Lista conta com Fusca, um modelo em homenagem a Fittipaldi, picape e exemplar da Ford produzido em 1984 O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em sua mais recente declaração de bens ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), optou por não divulgar os modelos de seus carros. O petista mostrou apenas o valor de seus dois veículos, provavelmente populares, já que custam R$ 48.475 e R$ 85.000.
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Portanto, não dá pra saber ao certo quais são os carros que Luiz Inácio possui em sua garagem atualmente. Pelo menos os que estão efetivamente registrados em seu nome. No entanto, alguns automóveis já passaram pela mão do novo presidente da república. Aqui, faremos uma lista de quatro veículos que já pertenceram ao Lula.
1 – VW Fusca
Lula sentado no parachoque de seu Fusca ao lado de sua família
Twitter PT
Lula nunca falou muito sobre o Fusca que teve, apenas citou em algumas entrevistas que já possuiu o carro. Logo, apenas com uma imagem traseira parcial, temos que estimar o ano de fabricação do exemplar.
Pela data em que a foto, divulgada pelo perfil no Twitter do PT, é possível fazer algumas suposições. A lanterna traseira do Fusca é dos modelos fabricados entre 1970 e 1978. Como na foto também é possível ver um respiro, chamada de “orelhinha”, junto à janela traseira, pode-se fazer afunilar para 1974 e 1978.
Ao fundo há um Fiat 147, o que estreitaria ainda mais as possibilidades para um Fusca de 1976 a 1978. Pelo para-choque com a faixa preta ao centro e o retrovisor do tipo “raquete”, dá para estimar que se trata de um Fusca 1978, supondo que as peças sejam originais.
Provavelmente o menino da foto é Fábio Luís, filho mais velho do próximo presidente, que nasceu em 1975. Ou seja, a foto foi tirada no começo dos anos 80, o que deixa os indícios acima bastante plausíveis.
Ao fundo há um Fiat 147, que estreou no Brasil em 1976. foi tirada e pelo ano de chegada do modelo ao Brasil, provavelmente, o veículo trata-se de um exemplar produzido entre 1970 e 1986.
2 – Fiat 147
Fiat 147 em fotos durante seu lançamento, em 1976 (Foto: Saulo Mazzoni)
Auto Esporte
O próximo da lista é óbvio, por também aparecer na foto de Lula com a família. O problema é que não há relatos ou fotos do presidente dirigindo o veículo da Fiat. À época, o estadista ainda era um membro do sindicato dos metalúrgicos e despontava na política brasileira.
Tanto o Fusca quanto o 147 eram considerados compactos e figuravam entre os veículos mais acessíveis do mercado nacional. Inclusive, os hatches eram considerados rivais. Ou seja, Lula optou por variar sua preferência automotiva para atender a família.
3 – Chevrolet Omega Fittipaldi
Chevrolet Omega Fittipaldi foi a última geração do modelo vendida no Brasil
Divulgação
O Chevrolet Omega Fittipaldi foi uma versão especial feita pela montadora americana em homenagem ao brasileiro, Emerson F., bi-campeão da Fórmula 1. O modelo de Lula é ano 2010/2011 e foi doado ao presidente pela Central Islâmica Brasileira de Alimentos Halal.
Por baixo do capô, o sedã tem um motor 3.6 V6 que resulta numa potência de 292 cv – 38 cv a mais quando comparado à versão convencional produzida na época. O torque máximo é de 36,7 kgfm a 2900 rpm. A transmissão do modelo é automática de seis marchas.
Tais números resultam numa velocidade máxima de 235 km/h. O veículo vai de zero a 100 km/h em 6,8 segundos. Em relação aos pneus, tanto os traseiros quanto os dianteiros são iguais: 225/55 R17.
Um tópico que marcou o Omega foram suas grandes dimensões. Este modelo, por exemplo, tem 4,89 m de comprimento, 1,89 m de largura, 1,47 m de altura e 2,91 m de distância entre-eixos. Sem contar o porta-malas que tem capacidade para 496 L. Tais medidas resultam num peso total de 1758 kg.
Vale frisar que em 2017, a determinação de bloqueio e confisco dos bens de Lula, dada pelo juiz Sérgio Moro, acabou atingindo o Chevrolet Fittipaldi. No confisco, uma Ford Ranger LTD 2012/2013 também acabou sendo apreendida. Inclusive, este é o próximo carro da lista.
4 – Ford Ranger
O Ford Ranger 2013 tem GPS no painel, câmera de ré, ar digital bizona e seis airbags
Fabio Aro
Assim como o Omega Fittipaldi, a Ford Ranger LTD 2012/2013 foi apreendida durante um tempo pela justiça, mas acabou sendo devolvida a Lula após as sentenças serem anuladas. Atualmente, é possível encontrar o modelo usado por valores em cerca de R$ 70.000.
A picape, que tem uma caçamba com capacidade de 1180 L, conta com um motor 3.2 Turbo que gera uma força de 200 cv. O torque máximo do veículo é de 47,9 kgfm a 1750 rpm. A transmissão desta Ranger possui um câmbio automático de seis marchas.
O modelo vai de zero a 100 km/h em 11,6 segundos, com velocidade máxima de 180 km/h.
5 – Ford F-100
Atualmente, um Ford F-100 bem cuidado pode ultrapassar o preço de R$ 100 mil
Divulgação
No processo que ocorreu em 2017, nos bens declarados por Lula, também foi visto um Ford F-100 1984. Curiosamente, o carro acabou não sendo apreendido, tendo em vista que, para o juiz Sérgio Moro, a picape, talvez por ser bem antiga, não tinha valor representativo.
O modelo, que tem capacidade para apenas dois passageiros e o motorista, tem motor 2.3 de 84 cv. Seu torque máximo é de 16,9 kgfm a 3.200 rpm. A transmissão é manual de apenas quatro marchas.
Lançada nos Estados Unidos em 1960, a Ford do Brasil lançou a série F-100 apenas dois anos depois, em 1962. Inicialmente, o protótipo brasileiro seguia o fabricado nos EUA. No entanto, posteriormente, o modelo de nosso país seguiu um estilo próprio, bem diferente do norte-americano.
6. Chevrolet Opala Diplomata 1992
Chevrolet Opala Diplomata
Divulgação/Reprodução
Este provavelmente é o carro mais notório da vida de Lula. A unidade existe até hoje e é preservada por um colecionador, que exibe o carro juntamente com os documentos originais de seu primeiro dono, em encontros de veículos antigos.
Tratava-se de um Diplomata 4.1 1992, a última série do modelo, e também a mais luxuosa. No começo dos anos 90, essa versão era um dos carros mais caros à venda no Brasil, mas já estava em sua fase decadente.
Em 1990, o então presidente Fernando Collor de Mello havia estimulado a importação de veículos importados, mediante a redução drástica do IPI incidente sobre automóveis estrangeiros. Isso abreviou a “morte” de carros nacionais. Em 1993, o Opala era substituído pelo Omega.
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