Fabricantes já criaram séries especiais ou versões tão extravagantes que até deixaram a harmonia de lado Vão começar as festividades de Carnaval, momento mais esperado do ano para os foliões que vão para os blocos ou aos desfiles das escolas de samba vestidos com suas fantasias. Se algum deles, porém, quiser combinar a alegoria com o carro, aqui vão algumas dicas.
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São versões ou séries especiais que foram bem enfeitadas pelas montadoras, mas que não foram bem na harmonia do conjunto. Alguns usam acessórios exagerados, outros apelam para combinações de cores que não harmonizam.
Fiat Uno College
Fiat Uno College foi criado em 2013
Divulgação
Imagine um carro azul com maçanetas e retrovisores pintados de vermelho, rodas brancas e um adesivo lateral que parece um zíper abrindo a lataria. Esse era o Uno College, uma série especial limitada a 1.500 unidades que a Fiat criou em 2013 na segunda geração do modelo.
Por dentro a combinação de cinza com azul e vermelho tentava manter o ar jovial da edição. Os puxadores das portas eram azuis, assim como a moldura do console central. Já as maçanetas internas, os aros das saídas de ar e a capa do volante eram vermelhas. As três cores se encontravam no tecido dos bancos, que tinham bolsas na parte de trás
Toyota Etios Cross
Toyota Etios teve versão aventureira, chamada Cross
Divulgação
Houve uma época em que todo carro precisava ter uma versão aventureira. Ainda uma era pré-SUVs compactos, onde cada marca dava um jeito de encarar o rei da categoria naqueles tempos; o Ford EcoSport. A saída da Toyota foi convocar o seu compacto Etios para a missão.
O hatch, cujo desenho nunca foi o ponto forte, passou a ser vendido com para-choques pretos com imitação de quebra-mato prateado, largas molduras plásticas em torno dos para-lamas e parte de baixo das portas e também na tampa do porta-malas. O emperequetado hatch aventureiro ainda tinha barras no teto e pneus de uso misto.
Volkswagen CrossFox
Volkswagen CrossFox tinha quebra-mato, faróis de milha e de neblina
Divulgação
O precursor dessa moda de hatches aventureiros foi o Volkswagen CrossFox em 2004. A receita criada ali foi repetida diversas vezes depois, mas era basicamente elevar um pouco a suspensão, colocar um quebra-mato — nessa época podia ser real — e faróis de milha, além dos de neblina.
O que chamava atenção no carro mesmo era o estepe. Isso porque ele ficava pendurado na tampa do porta-malas, como nos jipes. Era uma tentativa da Volkswagen de encarar o Ford EcoSport, que tinha o mesmo adereço. No SUV, no entanto, o conjunto era mais harmônico.
Fiat Palio Weekend Adventure
Fiat Weekend Adventure foi criado em 1999
Auto Esporte
É claro que a Fiat também quis desfilar na escola dos aventureiros. Ao invés de usar um hatch, preferiu fantasiar sua perua Palio Weekend. E isso foi em 1999, bem antes de SUV virar febre.
A Fiat levantou a suspensão, instalou pneus de uso misto, molduras sem pintura na parte de baixo da carroceria e faróis de milha. Por dentro havia instrumentos para trilhas, como inclinômetros e bússola. Só esqueceu de colocar tração nas quatro rodas. O mais próximo disso foi o bloqueio mecânico do diferencial chamado de Locker, que ajudava, mas não resolvia. A versão foi levada depois à picape Strada, à minivan Idea e à van Doblò.
Toyota Hilux GR-Sport
Toyota Hilux GR-Sport é vendida atualmente
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A Toyota tentou de novo. O enredo agora era criar uma versão esportiva para a picape Hilux e a solução foi, assim como no Etios, abusar do uso de plásticos pretos. O para-choque tem molduras na parte de baixo que se juntam às caixas de roda e são interrompidas entre os eixos. Nas rodas traseiras elas voltam e vão terminar no para-choque traseiro.
A grade dianteira em formato colmeia é até bonita, mas recebeu o nome da marca escrito em letras garrafais por extenso. Pelo menos a mecânica melhorou um pouco. O motor 2.8 turbodiesel passou por uma nova calibração para entregar 224 cv —20 cv a mais do que nas demais versões. O torque também aumentou para 55 kgfm.
