Fabricante japonesa repete caminho de outras marcas e está de volta à competição; relembre A Toyota anunciou o seu (nem tão) triunfal retorno à Fórmula 1 após ausência de 15 anos. A fabricante japonesa selou parceria técnica com a Haas, equipe de origem norte-americana que jamais incomodou os principais times do pelotão.
A volta da Toyota à Fórmula 1 é, no mínimo, curiosa. Embora prometa suporte em vários âmbitos, como nas áreas de design, engenharia e desenvolvimento de jovens pilotos, a montadora japonesa não fornecerá, ao menos num primeiro momento, motores para a Haas. O time seguirá recebendo unidades de potência da Ferrari.
Mesmo assim, a parceria entre japoneses e norte-americanos já começa a vigorar a partir da próxima etapa. O casamento terá início no GP dos Estados Unidos, que ocorre entre os dias 18 e 20 de outubro.
O retorno da Toyota à Fórmula 1, por meio de sua divisão esportiva, a Gazoo Racing, pegou muita gente de surpresa. No entanto, não é a primeira vez que uma montadora dá adeus e volta, tal qual um cão arrependido, à principal categoria do automobilismo mundial. Confira abaixo cinco casos parecidos com o da fabricante nipônica.
Mercedes-Benz
Pois é. A poderosa Mercedes-Benz entrou na Fórmula 1 em 1954 e teve dois anos frutíferos na categoria. Tanto é que dois dos cinco títulos conquistados pelo argentino Juan Manuel Fangio foram obtidos com o auxílio de máquinas produzidas pela construtora de origem alemã.
Uma tragédia, contudo, fez com que a Mercedes deixasse a Fórmula 1, bem como outras modalidades do esporte a motor. Desastre em Le Mans, em 1955, envolvendo dois de seus carros ceifou a vida de mais de 80 pessoas. Por isso, a montadora alemã optou por se afastar, e só retornou às corridas ao fim da década de 1980.
Mercedes-Benz W196 deu título a Juan Manuel Fangio
Wikimedia Commons
À Fórmula 1, então, a Mercedes-Benz só voltou em 1994. Isso como fornecedora de motores. Como construtora, de fato, a fabricante alemã só retornou em 2010, ao adquirir o espólio da Brawn GP.
E aí o resto é história. A Mercedes conquistou sete títulos de pilotos e sagrou-se campeã do mundial de construtores em oito oportunidades consecutivas. Nada mal, né?
Aston Martin
A Aston Martin é outro caso de montadora que deixou o circo, mas o gostinho do “quero mais” a fez retornar. No entanto, a marca de origem britânica (ainda) não conquistou glórias similares às da Mercedes-Benz.
A primeira incursão da empresa na Fórmula 1 ocorreu entre 1959 e 1960. Resultados abaixo da crítica, porém, fizeram com que a Aston Martin abandonasse a empreitada com uma mão na frente e outra atrás
Aston Martin terá o lendário Adrian Newey a partir de 2025
Divulgação
A marca só retornou à categoria em 2021, por meio do bilionário Lawrence Stroll – um dos proprietários da companhia. Naquele ano, a Aston Martin teve como pilotos o tetracampeão Sebastian Vettel e o “filho do homem”, Lance Stroll.
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Atualmente, a equipe tem o bicampeão mundial e interminável Fernando Alonso. A outra figura, claro, ainda é Lance Stroll.
Só que as esperanças da Aston Martin não se resumem aos pilotos, mas sim às pranchetas de Adrian Newey. O lendário engenheiro e projetista britânico, autor de inúmeros carros campeões do mundo, fará parte da equipe a partir de 2025. Será que, enfim, os louros virão?
Honda
A Honda na Fórmula 1 é uma loucura. A montadora japonesa tem uma história vencedora na categoria, mas que parece mais uma novela. Se formos diretos, a companhia já abriu e fechou as portas do circo em quatro oportunidades. Na última, em 2021, deixou uma pequena fresta. Isso porque seguiu fornecendo, ainda que “na encolha”, unidades de potência para a Red Bull.
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A empresa promete retornar oficialmente em 2026, como parceira da Aston Martin. Esta será a quinta entre as idas e vindas da Honda na Fórmula 1 tanto como fornecedora de motores quanto como construtora.
Ayrton Senna conquistou seus três títulos impulsionado por motores Honda
Getty Images
Vale, claro, frisar que a fabricante japonesa sempre se deu muito melhor no primeiro papel que no último. Tanto que Ayrton Senna conquistou seus três títulos mundiais com carros equipados com propulsores Honda. Já como, de fato, construtora, os japoneses nunca tiveram desempenho excepcional.
BMW
A BMW esteve envolvida na principal categoria do automobilismo mundial como construtora e como fornecedora de motores. Tal qual as demais da nossa lista, entrou e saiu do circo conforme a maré.
Como equipe atuou entre 2006 e 2009, após ter comprado a suíça Sauber. Obteve quase duas dezenas de pódios e uma única vitória, no GP do Canadá de 2008, por meio do polonês Robert Kubica.
BMW teve participações na F1 entre as décadas de 1950 e 1960
:Wikimedia Commons
Já como fornecedora de motores a BMW obteve mais êxitos. Nelson Piquet, por exemplo, venceu um de seus três títulos mundiais, especificamente o de 1983, em um Brabham BT52 impulsionado por propulsor da fabricante alemã.
Ford
O novo regulamento de motores serviu de chamariz para a Ford, que decidiu retornar à Fórmula 1 em 2026 por meio de parceria com a Red Bull. Além disso, o aumento da popularidade da categoria nos Estados Unidos também serviu de perfume para a marca do oval.
A Ford é notória na Fórmula 1 como fornecedora de motores, usualmente em parceria com a Cosworth. A empresa é responsável, inclusive, por ter atuado como força motriz nos títulos de vários pilotos de estirpe na categoria. Um deles é o brasileiro Emerson Fittipaldi, que foi campeão com carros de Lotus e McLaren equipados com propulsores da fabricante norte-americana.
A Ford retornará à F1 por meio de parceria com a Red Bull
Divulgação
Tudo bem que muitas águas vão rolar até 2026 na Fórmula 1. No entanto, não custa nada imaginar um cenário no qual Max Verstappen conquiste mais títulos pela Red Bull, desta vez impulsionada por eficientes motores Ford.
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