Caminhonete chega nas próximas semanas e deve custar entre R$ 300 mil e R$ 350 mil para concorrer com Ranger, S10 e Hilux A BYD Shark finalmente se aproxima do lançamento. A primeira picape híbrida plug-in do Brasil deu as caras no Automotive Business Experience (ABX), realizado nesta segunda-feira (30) em São Paulo. Mais do que ser exibida, a caminhonete estava disponível para test-drive em um curto trajeto na lateral do pavilhão do São Paulo Expo. Autoesporte deu uma voltinha.
Antes de falar sobre as brevíssimas impressões ao dirigir, vale dizer que a Shark fará sua estreia no mercado brasileiro em outubro. A previsão é que os preços fiquem entre R$ 300 mil e R$ 350 mil, ou seja, diretamente no alvo das versões topo de linha de concorrentes com motor a diesel. Também é preciso dizer que já testamos a Shark em sua revelação global no México. A novidade foi andar na especificação que será lançada no mercado brasileiro.
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Motor 1.5 turbo da Shark entrega pouco menos de 200 cv
André Paixão/Autoesporte
Para começar, podemos dizer que a Shark será a caminhonete mais potente do Brasil. Seus 430 cv de potência vêm da combinação de um motor 1.5 turbo de 192 cv de potência a gasolina com outros dois elétricos: um dianteiro, de 228 cv e 31,6 kgfm e outro traseiro, de 201 cv e 34,7 kgfm.
Com isso, apesar de pesar 2.655 kg, a Shark tem desempenho acima da média do segmento de picapes médias. Segundo a BYD, vai de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos, marca melhor até do que a do novo Volkswagen Golf GTI.
BYD Shark tem quadro de instrumentos digital e central multimídia giratória
André Paixão/Autoesporte
O modelo em exibição no ABX trazia itens como bancos de couro com ajustes elétricos, central multimídia com tela giratória de 12,8 polegadas, quadro de instrumentos digital, partida por botão e uma série de assistências ativas ao condutor, o popular sistema Adas. Porém, o pacote de equipamentos para o Brasil ainda não foi divulgado.
Além do conjunto híbrido citado acima, a Shark tem baterias com 29,6 kWh de capacidade e autonomia de até 100 km em modo elétrico e 840 km no total, de acordo com a marca e sempre considerando o padrão chinês WLTC. Tais números devem cair um pouco na homologação do Inmetro.
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Em nosso brevíssimo contato com a Shark, percorremos duas vezes um pequeno circuito composto por duas retas com cerca de 600 metros, cada. Ainda que o nível da bateria estivesse baixo, na casa dos 20%, foi possível acionar o modo Sport e fazer duas arrancadas até cerca de 110 km/h. A aceleração inicial é feita apenas no modo elétrico, com o motor 1.5 turbo sendo acionado na sequência.
O comportamento da picape pareceu neutro, com a suspensão filtrando bem as poucas irregularidades do solo e transmitindo poucos rebotes para a cabine. Certamente será necessário um teste mais longo em solo brasileiro para termos as impressões definitivas sobre o acerto da picape em nossa realidade de uso.
Acabamento da Shark parece acima da média da categoria
André Paixão/Autoesporte
Porém, o que surpreendeu à primeira vista foi a qualidade do acabamento. Todas as superfícies que o toque alcança têm material suave ao toque, incluindo a parte superior do painel, onde normalmente as picapes trazem plástico duro. Na Shark, essa peça, assim como nas portas dianteiras, são revestidas de um composto emborrachado.
BYD Shark tem menor capacidade de carga do que rivais; são só 835 kg
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Em relação a outras picapes, a Shark é um pouco maior em uma das dimensões, o comprimento. São 5,46 m, cerca de 10 cm a mais que diversas rivais diretas a diesel. No entre-eixos, são ótimos 3,26 m, em um empate técnico com a Ford Ranger, mas muito acima de Toyota Hilux e Chevrolet S10, por exemplo.
Mas a Shark perde na capacidade de carga, limitada a 835 kg, também graças ao elevado peso das baterias. Todas as concorrentes a diesel ficam na casa de 1 tonelada, o mínimo exigido pela legislação brasileira para o uso de motor a diesel. Veja aqui a comparação completa.
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