Compacto pode começar a ser feito no Brasil já com novo design e tecnologias avançadas de condução semiautônoma O BYD Dolphin Mini será o primeiro carro elétrico produzido em série no Brasil. E sua variante nacional pode ter visual diferente do modelo atualmente vendido, importado da China, além de novos itens de segurança típicos de veículos mais caros. Isso porque o modelo passa por mudanças no país asiático que, provavelmente, serão incorporadas pelo compacto a ser fabricado em Camaçari (BA).
De acordo com o site especializado CarNewsChina, o BYD Dolphin Mini (assim como todo o portfólio da montadora) deverá receber tecnologias de condução semiautônoma ainda este ano. Trata-se do famoso pacote Adas, que consiste em assistentes avançados e ativos que ajudam a garantir a segurança de motorista, passageiros e pedestres.
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Atualmente, o Adas da BYD é dividido em três categorias, com o sistema menos tecnológico dotado de funções básicas de piloto automático e usualmente alimentado por chip Nvidia Drive Orin ou Journey 5 da Horizon Robotics. Oferece, entre outros, assistência de permanência e saída de faixa, alerta de fadiga reconhecimento de placas de trânsito e frenagem autônoma de emergência. Tudo o que o brasileiro quer, e ainda não tem no Dolphin Mini.
O hatch compacto também passaria a ter câmeras 360° para auxílio em manobras, ganhando câmera extra na dianteira e mais duas instaladas nos retrovisores. Estas, somadas ao visor traseiro já existente, criam uma projeção do chão – que ajuda, e muito, na hora da baliza. Vale ressaltar que o elétrico agora também dispõe de sensores de estacionamento dianteiros.
Para-choque trapezoidal e refletores em áreas triangulares
João Kleber Amaral/Autoesporte
Design do BYD Dolphin Mini nacional
Além disso, temos as possíveis mudanças no visual do BYD Dolphin Mini nacional. Conforme registros de patente vazados na China, o para-choque dianteiro segue com formato trapezoidal, mas adota abertura em forma similar à de um pião.
Na traseira, os refletores deixam de compor o desenho que tornava o compacto com ar pouco mais invocado. Agora, ficam dentro de um espaço triangular, conforme apontam as projeções do designer João Kleber Amaral, feitas com exclusividade para Autoesporte.
A atualização chega ao mercado chinês ainda no primeiro semestre. Justamente por isso, é muito provável que visual e tecnologias também façam sua estreia no Brasil em breve. A questão aqui, no entanto, é: esse “em breve” será quando?
A BYD anunciou em dezembro passado que começa a produzir o Dolphin Mini no Brasil em regime SKD (quando kits já chegam pré-montados do exterior e são apenas finalizados localmente) no mês de março de 2025. Após as polêmicas envolvendo funcionários chineses, a empresa já admite que pode ter atrasos no cronograma, embora mantenha os prazos de início de produção para este ano.
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Assim, muito provavelmente, devemos ter no início da montagem unidades que carregam o mesmo DNA, sem alteração alguma, do modelo atual. Isso porque, segundo a própria BYD, já há kits do Dolphin Mini para montagem em Camaçari.
Existe, então, a possibilidade de que o compacto devidamente remodelado seja fabricado no Brasil a partir do fim do ano ou em 2026, depois que a montadora entrar em modo “produção total”, com processos como pintura e estamparia sendo realizados no país e índices de nacionalização em cerca de 70%.
Segundo interlocutores, contudo, ainda não dá para cravar nada. Portanto, existe a possibilidade de que o Dolphin Mini comece a ser feito no Brasil já com certa defasagem ante ao modelo vendido no mercado asiático.
Pelo menos em termos mecânicos não temos com o que nos preocupar. Em seu facelift, o hatch compacto segue com o mesmo motor elétrico dianteiro que rende 75 cv de potência e 13,8 kgfm de torque, aliado ao câmbio automático de uma marcha. O pacote de baterias Blade é de 38 kWh e o modelo tem autonomia, segundo o Inmetro, de 280 km. O conjunto proporciona recarga de 30% a 80% com potência de 40 kW em 30 minutos.
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