, ainda mais com a próxima alta do imposto, prevista para o meio deste ano.
O imposto vai subir em julho
A Kia busca alternativas para se blindar da retomada do imposto, que terá um novo reajuste em breve. A porcentagem para carros híbridos e elétricos produzidos em regime CKD ou SKD, com kits pré-montados, é menor em comparação com a de modelos importados — o que proporcionaria a prática preços mais competitivos.
Aumento do imposto de importação para híbridos e elétricos
As fábricas da Nordex e da Comexport funcionam como “barrigas de aluguel”. A montagem dos kits pode ser feita em regime CKD (totalmente desmontados) e SKD (parcialmente desmontados). Neste arranjo de produção, os componentes de um veículo são construídos em outros países, e as fábricas locais apenas executam a montagem com baixo — ou até nenhum — nível de nacionalização.
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Por mais que a montagem local seja uma alternativa para fugir da retomada do imposto defendida pela Anfavea, a associação das montadoras já observa a nova movimentação. Márcio de Lima Leite, presidente do órgão, pediu que a cobrança fosse reajustada dos atuais 18% (CKD) e 16% (SKD) para 35%. Agora, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) avalia a proposta. As alíquotas atuais são válidas até 2028.
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