Quem circula pelas estradas sabe da importância da sinalização. São elas que nos orientam em qual caminho estamos seguindo e até mesmo para nos localizarmos com os aplicativos de mobilidade e trânsito.
Mas, você conhece o significado das letras e números nas placas presentes nas rodovias? Nesse artigo, nós desvendemos como funciona a nomenclatura das rodovias brasileiras. Então, continue a leitura que você vai entender.
A sinalização oficial começou há 40 anos, com a implantação do Plano Nacional de Viação. No ano de 2011, aconteceu a atualização que também alterou o nome para Sistema Nacional de Viação e o Roteiro Básico para Sistemas Rodoviários.
A partir daí, o país passou a contar com uma sinalização e nomenclatura tanto das rodovias federais como as estaduais. E nesse contexto é interessante observar que há uma composição na nomenclatura composta de duas letras e 3 números.
Vamos começar pela BR, que é a rodovia federal que atravessa mais de um Estado.
E aqui uma curiosidade. Você sabia que a 101, cruza o país de norte a sul e que a 262, vem no sentido leste oeste?
Já as rodovias estaduais têm as letras da Unidade da Federação à qual pertencem. Como, por exemplo, SP, para São Paulo; CE, para Ceará, ES, para Espírito Santo e assim por diante.
Ainda dentro dessa organização, observe que a ordem de números na rodovia é uma crescente. Assim, o primeiro algarismo indica a nomenclatura da categoria da rodovia, e vale tanto para as vias federais como as estaduais.
Toda rodovia que começa em zero mostra que ela parte de uma região metropolitana para outros sentidos.
As rodovias radiais são aquelas que partem da capital federal ou de alguma região metropolitana. Elas têm a nomenclatura iniciada por BR, no caso de partir de Brasília ou as iniciais do estado ao qual pertencem, quando partem de regiões metropolitanas.
Por exemplo:
Nomenclatura: BR-0XX
Primeiro algarismo: 0 (zero), indica ser uma rodovia radial
Algarismos restantes: Têm sua numeração variando de 05 a 95, seguindo no sentido horário. Como as BR-040 e a ES 010.
São aquelas que cortam os estados de Norte a Sul, atravessando mais de um Estado durante o seu percurso. Repetem o padrão de letras das radiais, mas sua numeração passa a iniciar pelo número 1.
Por exemplo:
Nomenclatura: BR-1XX
Primeiro algarismo: 1, indica ser uma rodovia longitudinal
Algarismos restantes: variam de 05 a 50, partindo do oceano em direção a Brasília e seguindo de 50 a 99 até o extremo oeste do país. Como as BRs 101 e 116, as mais conhecidas.
Vão de leste a oeste e vice-versa, como a BR 262. Também atravessam mais de um estado e continuam a repetir o padrão de letras das rodovias anteriores e sua numeração é iniciada pelo número 2.
Por exemplo:
Nomenclatura: BR-2XX
Primeiro algarismo: 2, indica ser uma rodovia transversal.
Algarismos restantes: sua numeração varia de 00 a 50 se ela estiver ao Norte da capital nacional e de 50 a 99 se estiver mais ao Sul. Como as BRs 230, 262 e 290.
Fazem a ligação entre as rodovias nesse sentido. Elas podem estar tanto na direção Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste. Ou seja, elas cortam o país fazendo um X, com dois modos de orientação. Também repetem o padrão de letras e sua numeração é iniciada pelo número 3.
Por exemplo:
Nomenclatura: BR-3XX
Primeiro algarismo: 3, indica ser uma rodovia diagonal
Algarismos restantes: A numeração varia, segundo números pares, de 00, no extremo Nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste.
Obtém-se o número da rodovia, em função da distância da rodovia a uma linha com a direção Noroeste-Sudeste, passando pela Capital Federal. Como as BRs 304, 324 e 364.
Fazem a conexão, geralmente ligando rodovias federais, ou pelo menos uma rodovia federal a cidades ou pontos importantes ou ainda a nossas fronteiras internacionais.
Nomenclatura: BR-4XX
Primeiro Algarismo: 4 (quatro)
Algarismos Restantes: A numeração dessas rodovias varia entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte do paralelo da Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta referência. Como BR-401 (Boa Vista/RR – Fronteira BRA/GUI), BR-488 (BR-116/SP – Santuário Nacional de Aparecida/SP).
Algumas rodovias após tramitação de projeto – a depender se a rodovia é estadual ou federal – recebem nomes de pessoas proeminentes que já tenham falecido, como forma de homenagem. Exemplos são os casos da BR 101, que recebeu o nome do ex-Governador de São Paulo, Mário Covas.
No Espírito Santo, há exemplos também nas rodovias estaduais, como a Rodovia da Paneleiras, em homenagem as trabalhadoras dessa cultura popular capixaba e reconhecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ou ainda a Rodovia do Sol, que identifica o trecho da ES – 060 que sai de Vila Velha e segue para o Sul do estado. Entretanto, apesar de ser reconhecida pelo nome, ele não foi instituído por Lei e, portanto, é apenas um apelido dado pela população.
Agora que você já conhece mais sobre as nomenclaturas das rodovias brasileiras é só colocar o carro na pista e seguir com segurança.
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