Chevrolet Meriva SS
Chevrolet Meriva tinha faróis com máscara negra
Reprodução/fotosdecarro.wordpress.com
Minivans são carros familiares que não combinam muito com esportividade. Mas a Chevrolet não quis saber disso e lançou a versão SS para a Meriva. As duas letras que já foram usadas para Opala no Brasil e Camaro nos Estados Unidos chegaram ao monovolume na linha 2007.
E se tem dúvidas de que esportividade e minivan não combinam, se atente a descrição. A Meriva era vendida nas cores preta, prata ou vermelha. Todas tinham frisos na cor prata, mesma cor dos retrovisores e das maçanetas. A grade era metálica e os faróis tinham máscara negra. Por dentro a minivan tinha detalhes vermelhos. A cor encarnada era ainda mais berrante nos tecidos das portas e dos bancos.
Fiat Idea Sporting
Fiat Idea Sporting nasceu em 2011
Divulgação
Vale lembrar aqui que a Fiat fez o mesmo que a Chevrolet em 2011 ao fantasiar a sua minivan compacta de carro esportivo. Nasceu a Idea Sporting, com rodas de duas cores, faróis e lanternas de máscara negra, adesivos e adereços aerodinâmicos.
Pelo menos o interior era mais discreto com acabamento em preto e cinza. A versão chegou a ter até teto solar. E o curioso é que tanto Idea quanto Meriva usavam o mesmo motor, um 1.8 de 114 cv e 17,7 kgfm de torque.
Chevrolet Meriva Geo
Chevrolet Meriva Geo era criada a partir de um kit de personalização em 2009
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A Meriva não teve paz mesmo. Em 2009 a marca criou um kit de personalização a ser vendido em concessionárias para dar um ar mais aventureiro à minivan. Baseado na versão básica Joy, o kit instalava para-choques na cor cinza, mesma cor das saias laterais e das capas sob as lanternas.
O monovolume ainda recebia adesivos nas laterais junto aos frisos, criando um exagero de elementos sobre as portas. As calotas plásticas também eram pintadas de cinza grafite. A série Geo ainda foi estendida para Celta e Corsa, mas os hatches não ficaram tão extravagantes.
Nissan Kicks Rio 2016
Nissan Kicks Rio foi criado em homenagem aos Jogos Olímpicos Rio 2016
Auto Esporte
Como patrocinadora dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a Nissan quis lançar uma série especial para o SUV Kicks. A ideia era homenagear as olimpíadas em uma série limitada a 1.000 unidades com adesivos alusivos ao evento e alguns detalhes a mais.
Acontece que uma das opções de cores trazia a carroceria branca com teto laranja. Não só isso, a cor chamativa voltava em detalhes dos dois para-choques e no miolo da grade. Se achou pouco, a Nissan também criou a mesma edição para o March com um resultado também duvidoso.
O hatch trazia o símbolo dos jogos na saia dianteira que também ostentava detalhes em laranja que se repetiam nos retrovisores e no para-choque traseiro. Pelo menos o interior era discreto, com laranja só usado nas costuras dos bancos.
Volkswagen Polo e Golf Harlequin
Polo e Golf Harlequin surgiram a partir de uma propaganda da Volkswagen
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Tudo começou com uma propaganda da Volkswagen nos anos 1960, mostrando que as peças do Fusca de vários anos poderiam ser usadas em um mesmo carro. A foto do besouro colorido ficou esquecida até que nos anos 1990 a Volkswagen resolve recriar um carro daquele jeito e o escolhido foi o Polo. Para-lamas verde, porta dianteira vermelha, traseira amarela, traseira azul e estava pronta a alegoria. E 3.800 unidades foram vendidas assim.
A Volkswagen dos EUA gostou da ideia e fez uma série do Golf, sem o mesmo sucesso. Pouco menos de 300 unidades foram vendidas e há relatos de que concessionárias pintaram o carro todo em uma só tonalidade para conseguir desovar o estoque. Mas ficou a história, tanto que a Volkswagen da Holanda recriou a versão em 2021, mas somente em uma unidade.
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