Versão com apelo para a cidade tem motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e preço competitivo para encarar a Fiat Titano A nova Ford Ranger Black 2025 foi finalmente lançada nesta segunda-feira (7), mas não é o visual que chama mais atenção. É o preço de R$ 219.990, que surpreendeu todo mundo, já que as especulações indicavam algo na faixa dos R$ 250 mil. Autoesporte já conheceu a caminhonete com apelo urbano e seleciona o que ficou bom e o que faltou.
O que ficou bom
1. Preço
Não tem como começar sem falar do preço. Para se ter uma ideia, a Ford Ranger Black é mais barata do que a própria Maverick, que é exatamente R$ 10 mil mais cara: R$ 229.990. Outra concorrente é a Fiat Titano, lançada em fevereiro, que parte dos mesmos R$ 219.990.
Ford Ranger Black 2025 é vendida em cinco cores
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2. Motor
A picape média continua sendo importada de General Pacheco (Argentina) e traz o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv de potência e 41,2 kgfm de torque com câmbio automático de seis marchas e tração 4×2 (traseira). A marca de 0 a 100 km/h não foi revelada. Na opção XLS com o mesmo motor e tração 4×4 a marca é de 12 segundos.
Como o apelo é para a cidade, o motor V6 3.0 turbodiesel de 250 cv e 61,2 kgfm, que é oferecido por aqui a partir da versão XLS ( R$ 244.990), seria um exagero na Ranger Black, além disso, certamente iria deixar a versão mais cara.
O consumo não surpreende, mas fica na medida do esperado: 10,1 km/l na cidade e 12,4 km/l na rodovia, de acordo com os números do Inmetro.
3. Visual
Ford Ranger Black 2025 tem apelo para a cidade
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O visual da Ranger Black também é um ponto positivo. Por fora, a grade é toda preta, os faróis (incluindo os de neblina) são de LED, os retrovisores são escurecidos e há santantônio, estribos laterais e rodas de 18 polegadas na cor preta.
Contudo, a versão não é vendida apenas na cor Preto Gales, a opção mais óbvia para uma versão que se chama Black. Além dela, são outras quatro tonalidades: Cinza Moscou, Prata Geada, Azul Belize e Branco Ártico. Em nenhum caso há cobrança extra no valor do a picape.
Ford Ranger Black 2025 tem apenas a opção de interioe escurecido
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Na cabine, o acabamento é sempre escurecido com costuras brancas e não outra opção de cor. Os bancos têm texturas diferentes e misturam couro e tecido preto com a assinatura “Black” na parte superior dos assentos dianteiros.
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Na lateral do banco do passageiro tem a descrição “So long as it’s black” (“Enquanto for preto”), uma das frases mais famosas de Henry Ford, na época em resposta às opções limitadas de cores oferecidas pelo Ford Model T no início do século passado. De acordo com a Ford, essa descrição não fica no banco do motorista justamente para estar no campo de visão dele.
Ford Ranger Black 2025 tem o banco com revelo
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4. Dimensões
As dimensões seguem as mesmas: 5,37 m de comprimento, 2,20 m de largura (incluindo os grandes retrovisores), 1,88 m de altura e 3,27 m de distância entre-eixos. A caçamba mantém o volume de 1.250 litros e a capacidade de carga de 1.031 kg.
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5. Equipamentos
Outro ponto em que a Ford acertou foi a lista de equipamentos, com destaque para sete airbags, ar-condicionado digital, sistema de frenagem de emergência, três modos de condução, câmera e sensor de estacionamento traseiros, volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade, carregador de celular por indução, painel de instrumentos digital colorido de 8 polegadas e central multimídia de 10″ com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay.
O que faltou
1. Tração 4×4
A ausência de tração 4×4 na Ranger Black é justificada pelo apelo mais urbano da versão, mas ainda assim deve gerar discussão. Isso porque a versão XL 2.0 com câmbio manual de seis marchas, a mais simples no portfóio da caminhonete, já tem tração 4×4. Na Argentina, a tração 4×4 é oferecida nas duas versões — ambas com câmbio manual.
Por aqui, a Ford optou pela tração 4×2 traseira para reduzir o peso e aumentar a competitividade da Ranger Black. Mas, assim como no caso do motor do motor V6, a tração nas quatro rodas não deve fazer falta na cidade. Do mesmo modo, nos trechos menos desafiadores de terra a Ranger Black não vai te deixar na mão.
Ao todo, são quatro modos de condução: Normal, Eco, Rebocar e Escorregadia. A capacidade de reboque (com freio) é de 3.100 kg, o ângulo de ataque de é de 30° e de saída 26°. Já a capacidade de imersão é de 80 cm. Ou seja, robustez não vai faltar.
Ford Ranger Black 2025 na Argentina é oferecida com tração 4×4
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2. Alerta de ponto cego
Por outro lado, por ser uma picape com apelo urbano, a ausência de alerta de ponto cego faz diferença, mesmo com os espelhos retrovisores dando um bom campo de visão. Uma picape média como Ranger, com as dimensões que possui, por si só já proporciona dificuldades para rodar no trânsito intenso das grandes cidades. Qualquer recurso que facilite o trafegar e a segurança é bem-vindo.
3. Dinâmica urbana
Outra característica de picape média, principalmente quando está sem carga na caçamba, é a carroceria que balança muito e gera rolagem de carroceria excessiva dentro da cabine. Afinal, é um projeto com carroceria montada sobre um chassi de longarinas, feito para aguentar impactos fortes, ter flexibilidade sobre terrenos acidentados e suportar peso.
Dito isso, a Ranger não teve ajustes exclusivos para a cidade, como tem uma Maverick, por exemplo, e nem tem a dinâmica de uma Volkswagen Amarok. Portanto, por mais que dirigir a nova geração da Ranger seja bem confortável, saiba que ainda sim é uma caminhonete média e na cidade compromete o conforto no dia a dia de quem preza bastante por isso.
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4. Capota marítima
A Ranger Black tem capota elétrica com acionamento pela chave. Porém, somente os 100 primeiros compradores terão o item disponível sem pagar como opcional, que custa R$ 7.949. O mesmo serve para o protetor de caçamba que é vendido como opcional por R$ 3.190. Nem a capota marítima vem de série, também é cobrada como acessório por R$ 1.779.
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