6 carros que são mais baratos do que parecem

Escolhemos versões básicas que são bem equipadas ou maiores do que os concorrentes da mesma faixa de preço A frase mais ouvida em rodas de conversas sobre veículos é que carros no Brasil são muito caros. De fato, os modelos de entrada já beiram os R$ 80 mil, valor equivalente a mais de 50 salários mínimos. Porém, há casos em que olhamos para o modelo, a etiqueta de preços e o resto do segmento e temos uma sensação contrária.
Alguns modelos parecem menos caros do que são. Estamos falando, na maior parte dos casos, de versões de entrada. Mas nem por isso têm poucos equipamentos ou visual espartano. A questão é que esses carros têm preços de modelos de segmentos inferiores, mas são maiores e, quase sempre, mais espaçosos.
Autoesporte preparou uma lista com seis exemplos. Confira:
BYD Song Pro
BYD Song Pro 2025
Divulgação
Representante da nova onda de SUVs eletrificados, o BYD Song Pro também é o híbrido plug-in mais barato com essa carroceria. Oferecido nas versões GL, de R$ 194.800 e GS, tabelada em R$ 204.800, tem no tamanho da bateria 12,9 kWh ou 18,3 kWh, a maior diferença. Isso também se reflete na autonomia elétrica, de 71 km ou 110 km, respectivamente.
Em comum, as versões oferecem o motor 1.5 aspirado a gasolina. Segundo a BYD, o Song Pro desenvolve 223 cv de potência na versão de entrada e 235 cv na mais cara. As duas trazem seis airbags (frontais, laterais e cortina), faróis de LED com acendimento automático, central multimídia giratória de 12,8 polegadas, câmera 360°, painel de instrumentos digital, ar-condicionado digital, banco do motorista com ajustes elétricos e abertura e fechamento elétrico da tampa do porta-malas.
Como referência, com os mesmos R$ 194.800, já não é mais possível comprar versões completas de SUVs compactos, como Hyundai Creta Ultimate (R$ 196.990) e Honda HR-V Touring (R$ 204.200). Só que o Song Pro é cerca de 50 cm maior, com seus 4,74 metros de comprimento.
Caoa Chery Tiggo 7 Sport
O maior sucesso recente da Caoa Chery aposta na velha receita de oferecer mais tamanho por menos preço na versão de entrada, Sport. E tem funcionado, afinal o Tiggo 7 é o terceiro mais vendido do segmento. Nessa configuração de entrada, o SUV médio custa R$ 146.990.
É mais barato, por exemplo, do que as versões básicas de SUVs compactos, como Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross, ambos acima dos R$ 150 mil. E não pense que o Tiggo 7 Sport é desprovido de equipamentos. Tem recursos como sensor de estacionamento traseiro, retrovisor eletrocrômico, retrovisor externo rebatível com desembaçador, sensor de chuva, ar-condicionado de uma zona, central multimídia com pareamento de celular (com Android Auto e Apple CarPlay sem a necessidade de fio) e carregador de celular por indução.
Caoa Chery Tiggo 7 Sport tem bom acabamento
Renato Durães/Autoesporte
O motor, é bem verdade, parece subdimensionado para o corpanzil de 1,5 tonelada e 4,50 metros de comprimento. Estamos falando do 1.5 turbo também oferecido na versão híbrida-leve e também no Tiggo 5X. São 150 cv e 21,4 kgfm de torque.
Citroën Basalt Feel MT
Com pouco mais de R$ 90 mil é possível comprar o SUV mais barato do Brasil. Tudo bem que também estamos falando do dono do pouco honroso título de mais lento do país. Ainda assim, o Citroën Basalt Feel com motor 1.0 aspirado e câmbio manual é uma opção racional.
Tem porte de SUVs compactos, mas os R$ 92.990 pedidos pela Citroën são exatamente os mesmos que a Fiat cobra pelo Argo Drive 2026. Ambos compartilham motor, mas só o Citroën tem airbags laterais, quadro de instrumentos digital, rodas de liga-leve e central multimídia de 10 polegadas.
Se isso ainda não foi o bastante para trocar qualquer hatch desta faixa de preços pelo Basalt, o SUV com estilo cupê tem 2,65 m de entre-eixos e porta-malas de 490 litros.
Ford Ranger Black
Ford Ranger Black dispensa tração 4×4 e motor V6 mais potente
Renato Durães/Autoesporte
A versão Black da Ford Ranger aposta no visual escurecido e no pacote de equipamentos para se destacar não só entre as picapes médias, como também entre as intermediárias mais caras. Com motor 2.2 turbodiesel de 170 cv e câmbio automático de 6 marchas, tem a vocação para o trabalho, mas também não deixa de lado recursos de tecnologia e conforto.
Central multimídia de 10 polegadas, painel digital, 7 airbags, faróis com acendimento automático e seletor de modos de condução são os destaques da lista de itens de série.
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Na tabela, a Ranger Black sai por R$ 238.990, só R$ 1 mil a mais do que a versão de entrada da Ram Rampage. As duas têm motor 2.2 turbodiesel, mas a rival tem tração 4×4 e é 30 cv mais potente. Em contrapartida, a caminhonete da Ford ganha no porte médio e na capacidade de carga superior a uma tonelada.
Jeep Renegade T270
Jeep Renegade 1.3 Turbo custa menos que versões topo de linha do Fiat Pulse
Cauê Lira/Autoesporte
Outro caso de competição “caseira” dentro da Stellantis. Menos de R$ 2 mil separam as opções de entrada de Jeep Renegade e Fiat Pulse. Mas o segundo, além de ser maior, mais bem acabado e ter plataforma mais refinada, traz o motor 1.3 turbo de 176 cv de potência, suficientes para ir de 0 a 100 km/h em menos de 8 segundos.
Fora isso, o Renegade é mais confortável e ligeiramente mais espaçoso. A lista de equipamentos é simples, mas estamos falando de um SUV compacto com motor turbo que custa R$ 118.290. Há os necessários ar-condicionado, direção elétrica, computador de bordo e seis airbags.
Jeep Renegade de entrada tem acabamento melhor que rivais menores
Autoesporte
Toyota Corolla GLi
Sim, um Corolla fecha nossa lista. Sinônimo de confiabilidade e conforto, o sedã tem um excelente custo-benefício na versão de entrada. Duvida? O Volkswagen Virtus Exclusive, um sedã pequeno, já passa de R$ 160 mil. Já o Corolla GLi, maior e mais refinado, custa R$ 158.490.
Toyota Corolla GLi não parece uma versão de entrada
Divulgação
Equipado com motor 2.0 de 177 cv de potência e 21,3 kgfm de torque e câmbio CVT, entrega rodar suave e consumo equilibrado, além de contar com um pacote de segurança robusto, incluindo assistências à condução.
Apesar de ser uma versão de entrada, o Corolla GLi não é pelado. Sai de fábrica com itens como 7 airbags, banco do motorista com regulagem de altura, câmera de ré, espelhos retrovisores com regulagens elétricas, rodas de liga leve, faróis com acendimento automático e volante com regulagens de altura e profundidade.
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