As qualidades do novo SUV compacto da Stellantis compensam suas falhas? Descubra O Citroën Basalt chamou a atenção do mercado por oferecer porte de carro médio por valores mais acessíveis. O SUV compacto parte de R$ 89.990 na versão Feel e chega a R$ 107.390 no pacote First Edition — limitado por um prazo ainda não determinado. De fato, o modelo é uma opção tentadora para quem quer um SUV compacto com jeito de cupê na garagem.
Para facilitar a sua escolha, Autoesporte descreve cinco pontos positivos e cinco características que precisam melhorar no novo utilitário de entrada da Stellantis. Comecemos pelo que há de bom.
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Pontos positivos
1 – Motor
No teste do Basalt, elogiamos o motor 1.0 turboflex de três cilindros da Stellantis, capaz de entregar 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque. Ele está disponível exclusivamente com câmbio CVT, que faz a simulação de sete marchas.
Citroën Basalt x Fiat Fastback: compare preço, motor, consumo e porta-malas
O destaque fica por conta da reatividade do sistema que, bem entrosado, garante torque suficiente para retomadas, ultrapassagens e subidas. De acordo com a Stellantis, o Basalt vai de zero a 100 km/h em 9,7 segundos. Já a velocidade máxima é de surpreendentes 199 km/h.
Citroën Basalt é agradável de dirigir na opção com motor turbo
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E já que estamos falando do comportamento dinâmico, o Basalt ainda tem um acerto de suspensão refinado. Este arranjo é ideal para enfrentar os desafios urbanos, como buracos, lombadas e valetas.
2 – Economia de combustível
O Basalt também não fez feio nos testes de consumo de combustível do Inmetro. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), pode marcar 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol. Na gasolina, os números vão para 11,9 km/l em circuito urbano e 13,7 km/l em rodovias.
3 – Porta-malas
Se você procura um SUV para viajar com toda a família nas férias de fim de ano, o Basalt pode agradar pelos 490 litros disponíveis no porta-malas. O SUV tem excelente aproveitamento de espaço e a abertura bem ampla da tampa traseira facilita o acesso ao compartimento.
Compartimento do Citroën Basalt é uma de suas maiores qualidades
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4 – Espaço-interno
O Basalt tem 2,64 m de distância entre-eixos. Como comparação, o Fiat Fastback tem 2,53 m. Assim, o SUV da Citroën é mais generoso quando falamos sobre o espaço para os joelhos dos ocupantes traseiros. O túnel central é estreito, dando mais amplitude à zona dos pés dos passageiros. Sem dúvidas, o espaço da cabine é o ponto mais tentador do Basalt.
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5 – Custo-benefício
Por conta do porta-malas amplo e o espaço interno adequado, o Basalt entrega proporções de SUV médio em um modelo compacto. Considerando que o modelo parte de R$ 89.990 em suas primeiras semanas nas lojas (com motor 1.0 aspirado, vale lembrar), é quase um achado em meio a tantos carros pequenos e caros.
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Pontos negativos
1 – Segurança
O fato do Basalt ser um carro global deixou o modelo brasileiro exposto. Isso porque o SUV oferece seis airbags no mercado indiano, tendo pares frontais, laterais e de cortina. Enquanto isso, o modelo brasileiro, feito em Porto Real (RJ) , tem apenas quatro bolsas. Abordamos outras inferioridades técnicas em comparação com sua versão asiática a seguir.
Detalhe do airbag de cortina do Basalt indiano
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Citroën Basalt: 5 itens da versão indiana que o SUV brasileiro não tem
2 – Pacote de equipamentos
Entre os itens externos, o Basalt não tem faróis de LED. Afinal, estamos falando de um SUV de entrada, que ficaria inevitavelmente mais caro se recebesse o equipamento. O problema é que outros recursos também foram cortados, como ajuste de profundidade do volante e luzes de quebra-sol. A versão indiana ainda tem saídas de ar-condicionado para os ocupantes traseiros, item que não deu as caras no modelo nacional. Chave presencial? Aqui não.
Apesar das falhas, o Basalt ainda tem um interior bem resolvido
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3 – Simplicidade
O Basalt é um carro rústico de forma geral, e isso pode desagradar quem busca um SUV mais caprichado. A economia fica evidente não apenas no acabamento interno, formado majoritariamente por plástico duro, mas também na disposição de certos itens.
A porta do motorista traz apenas os controles elétricos dos vidros dianteiros, enquanto os comandos traseiros foram alocados no console central. A ideia é que tanto o condutor quanto os passageiros traseiros utilizem o mesmo comando — uma clara economia de fios, chicotes e teclas.
Do mesmo modo, uma motorista que pretende retocar a maquiagem ao chegar no escritório terá de lidar com o espelho pequeno e a falta de luzes de cortesia no quebra-sol. E aproveitando que estamos falando deste item, o Basalt não tem uma fita para prender o documento.
O interior do Basalt é simples, mas o SUV ainda pode se gabar da central multimídia de 10 polegadas
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4 – Ergonomia
Como elaboramos anteriormente, o Basalt não tem ajuste de profundidade para o volante, e por isso algumas pessoas podem ter dificuldade de encontrar a melhor posição para dirigir. Aos motoristas mais crescidos, a altura do assento pode ser um problema. Tenho 1,84 metro e meus olhos ficam no terço final do para-brisa, com ampla visualização do teto. Um posicionamento mais baixo para os quadris ajudaria neste sentido, como nos carros da Volkswagen. Por fim, os ajustes elétricos dos retrovisores externos não estão na porta, e sim no painel. É uma posição inconveniente.
5 – Isolamento acústico
A experiência a bordo do Citroën Basalt pode ser bem barulhenta. Em altas velocidades, o motor 1.0 turbo ecoa na cabine, obrigando que os passageiros elevem o tom de voz para conversar. O som do vento irrompendo a carroceria também se torna incômodo.
Gosta de pegar estrada O Basalt pode ser bem barulhento em altas velocidades
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Nada é mais azucrinante que o ar-condicionado. Quando está ligado, obriga o motor a elevar o giro, lembrando um carro híbrido que está utilizando a unidade a combustão como gerador. Dirigi três unidades diferentes do Basalt desde que foi lançado, e todas apresentavam este mesmo comportamento. Trata-se de um comportamento crônico.
O novo SUV da Citroën é um carro satisfatório. Se você não está disposto a gastar R$ 89.990 na versão básica, Autoesporte separou SUVs seminovos e usados por este mesmo preço. Clique aqui para conferir.
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